sexta-feira, 19 de maio de 2023

ARTIGO - O Brasil e a Vergonha da Anistia: Um Projeto que Mancha o Congresso Nacional. (Padre Carlos)


Não somos o país de Macunaíma, onde os heróis são personagem preguiçoso e trapaceiro da literatura brasileira.



           O deputado federal José Medeiros (PL-MT) apresentou recentemente um projeto de lei que gerou grande polêmica e indignação. O objetivo desse projeto é conceder anistia ampla e geral aos candidatos às eleições gerais de 2022 que foram processados, condenados, tiveram seus registros de candidatura indeferidos, declarados inelegíveis ou tiveram seus diplomas cassados ​​pela Justiça Eleitoral. O mais preocupante é que essa proposta busca o beneficiário especificamente do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), cujo mandato de deputado federal foi cassado por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral.

          Um Retrocesso para a Democracia: Se esse projeto de lei for aprovado, será uma verdadeira vergonha para o Congresso Nacional e para toda a nação brasileira. A proposta de anistiar candidatos que cometeram graves irregularidades eleitorais, como a prática de pedir exoneração de suas cargas públicas antes da instalação de processos administrativos disciplinares, é um retrocesso para a democracia e para o Estado de Direito.

          A Impunidade em Pauta: Ao conceder anistia a políticos condenados e com registros de candidatura indeferidos, o projeto de lei em questão perpetua a impunidade e enfraquece as instituições responsáveis ​​por garantir a lisura do processo eleitoral. Isso representa um desrespeito aos princípios fundamentais da democracia e da justiça, abalando a confiança dos cidadãos nas instituições e minando a credibilidade do sistema político como um todo.

          Preocupações Éticas e Morais: Além das questões legais, há preocupações éticas e morais em relação a esse projeto. Ao buscar anistiar um ex-procurador que teve seu mandato cassado de forma unânime pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Congresso Nacional estaria enviando uma mensagem perigosa à sociedade, dando a entender que a transgressão das leis e a violação da ética no exercício do cargo público podem ser toleradas e até mesmo recompensadas.

          O País da Macunaíma: O Brasil é conhecido por sua rica cultura e diversidade, mas também infelizmente pelo jeitinho, pela impunidade e pela falta de seriedade em questões políticas. A aprovação desse projeto de lei só fortaleceria essa triste realidade, colocando-nos como ministro do país da Macunaíma, o personagem preguiçoso e trapaceiro da literatura brasileira.

           É fundamental que os representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional estejam comprometidos com a ética, a moralidade e a justiça. A aprovação de um projeto de lei que visa anistiar políticos condenados e que desrespeita as instituições democráticas seria uma vergonha para o país. É necessário que a sociedade se mobilize, exija transparência e responsabilidade de seus representantes e não permita que a impunidade e a falta de ética se tornem a regra no Brasil.

          O futuro da nossa nação depende de uma postura firme contra propostas como essa, que minam a confiança da população nas instituições democráticas e perpetuam a impunidade.

        Cabe ressaltar que a Justiça Eleitoral desempenha um papel crucial na garantia da lisura do processo eleitoral e na proteção dos direitos dos cidadãos. A cassação de mandato e a declaração de inelegibilidade são medidas tomadas com base em investigação e decisões judiciais, visando preservar a integridade do sistema político e evitar que indivíduos incompatíveis com ética e moralidade ocupem cargas públicas.

          A anistia proposta pelo deputado José Medeiros vai na contramão desse propósito, criando um ambiente favorável à impunidade e à corrupção. Ao isentar candidatos condenados de qualquer responsabilidade por seus atos, o projeto de lei envia uma mensagem perigosa: de que é possível escapar das consequências de atos ilícitos cometidos durante a campanha eleitoral.

          É importante ressaltar que a ética e a transparência são valores fundamentais para a construção de uma sociedade justa e equitativa. A impunidade mina esses valores e compromete a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Quando representantes eleitos propõem projetos que visam a anistia de condenados políticos, estão demonstrando uma falta de comprometimento com esses princípios e, consequentemente, com o bem-estar da população.

