sábado, 10 de junho de 2023

ARTIGO - Gente Humilde: Uma Jornada de Amor, Generosidade e Superação. (Padre Carlos)

 Gente humilde


"Peço a Deus por minha genteÉ gente humildeQue vontade de chorar"

        O que é ser gente humilde? É ter pouco dinheiro, pouca instrução, pouca ambição? É viver em uma casa simples, em um bairro pobre, em uma cidade grande? É trabalhar duro, sofrer muito, sonhar pouco?

        Não. Ser gente humilde é muito mais do que isso. Ser gente humilde é ter uma riqueza que não se mede em cifras, mas em valores. É ter uma sabedoria que não se aprende em livros, mas na vida. É ter uma esperança que não se abala com as dificuldades, mas se renova com as alegrias.

        Ser gente humilde é saber apreciar as coisas simples e belas que o mundo oferece. É saber olhar nos olhos das pessoas e reconhecer nelas um semelhante, um irmão, um amigo. É saber dar e receber amor sem medo, sem vergonha, sem culpa.

        Ser gente humilde é ter coragem de mudar quando a vida pede. É ter humildade de reconhecer os próprios erros e aprender com eles. É ter generosidade de compartilhar os próprios acertos e ensinar com eles.

        Ser gente humilde é ter fé em Deus e em si mesmo. É ter gratidão pelo que tem e pelo que não tem. É ter alegria pelo que é e pelo que pode ser.

    Ser gente humilde é ser assim: capaz de transformar o cotidiano em poesia, o ordinário em extraordinário, o comum em sublime.

       

E você? Você é gente humilde?



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ARTIGO - Abuso de Poder e Violação de Direitos: Os Bastidores Obscuros da Lava Jato. (Padre Carlos)

 


Operação Lava Jato Desmascarada

 


Nos últimos anos, a operação Lava Jato tem sido objeto de intensos debates e questionamentos. Novas revelações surgem, colocando em xeque a conduta dos procuradores envolvidos e levantando ansiosas dúvidas sobre a imparcialidade e a ética dessa operação que, um dia, foi vista como um marco no combate à corrupção no Brasil.

As últimas revelações de diálogos entre os procuradores da Lava Jato exibem um lado obscuro dessa operação. Em conversas de 2016, vemos procuradores mencionando o desejo de "ferrar" com o advogado Tacla Duran, além de discutirem a possibilidade de fechar a construtora Odebrecht. Essas revelações são extremamente preocupantes e levantam questões sobre a imparcialidade e os métodos empregados pelos investigadores.

A fala do procurador Orlando Martello, sugerindo a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar" Tacla Duran e obter a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht, revela uma motivação questionável e coloca em dúvida a integridade da atuação dos procuradores envolvidos nesse caso. Não se trata apenas de buscar a verdade e a justiça, mas sim de uma busca por punição a qualquer custo, o que pode comprometer a imparcialidade e a objetividade das questões.

Além disso, é alarmante ver o ex-procurador Diogo Castor expressando o desejo de "prender" o advogado Tacla Duran. Essa postura revela uma predisposição de encarcerar um indivíduo antes mesmo de se obter provas concretas e acompanhar o devido processo legal. O papel do Ministério Público é garantir que a justiça seja feita, mas também é essencial que sejam respeitados os direitos fundamentais de todas as partes envolvidas.

A revelação de que os procuradores aguardam a posição dos americanos antes de tomar medidas contra a Tacla Duran levanta ainda mais questionamentos. A atuação clandestina junto aos Estados Unidos e a dependência de sua posição para tomar decisões demonstram uma falta de autonomia e uma submissão a interesses externos que não condizem com o papel do Ministério Público em um Estado democrático de direito.

Diante desses fatos, é necessário que haja uma responsabilização e uma investigação rigorosa sobre a conduta dos procuradores da Lava Jato. Não se trata apenas de uma questão de justiça, mas de preservar a credibilidade das instituições e a confiança da população no sistema judicial.

A operação Lava Jato teve um impacto significativo na sociedade brasileira. Empresas foram prejudicadas, empregos foram perdidos e a imagem do país foi abalada internacionalmente. É fundamental que esses efeitos sejam analisados ​​de forma ampla e que sejam adotadas medidas para evitar que práticas semelhantes se repitam no futuro.

