Lula abraça líder quilombola e chora
A imagem de um presidente emocionado ao ouvir um apelo de uma liderança quilombola não pode ser ignorada. Na noite desta quinta-feira (5/11), durante a cerimônia de sanção da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou quando Rose Meire dos Santos Silva, líder do quilombo Rio dos Macacos, pediu ajuda para sua comunidade.
A história do Quilombo Rio dos Macacos remonta mais de um século de existência, onde cerca de quarenta famílias descendentes de escravos lutam pela sobrevivência em um local onde falta políticas públicas básicas, como saneamento básico, estrada, moradia, educação, iluminação pública e água encanada /potável. Além disso, a comunidade enfrenta casos de estupros, torturas e espancamentos cometidos por militares da Base Naval de Aratu, que ocupam parte do território reivindicado pelo quilombo.
A disputa pelo território do Quilombo Rio dos Macacos com a Marinha começou desde a construção da Base Naval de Aratu, em meados de 1970. Os moradores resistiram e passaram a sofrer ameaças, intimidações e violações de direitos humanos por parte dos militares. Após mais de 40 anos de luta, em 2020, o quilombo recebeu a titulação das terras pelo Incra, mas ainda enfrenta dificuldades para garantir sua sobrevivência e cultura.
A liderança Rose Meire dos Santos Silva entregou um documento a Lula, denunciando a situação de vulnerabilidade e violência que a comunidade enfrentou há décadas. Sensibilizado com o pedido, Lula se comprometeu a ajudar a comunidade, conversando com o governador da Bahia, para acelerar as obras de infraestrutura no quilombo. Ele também afirmou que iria cobrar do ministro da Defesa, uma solução para o conflito com a Marinha.
Lula lembrou que os quilombolas são parte da história do Brasil e merecem respeito e dignidade. Ele foi o primeiro presidente a reconhecer oficialmente os territórios quilombolas no país e criou políticas públicas para essa população. Ele se comprometeu a continuar lutando pelos direitos dos quilombolas e não permitiu que eles fossem esquecidos ou abandonados pelo Estado.
A cena de um presidente emocionado ao ouvir um apelo de uma liderança quilombola é comovente, mas também é um motivado de que ainda há muito trabalho a ser feito em relação aos direitos das comunidades quilombolas no Brasil. É necessário que o Estado garanta as condições básicas de sobrevivência e sobrevivência para essas vividas, que confrontam-se com as manifestações típicas de direitos humanos e resistem há décadas para manter suas tradições e cultura. A história do Quilombo Rio dos Macacos é um exemplo disso, e é necessário que mais líderes e políticos se comprometam em ajudar essas comunidades a garantir seus direitos e sua sobrevivência.