          O Brasil não pode permitir ser o país da impunidade, onde os corruptos e infratores das leis são tratados com leniência. Precisamos de representantes que estejam comprometidos em fortalecer as instituições e garantir que todos sejam responsabilizados por seus atos. A sociedade deve cobrar dos legisladores uma postura íntegra e coerente com os valores democráticos, rejeitando qualquer tentativa de anistiar condutas ilícitas e comprometedoras para a democracia.

          A tramitação desse projeto de lei é um teste para a integridade do Congresso Nacional. Os parlamentares têm a responsabilidade de rejeitar propostas que vão de encontro aos interesses da sociedade e que enfraquecem o sistema democrático. É preciso que sejam guiados pelos princípios de justiça, transparência e ética, honrando o voto de confiança depositado pelos herdeiros.

     Portanto, é urgente que a voz dos cidadãos seja ouvida e que a sociedade se manifeste contra essa proposta vergonhosa. O Brasil merece representantes comprometidos com a honestidade, a integridade e o bem comum, e não com a impunidade e a dignidade pelos princípios democráticos. O futuro da nação está em jogo, e é responsabilidade de todos nós lutarmos por um Brasil onde a justiça prevaleça sobre a vergonha.


quinta-feira, 18 de maio de 2023

ARTIGO - A Preservação da História de Vitória da Conquista: Um Patrimônio Desprezado. (Padre Carlos)

 


O Desprezo pela História!

 


 

Enquanto residente de Vitória da Conquista, não posso deixar de expressar a profunda tristeza que sinto ao presenciar o descaso e apagamento da história da nossa cidade. É angustiante ver os casarões centenários, os antigos cinemas e hotéis, testemunhas de uma Conquista que jamais retornará. Recentemente, uma amiga me enviou uma foto da casa onde ela viveu com seus pais, uma propriedade que remonta ao início do século passado e que foi adquirida pela prefeitura. No entanto, é lamentável constatar que o imóvel está abandonado, sem que a prefeitura tome qualquer medida para restaurar nossa história. Estamos perdendo não apenas as estruturas físicas, mas também nossas vidas e identidade.

A preservação do patrimônio histórico é essencial para o desenvolvimento de uma cidade. Os edifícios antigos são testemunhas silenciosas das experiências e eventos que moldaram o passado de Vitória da Conquista. Eles são como páginas de um livro aberto, contando-nos histórias de uma época passada e oferecendo um elo tangível com nossos antepassados. No entanto, quando esses monumentos são deixados em estado de negligência, é como se estivéssemos permitindo que nossa história escorresse pelos vãos de nossos dedos, perdendo uma parte valiosa de nossa identidade coletiva.

O caso da casa adquirida pela prefeitura é apenas um exemplo entre muitos. É alarmante ver a falta de iniciativa por parte das autoridades municipais em relação à restauração e preservação desses imóveis históricos. Afinal, não se trata apenas de construções antigas, mas de símbolos que representam nossa herança cultural e que merecem ser protegidos. Esses locais têm o potencial de se tornarem espaços de convivência, museus ou centros culturais, nos quais moradores e visitantes possam se conectar com o passado e compreender a evolução da nossa cidade ao longo dos anos.

Além disso, a restauração desses edifícios históricos pode contribuir para a revitalização de áreas urbanas degradadas. Ao investir na preservação do patrimônio, a prefeitura estaria promovendo não apenas a conservação da história, mas também impulsionando o turismo e a economia local. Cidades ao redor do mundo têm demonstrado que a reabilitação de construções antigas pode resultar em uma renovação cultural e atrair visitantes interessados na herança histórica da região.

É fundamental que as autoridades municipais assumam a responsabilidade de preservar nossa história e promover a restauração dos edifícios históricos de Vitória da Conquista. Isso requer uma ação proativa na identificação, proteção e restauração desses imóveis, bem como na conscientização da importância de nossa herança cultural entre os nossos cidadãos.