Mais do que nunca, precisamos de transparência, imparcialidade e respeito aos direitos fundamentais em nossas instituições. A busca pela verdade e pela justiça não deve ser comprometido por interesses políticos, ideológicos ou pessoais. É essencial que os envolvidos na operação Lava Jato sejam responsabilizados por quaisquer condutas experimentais ou abusivas que tenham cometido.

A sociedade brasileira precisa de respostas claras e transparentes. A confiança nas instituições e na justiça é fundamental para a estabilidade e o desenvolvimento do país. Sem uma revisão cuidadosa e imparcial dos casos e das práticas da Lava Jato, a confiança do sistema judicial e na justiça que se pratica neste país  será duvidosa.

 

 

 

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sexta-feira, 9 de junho de 2023

ARTIGO - Lula acerta ao não ir à Marcha para Jesus em São Paulo. (Padre Carlos)

 O Dia Nacional da Marcha para Jesus.





         Na última quinta-feira (8), aconteceu em São Paulo a 31ª edição da Marcha para Jesus, o maior evento evangélico do Brasil, que reuniu milhares de fiéis nas ruas da capital paulista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para participar do evento, mas recusou o convite e enviou um representante, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. 
         A decisão de Lula foi acertada por vários motivos. Primeiro, porque ele estava em viagem ao Nordeste e não poderia alterar sua agenda para comparecer ao evento. Segundo, porque ele é católico e respeita as igrejas, mas não precisa se submeter a um ato religioso que não faz parte de sua fé. Terceiro, porque ele evitou cair em uma armadilha política armada por líderes evangélicos bolsonaristas, que queriam criar um fato político e incentivar a multidão a vaiar Lula. 
          Isso ficou provado quando o ministro Jorge Messias anunciou que levava uma mensagem de Lula aos evangélicos e foi recebido com vaias e hostilidades por parte do público. O organizador da Marcha, Estevam Hernandes, teve que intervir para pedir oração pelas autoridades do Brasil e evitar o mal-estar. O ministro disse que veio em "missão de paz" e que Lula agradeceu o convite e lembrou ter sido o autor da lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009. 
          Se Lula tivesse ido à Marcha para Jesus, ele poderia ter sido alvo de mais manifestações contrárias e de provocações por parte dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ainda tem forte influência entre os evangélicos. Isso poderia gerar um clima de tensão e confronto entre os fiéis e prejudicar a imagem de Lula como um líder conciliador e democrático.
          Lula agiu com prudência e respeito ao não ir à Marcha para Jesus em São Paulo. Ele demonstrou que não precisa se aproveitar de eventos religiosos para fazer campanha política ou para disputar a preferência dos evangélicos. Ele sabe que a religião é uma questão pessoal e que o Estado é laico. Ele também sabe que os evangélicos são um segmento diverso e plural, que não pode ser reduzido a um único discurso ou a uma única liderança. 
         Lula tem o direito de dialogar com os evangélicos e de apresentar suas propostas para o país, mas sem se submeter a pressões ou chantagens de grupos religiosos que querem impor sua agenda ou sua visão de mundo. Lula tem o dever de defender a liberdade religiosa e a tolerância entre as diferentes crenças, mas sem se deixar manipular ou cooptar por interesses políticos ou econômicos que se escondem atrás da fé.
          Lula fez bem ao não ir à Marcha para Jesus em São Paulo. Ele mostrou que tem coerência e dignidade. Ele mostrou que tem respeito pelos evangélicos e por todas as religiões. Ele mostrou que tem compromisso com a democracia e com os direitos humanos. Ele mostrou que é diferente de Bolsonaro, que usou e abusou da religião para enganar e iludir os fiéis. Ele mostrou que é Lula.

ARTIGO - Políticos disputam protagonismo na implementação da duplicação da BR-116. (Padre Carlos)

 

Vitória da Conquista vai receber a tão esperada duplicação.


 


 

A duplicação da BR-116, tão esperada pelos moradores da cidade de Vitória da Conquista, está próxima de se tornar uma realidade. E, como é de praxe em situações como essa, políticos de diversas esferas passam a reivindicar a implantação da obra como resultado de suas articulações políticas. Não é de surpreender, portanto, que a cidade tenha amanhecido nesta semana com alguns outdoors trazendo a imagem do presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Belo Campo, José Henrique Tigre, mais conhecido como Quinho, declarando a importância da obra e sua influência na concretização.