 


ARTIGO – A Dor de menino transforma o Brasil. ( Padre Carlos )

 


Jorge Portugal, poeta e profeta da minha geração.

 






          No curral do mundo, onde a vida segue seu curso impiedoso, existem crianças cujas dores parecem inexprimíveis. O professor, sábio em suas palavras, afirmava que a dor da gente é dor de menino acanhado, menino bezerro pisado. Era assim que descrevia aqueles jovens que, na vastidão do universo, se sentiam impotente e esmagados pelo regime militar.

          Esses meninos e meninas, como pássaros enjaulados, tinham suas asas cortadas pelas amarguras cotidianas. As agruras da ditadura, da violência e das torturas lhes roubavam a inocência, deixando marcas profundas em seus corações frágeis. Cada passo dado era uma batalha, cada sorriso uma vitória sobre a dor que os acompanhava.

          No entanto, mesmo diante de tanta adversidade, esses pequenos protagonistas jamais se rendiam. Tinham uma resiliência que desafiava o destino cruel imposto a eles. Ainda que acanhados, encontravam forças para seguir adiante, como raios de sol que penetram por entre nuvens escuras.

          Eram nas artes e nas manifestações que encontravam um refúgio, uma forma de fugir do peso do mundo que os oprimia. Os sorrisos se espalhavam pelos rostos pintados, revelando uma alegria genuína e contagiante. Por breves instantes, eram crianças livres, livres para sonhar, imaginar e serem donos de um universo próprio.

          Na sala de aula, o professor buscava ensiná-los mais do que as lições escritas nos livros. Ensinava-lhes sobre a empatia, sobre o poder de transformação que há no conhecimento. Queria que compreendessem que, apesar das injustiças, podiam trilhar caminhos diferentes, reescrever suas histórias.

          E assim, aos poucos, aqueles meninos e meninas acanhados foram se descobrindo como seres únicos e valiosos. A dor que os marcava não definia quem eram, mas sim a força que carregavam dentro de si. Como flores que brotam em terrenos áridos, encontraram sua beleza na adversidade.

          Hoje, ao olhar para trás, o professor sorri com orgulho. Cada conquista, cada obstáculo superado, é uma prova de que aqueles meninos e meninas bezerros, outrora pisados, encontraram a coragem de se erguer e transformar o mundo à sua volta. A dor que antes os definia, hoje serve para lembrar uma parte triste da nossa história que os fez fortes.

          E assim, o professor continua a repetir, incansavelmente, que a dor da gente é dor de menino acanhado, menino bizerro pisado. Mas também é a dor que se transforma em força, em determinação e em esperança. É a dor que ensina lições preciosas e nos mostra que, mesmo nos lugares mais sombrios, é possível encontrar a luz.

 

ARTIGO - Bolsonaro se esquiva de responsabilidade em depoimento à Polícia Federal. (Padre Carlos)


 


O depoimento de Bolsonaro à PF

 




          O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal nesta terça-feira (16) sobre a suspeita de inserção fraudulenta em sistema do SUS de dados da vacinação contra Covid de Bolsonaro e de sua filha mais nova revelou mais uma vez a sua postura de se esquivar de qualquer responsabilidade pelos seus atos e pelos dos seus aliados.

          Bolsonaro, que já havia se negado a depor em maio deste ano, quando teve o seu celular apreendido pela PF, alegou não saber de nada sobre a fraude nos cartões de vacinação e jogou a culpa no seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi preso na operação que investiga o esquema.

          O ex-presidente admitiu que Cid administrava a sua conta no ConecteSUS, sistema onde são registradas as informações sobre vacinação, mas disse não saber se ele teve envolvimento com a falsificação dos dados. Bolsonaro também disse que não tinha intenção de obter vantagens ilícitas com o certificado falso de vacinação, mas não explicou qual seria o motivo para alguém inserir informações falsas no seu nome e no da sua filha.