Em meio à expectativa e às especulações, é comum que políticos se apressem em colocar seus nomes como protagonistas desse projeto tão almejado pela população. Afinal, o início de grandes obras se torna uma excelente oportunidade para angariar apoio e conquistar votos. Mas será que esses políticos realmente têm o direito de reivindicar a paternidade da duplicação da BR-116?

As articulações já estão em curso, com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do ministro dos Transportes, Renan Filho. Esses são os principais responsáveis ​​por conduzir o processo de implementação dessa tão esperada obra de infraestrutura. São eles que têm o poder de decisão e que devem ser cobrados pelo andamento do projeto. Portanto, é a partir dessa relação entre os ministros e as autoridades locais que a duplicação da BR-116 vai ganhar forma.

É claro que é importante reconhecer o trabalho dos políticos locais, afinal, eles têm a responsabilidade de representar e lutar pelos interesses da população. Mas é necessário avaliar até que ponto a busca pela paternidade de uma obra desse porte é válida? Afinal, a duplicação da BR-116 é uma demanda antiga e legítima, fruto da necessidade de melhorias na infraestrutura e na segurança viária da região.

Em vez de se preocuparem em reivindicar a obra como se fosse um mérito pessoal, os políticos deveriam direcionar seus esforços para acompanhar e fiscalizar o andamento do projeto, cobrando transparência e agilidade na sua execução. Afinal, a população de Vitória da Conquista e de toda a região tem o direito de contar com uma rodovia moderna, segura e eficiente, que contribui para o desenvolvimento econômico e social.

A duplicação da BR-116 é um investimento de grande importância para a cidade de Vitória da Conquista, para o estado da Bahia e para o país como um todo. Portanto, é fundamental que todos os envolvidos deixem de lado as disputas políticas e trabalhem em conjunto para garantir que essa obra seja realizada da melhor forma possível, atendendo às necessidades e aos anseios da população.

No fim das contas, o que realmente importa é que a duplicação da BR-116 se concretize e traga benefícios reais para a região. A paternidade da obra é uma questão secundária diante do impacto positivo que ela atraiu para a economia, o turismo e a qualidade de vida dos moradores. Portanto, é importante que os políticos deixem de lado seus interesses pessoais e priorizem o bem-estar da população.


quinta-feira, 8 de junho de 2023

ARTIGO - Rui Costa tem razão: Brasília é uma ilha da fantasia. (Padre Carlos)

 

Qual o papel de Brasília na política nacional.



 

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, causou polêmica ao afirmar, em um evento na Bahia, que Brasília é uma ilha da fantasia e que a transferência da capital para o Planalto Central fez mal ao Brasil. As declarações do ministro foram duramente criticadas por políticos e representantes do Distrito Federal, que acusaram o ministro de desconhecer a realidade da capital e de desrespeitar o povo brasiliense.

 

No entanto, este blog defende que Rui Costa tem razão em sua análise e que suas palavras são um alerta para a necessidade de uma reforma política que aproxime os governantes dos governados e que combata a corrupção e o corporativismo que imperam na capital federal.

 

Não se trata de negar a importância histórica e cultural de Brasília, nem de desconsiderar os problemas sociais e econômicos que afetam parte da população do DF. Trata-se de reconhecer que Brasília se tornou um símbolo de um sistema político distante da realidade do país, marcado pelo patrimonialismo, pelo clientelismo e pelo fisiologismo.

 

Ela é uma ilha da fantasia porque abriga uma elite política privilegiada, que vive em um mundo à parte, cercada de mordomias e imunidades, alheia aos anseios e às demandas da sociedade. Uma elite política que se beneficia de um modelo federativo centralizador, que concentra recursos e poderes na União, em detrimento dos estados e municípios. Uma elite política que se articula em torno de interesses corporativos e partidários, que muitas vezes se sobrepõem aos interesses nacionais.