          O depoimento de Bolsonaro contrasta com as evidências apontadas pela PF, que indicam que ele e Cid tinham “plena ciência” da fraude nos cartões de vacinação. Segundo a PF, o IP usado para acessar o sistema e emitir o certificado falso em nome do ex-presidente era do Palácio do Planalto.

          Além disso, Bolsonaro já havia demonstrado interesse em obter informações privilegiadas da PF em outras ocasiões. Em 2020, ele tentou trocar o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, por alguém de sua confiança, o que levou à demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro. Na época, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na corporação para blindar familiares e aliados de investigações. Esse caso também é alvo de um inquérito no STF.

          O depoimento de Bolsonaro à PF mostra que ele não tem compromisso com a verdade nem com a transparência. Ele se comporta como se estivesse acima da lei e como se pudesse manipular os fatos ao seu bel-prazer. Ele também não hesita em sacrificar os seus subordinados para se livrar das acusações que pesam sobre ele.

          Bolsonaro não merece a confiança dos brasileiros nem o respeito das instituições democráticas. Ele é um presidente que mente, que frauda e que tenta obstruir a Justiça. Ele é um ex-presidente que deve ser responsabilizado pelos seus crimes.

 


quarta-feira, 17 de maio de 2023

ARTIGO - A Construção de uma Nova Perspectiva: A Oposição e o Futuro de Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 

 

Qual o futuro político de nossa cidade?

 


 

Nos últimos dias, o deputado Waldenor Pereira despontou como um possível candidato do PT e das forças de esquerda no embate eleitoral com a atual prefeita e o governo municipal. No entanto, não podemos deixar de recordar que o PT sofreu duas derrotas eleitorais consecutivas devido a erros primários, e não podemos permitir que as falhas de campanha e posicionamento do passado se repitam.

Diante desse contexto desafiador, torna-se fundamental que o PT, como partido dirigente de uma futura coalizão, acompanhe atentamente as mudanças políticas em Vitória da Conquista e estabeleça diálogos construtivos com os setores moderados da direita que se distanciaram do governo municipal e da atual prefeita, Sheila. Ao mesmo tempo, é necessário fortalecer os laços com os movimentos sociais e as organizações populares que demandam mais democracia, direitos e desenvolvimento. O Partido dos Trabalhadores não precisa reinventar a roda, uma vez que a prática política é tão antiga quanto à própria civilização. A estratégia de "dividir para conquistar" (em latim, divide et impera) já era utilizada pelos romanos há mais de 100 anos antes de Cristo.

Vitória da Conquista, assim como o Brasil em geral, vive um momento histórico de transição política, permeado por incertezas e polarização. O futuro político de nossa cidade e o retorno da esquerda ao poder dependerão da habilidade das lideranças em lidar com essa conjuntura desafiadora. Lembramos que o PT, PCdoB e PV, fazem parte de uma Federação de partidos e precisa ampliar sua base política, por isto a vaga da vice na chapa majoritária precisa ser escalada como se estivesse deslocando uma peça no tabuleiro de xadrez. A vice precisa ser de um eleitorado de centro direita e ter densidade eleitoral. Alguém que traga novos votos e que busque seduzir um eleitorado mais a direita.

O PT não pode esquecer que a vitória nas eleições de 2022 foi conquistada com o apoio de partidos e políticos que antes eram seus opositores, mas que se uniram em prol de um objetivo comum. Essa aliança foi essencial para garantir a vitória. Precisamos entender que em Vitória da Conquista não vai ser diferente. Porém, para que isto aconteça será necessário uma responsabilidade maior de construir pontes e superar diferenças em prol do bem comum.

É preciso aprender com os erros do passado, analisar cuidadosamente as estratégias adotadas e adotar uma abordagem mais eficiente. A oposição precisa demonstrar coesão, apresentar propostas concretas e convencer a população de que é capaz de promover as mudanças necessárias para o desenvolvimento de Vitória da Conquista.