 

 Uma ilha da fantasia porque é palco de escândalos de corrupção que abalam a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Escândalos que envolvem desde o desvio de recursos públicos até a compra de apoio parlamentar, passando pela interferência indevida em órgãos de controle e fiscalização. Escândalos que revelam a fragilidade do sistema eleitoral, que permite a influência do poder econômico e das fake news nas campanhas. Escândalos que expõem a falta de transparência e de compromisso com a coisa pública dos agentes públicos.

 

É nesta ilha da fantasia que se apresenta o cenário de uma polarização política que paralisa o país e impede o avanço das reformas estruturais que o Brasil precisa. Uma polarização que se alimenta do ódio e da intolerância, que estimula o extremismo e o radicalismo, que dificulta o diálogo e o consenso. Uma polarização que ignora os problemas reais do país, como a pobreza, a desigualdade, a violência, a educação, a saúde, o meio ambiente. Uma polarização que ameaça a estabilidade democrática e a paz social.

 

Por isso, este blog apoia as declarações do ministro Rui Costa e espera que elas sirvam como um estímulo para uma reflexão crítica sobre o papel de Brasília na política nacional. É preciso romper com a lógica da ilha da fantasia e construir uma nova lógica, baseada na participação popular, na representatividade, na responsabilidade e na ética. É preciso aproximar Brasília do Brasil real e fazer com que a capital seja um espaço de cidadania, de pluralidade e de desenvolvimento.

ARTIGO - O Corpo de Cristo e os corpos dos homens e mulheres (Padre Carlos)




O Corpo de Cristo e os corpos dos homens e mulheres



            Ninguém sabe quantos brasileiros conhecem a razão por que hoje é feriado nacional. Estou convicto de que esse número seja pequeno.  Aliás, o mesmo se deve com a maioria dos feriados religiosos e também os outros. O que mais interessa já não é a referência do feriado, mas o feriado em si. Na base do feriado que celebramos hoje, Festa do Corpo de Deus, está um banquete. Dois banquetes marcaram o Ocidente. Um é O Banquete, de Platão, com todos aqueles diálogos sobre o amor nas suas várias perspectivas. O outro é a Última Ceia de Cristo, enquadrada também por um longo discurso sobre o amor e na iminência da morte. Jesus tomou o pão e o cálice com vinho, pronunciou a bênção e disse: "Tomai, comei e bebei, isto é o símbolo da minha vida entregue por amor e salvação de todos."
     

     
  Os primeiros cristãos, animados pela fé no Jesus crucificado e ressuscitado para a vida do Deus-Amor vivente, juntavam-se à volta da mesa numa refeição fraterna e festiva - quem presidia era o dono ou a dona da casa - e alimentavam-se do Pão e da Palavra, aprofundando a fé, a esperança e o amor.
            Essas celebrações lembravam a Última Ceia e também aqueles banquetes que Jesus tivera ao longo da vida. Banquetes frequentemente escandalosos, pois Jesus comia e convivia com pecadores e publicanos, marginalizados e gente de vida pouco recomendável. Por outro lado, tornava-se por vezes um hóspede inconveniente e até insolente, já que aproveitava a ocasião para denunciar a hipocrisia e o modo de vida das pessoas.
            A Igreja Católica celebra, hoje, a festa do corpo de Cristo. A solenidade resgata a sacralidade do corpo e a unidade do ser humano. 
            Foi em meados da década de noventa, que ao celebrar esta data, Dom Celso Jose, chamou a atenção dos fieis para a necessidade de humanizar a nossa fé.
      

      Apesar da fé e da piedade dos conquistenses naquele ano, o Corpo de Cristo tinha sido profanado. Seu Sangue verteu em dor e humilhação. Para mim essa não teria sido uma quinta-feira de Corpus Christi comum. Despertamos para o dia com o amargor intragável da violência cometida contra dois jovens que ao serem assaltados, terminaram sendo mortos. Os assaltantes fugiram com carro da vítima. Aquele assassinato teve uma grande repercussão na cidade e diante disto, foi montado pelas polícias vários grupos de buscas ao assassinos. Ao serem interceptados pelos polícias, trocaram tiros e foram mortos. Até aí, parece um boletim policial do dia-a-dia, porém após a morte dos assaltantes, os polícias passaram pela cidade em carro aberto mostrando aquele corpo vazado com vários disparos, como se fosse uma caça ou um troféu e para o espanto de alguns, recebia aplausos de parte da população.  Os Corpos daqueles jovens eram apresentados em carro aberto com orgulhos de seus executores, a crueldade com os corpos era visivelmente desumana. As responsabilidades do orgulho nefasto desses homens carregaram até hoje no nosso inconsciente, quando não rompemos com o que existe de pior no homem: nossa falta de humanidade. Profanaram o Corpo de Cristo, arrancando dele sua dignidade e deixando, apenas, humilhação e terror.
 Confesso a vocês, que aquela homilia proferida por um pai espiritual como Celso José, teve e ainda hoje tem para mim um significado profundo sobre o corpo e a dignidade humana. 
É impossível estarmos em comunhão com Jesus sem estarmos em comunhão com o irmão. Não podemos perder nossa humanidade. Como disse Dom. Celso José:  não podemos deixar o Corpo de Cristo ser violado desta forma.