O partido deve estar atento aos anseios da sociedade civil e aos movimentos populares, que desempenharam um papel fundamental na mobilização contra o governo atual. Esta frente precisa se posicionar como uma alternativa viável, comprometida com a defesa da democracia, da justiça social e dos direitos da população.

O futuro político de Vitória da Conquista dependerá da capacidade de diálogo e mobilização dos diferentes atores envolvidos. É necessário construir um projeto inclusivo, que valorize a participação popular e promova o desenvolvimento sustentável do município.

A oportunidade está diante de nós. A oposição tem a chance de se reinventar, de corrigir os erros do passado e de propor uma visão progressista e transformadora para a cidade. É o momento de construir uma nova perspectiva, baseada no diálogo, na cooperação e no compromisso com o bem-estar coletivo.

A volta do PT e da Frente Conquista Popular ao poder em Vitória da Conquista dependerá não apenas da habilidade política das suas lideranças, mas também do engajamento da sociedade. É imprescindível que a oposição esteja próxima das demandas e aspirações da população, ouvindo atentamente suas necessidades e agindo de forma transparente e responsável.

A caminhada rumo à vitória não será fácil. A polarização política ainda é intensa, e os desafios são muitos. No entanto, estes  partidos de oposição deve encarar essas adversidades como oportunidades de crescimento e aprendizado.

Para alcançar o sucesso eleitoral, é fundamental que o PT e as forças desta frente trabalhem de forma unida, com um propósito comum e uma visão clara de futuro. É preciso construir uma plataforma política consistente, baseada em valores progressistas, justiça social e igualdade de oportunidades.

Além disso, é essencial que o partido busque estabelecer alianças estratégicas com setores moderados da direita, que estejam dispostos a se distanciar das políticas conservadoras e autoritárias. O diálogo construtivo e a busca por consensos são caminhos promissores para a construção de uma coalizão sólida e ampla, capaz de conquistar o apoio necessário para a vitória eleitoral.

A oposição não podem se acomodar ou subestimar a importância de uma campanha bem estruturada e organizada. É imprescindível investir em estratégias eficientes de comunicação, que alcancem a população de forma clara e objetiva, apresentando propostas concretas e soluções para os desafios enfrentados pelo município.

A confiança da população será conquistada por meio de um trabalho sério, comprometido com a ética e a transparência. É necessário que o PT e seus representantes sejam exemplos de integridade e responsabilidade, demonstrando que estão comprometidos em servir o interesse público e em promover o desenvolvimento sustentável de Vitória da Conquista.

Por fim, é importante ressaltar que a vitória eleitoral é apenas o primeiro passo. Após assumir o governo, é fundamental que esta frente se mantenha fiel aos seus princípios e compromissos, governando de forma inclusiva e responsável. A participação da sociedade civil, dos movimentos sociais e das organizações populares deve ser incentivada e valorizada, garantindo a construção coletiva de políticas públicas e a fiscalização do poder.

Vitória da Conquista e seus cidadãos merecem um futuro melhor. A esquerda e seus aliados tem a oportunidade de liderar essa transformação, promovendo uma gestão comprometida com a justiça social, a igualdade e o desenvolvimento sustentável. O caminho não será fácil, mas com união, determinação e a participação ativa de todos, é possível construir uma cidade mais próspera, justa e inclusiva para todos os seus habitantes.

A hora é agora. O PT e seus aliados deve estar prontos para assumir o desafio e trabalhar incansavelmente pelo bem de Vitória da Conquista. A oportunidade está à frente. Vamos juntos construir um futuro melhor para todos.

 

 

 


terça-feira, 16 de maio de 2023

Artigo de opinião: A cassação de Deltan Dallagnol e a postura lamentável de Sergio Moro. (Padre Carlos)

 

A cassação de Dallagnol é um ato de justiça

 


 

 

A decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) é uma vitória da democracia e do Estado de Direito sobre a farsa da Lava Jato. O ex-procurador, que se elegeu com o discurso de combate à corrupção, foi desmascarado como um fraudador da lei e da Justiça.