Padre Carlos.
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quarta-feira, 7 de junho de 2023

ARTIGO - A Mensagem Profunda de um Militante de Esquerda sobre a Importância da Vida. (Padre Carlos)


 

 

 

 

 

 

 A defesa da vida como pilar inegociável

 






       Abordar este tema se torna uma tarefa desafiadora e, ao mesmo tempo, um ato corajoso e profético quando um militante cristão se posiciona a favor da defesa da vida. Dentro de um contexto político polarizado, onde as questões relacionadas à vida são frequentemente debatidas sob a ótica da ideologia, falar sobre a importância de proteger e preservar a vida humana pode ser visto como uma posição contraditória de para alguns. No entanto, é essencial reconhecer que a defesa da vida vai além de qualquer rótulo político ou ideológico, pois se trata de um valor universal que deve ser abraçado por todos. Ao adotar essa postura, o militante demonstra coragem ao desafiar os estereótipos e preconceitos que podem existir em relação à esquerda, e ao mesmo tempo, oferece uma perspectiva profética, reafirmando a importância de um compromisso genuíno com a conquista e o bem-estar de cada ser humano

       Não se pode defender a justiça e os Direitos Humanos sem defender e testemunhar a cultura da vida.

     Em um mundo cada vez mais fragmentado e repleto de controvérsias, a afirmação de que Jesus é o verdadeiro Filho de Deus ganha ainda mais sentido. No entanto, a verdadeira compreensão dessa afirmação não se limita apenas a questões teológicas, mas também exige uma análise profunda do nosso papel como seguidores de Cristo na sociedade atual.

       O evangelho de Jesus Cristo é uma mensagem de amor, compaixão e cuidado pelos mais indefesos. Sua vida e ensinamentos nos convidam a elevar a dignidade e a sacralidade de toda vida humana, desde o momento da concepção até o último suspiro. Portanto, não podemos afirmar que seguimos a Cristo se não colocarmos em prática essa cultura da vida em todas as esferas da sociedade.

          Infelizmente, vivemos em um contexto em que a vida humana muitas vezes é negociada no balcão da cultura do bem-estar e das falsas garantias de um pretenso humanismo. Nesse sentido, um exemplo claro é a questão do aborto. Embora reconheçamos os direitos das mulheres e a importância de garantir sua autonomia e saúde, não podemos ignorar o fato de que a interrupção da vida de um ser inocente e indefeso é um ato que vai contra os princípios cristãos.

           Ao defendermos o valor da vida desde a concepção, não estamos negando os direitos das mulheres, mas sim reconhecendo que a vida é um dom sagrado que deve ser protegido. Buscar alternativas que promovam a cultura da vida, como o apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade, a oferta de assistência médica e psicológica, além do incentivo à adoção responsável.

           Além da questão do aborto, a cultura da vida também se estende a outras áreas, como a eutanásia e o uso indiscriminado da pena de morte. Acreditamos que cada vida tem um propósito e que não cabe a nós decidir quando ela deve terminar. Ao defendermos essas práticas, estamos negando o valor intrínseco da vida e usurpando o papel que pertence apenas a Deus.

        Seguir a Cristo implica em enfrentar desafios e ir contra a correnteza das ideias predominantes na sociedade. É fácil se deixar levar por concessões e ceder às pressões do mundo ao nosso redor. No entanto, como cristãos, somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo, testemunhando a verdade e vivendo de acordo com os princípios que professamos.

Amém!

 

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...