 

Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2021, quando já havia sido condenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a pena de censura e de advertência e ainda tinha 15 procedimentos diversos em tramitação desfavoráveis a ele no órgão. Com isso, ele tentou escapar da pena de demissão e da inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa.

 

Além disso, Dallagnol também foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos irregulares com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato. Essa foi a operação que ele chefiou em Curitiba, com o apoio do então juiz Sergio Moro, e que perseguiu políticos e empresários sem provas, violando direitos fundamentais e a soberania nacional.

 

A cassação de Dallagnol é um ato de justiça contra um agente público que usou o cargo para fins políticos e pessoais, sem respeitar os limites legais e éticos. Ele não merece representar o povo paranaense nem brasileiro no Congresso Nacional.

 

Por isso, é lamentável a postura do senador e ex-juiz Sergio Moro, que se manifestou dizendo estar “estarrecido” com a decisão do TSE. Moro, que também deixou a magistratura para se candidatar pelo União Brasil do Paraná, demonstra não ter aprendido nada com os escândalos que envolveram sua atuação na Lava Jato.

 

Moro foi o principal aliado de Dallagnol na operação que violou o princípio da imparcialidade da Justiça. Ele foi flagrado em conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil orientando os procuradores, combinando estratégias, antecipando decisões e interferindo na acusação. Por isso, ele teve sua suspeição reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Lula.

 

Moro também foi desmoralizado ao aceitar ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro, após ter condenado e impedido a candidatura de Lula em 2018. Ele se mostrou subserviente aos interesses do presidente, até romper com ele por motivos pessoais. Depois, ele tentou se reinventar como político, mas não conseguiu se livrar da imagem de juiz parcial e traidor.

 

Ao lamentar a cassação de Deltan Dallagnol, Moro revela sua falta de compromisso com a democracia e com a legalidade. Ele deveria reconhecer seus erros e pedir desculpas ao povo brasileiro pelos danos que causou à Justiça, à política e à economia. Em vez disso, ele prefere se solidarizar com seu cúmplice na farsa da Lava Jato.

 

A decisão do TSE é um passo importante para restaurar a credibilidade das instituições e para punir os responsáveis pelo maior escândalo judicial da história do país. Deltan Dallagnol e Sergio Moro devem responder pelos seus crimes e não devem ter espaço na vida pública. Eles são uma vergonha para o Paraná e para o Brasil.


ARTIGO - A indicação de Cristiano Zanin ao STF gera críticas à esquerda. (Padre Carlos)




Alguém que defenda os interesses do trabalhador

 




De acordo com fontes próximas ao ex-presidente Lula, o advogado Cristiano Zanin, conhecido por ser o rosto do combate à Operação Lava Jato e a Sergio Moro, será o próximo indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia da possível indicação gerou críticas tanto à direita quanto à esquerda.

Enquanto a direita se opõe à escolha de Zanin por suas ligações com Lula e sua atuação em defesa do ex-presidente, a esquerda critica a decisão por considerá-la uma confusão desnecessária entre público e privado e por não representar a diversidade étnica e ideológica necessária no STF.

Muitos defendem que a escolha de um jurista negro seria importante para trazer mais diversidade ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, outros argumentam que a questão não é apenas de etnia ou religião, mas sim de classe e ideologia. O ex-ministro Joaquim Barbosa, por exemplo, foi escolhido por ser negro, mas acabou se mostrando conservador em suas decisões.

Além disso, há críticas em relação à forma como os ministros do STF são escolhidos no Brasil. Muitos afirmam que há um "dedo podre" na escolha dos ministros e que aqueles indicados por Lula e Dilma acabaram se tornando os maiores críticos do PT e os verdadeiros operadores da Lava Jato.

Para alguns, é necessário que o próximo indicado seja alguém que defenda os interesses do trabalhador e que represente a classe trabalhadora no STF. Afinal, a elite já está muito bem representada no tribunal mais alto do país.

  

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...