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terça-feira, 25 de julho de 2023
ARTIGO - Vitória da Conquista se Prepara para Eleições Acirradas: Quem Será o Próximo Prefeito?. (Padre Carlos)
segunda-feira, 24 de julho de 2023
ARTIGO - Aprender a ser filho é uma lição para a vida toda. (Padre Carlos)
A
lição que frequentemente chega tarde demais
A relação entre pais e filhos nem sempre é
fácil ou harmoniosa. Muitas vezes, só vamos compreender verdadeiramente nossos
pais quando já somos adultos e enfrentamos desafios semelhantes aos que eles
viveram. É uma lição de empatia e maturidade que frequentemente chega tarde
demais.
Quando jovens, tendemos a ver nossos pais
como provedores e protetores incontestes, sem fraquezas ou complexidades. Não
reconhecemos suas dores, medos e dilemas, tampouco procuramos entender suas
histórias e circunstâncias. Julgamos suas escolhas sem nos colocarmos em seus
sapatos.
Somente mais tarde, ao nos tornarmos nós
mesmos pais, ou quando nossos pais envelhecem e precisam de cuidados, é que
compreendemos sua humanidade. Percebemos que eles também tiveram sonhos e
enfrentaram tempestades, assim como nós. Entendemos suas limitações e o quanto
precisam de afeto, mesmo que não o demonstrem.
Infelizmente, essa lição frequentemente vem
tarde demais. Quando finalmente aprendemos a ser filhos, nossos pais já não
estão mais por perto. Resta-nos a saudade e o arrependimento de não termos
aproveitado melhor o convívio com eles.
Portanto, é urgente valorizar nossos pais
agora, enquanto podemos. Aprender sobre suas histórias, entender suas escolhas,
cuidar deles com zelo. Pais e filhos têm muito a aprender uns com os outros em
todas as fases da vida. Essa troca de empatia e sabedoria é um caminho de mão
dupla, que nos enriquece e nos faz mais humanos.
ARTIGO - Companheiros Esquecidos: O Verdadeiro Significado da Esquerda em Questão. (Padre Carlos)
O que significa ser companheiro na esquerda?
A palavra companheiro tem um significado especial para muitas pessoas que se identificam com a esquerda política. Ela remete a uma ideia de solidariedade, de luta coletiva, de compromisso com uma causa maior do que os interesses individuais. Ser companheiro é fazer parte de uma família, de uma comunidade, de um projeto histórico de transformação social.
Mas será que esse significado ainda se mantém na atualidade? Será que os companheiros de ontem são reconhecidos e valorizados pelos companheiros de hoje? Será que há espaço para a divergência, para o debate, para a crítica construtiva entre os companheiros? Será que há respeito pela diversidade, pela pluralidade, pela autonomia dos companheiros?
Infelizmente, parece que não. Parece que muitos companheiros foram esquecidos e abandonados pelos que hoje se dizem herdeiros do projeto da esquerda. Parece que muitos companheiros deram os melhores anos de sua vida, enfrentaram a ditadura, a repressão, a tortura, o exílio, a clandestinidade, a perseguição, a morte, para que outros pudessem desfrutar das conquistas e dos benefícios da democracia e da cidadania. Parece que muitos companheiros não recebem nenhum apoio, nenhuma solidariedade, nenhuma gratidão por parte dos que hoje ocupam os espaços de poder e de representação política.
Parece que muitos companheiros só são lembrados quando se trata de pedir votos, de fazer campanha, de mobilizar as bases, de defender as lideranças. Parece que muitos companheiros só são vistos quando se trata de silenciá-los, de marginalizá-los, de desqualificá-los, de satanizá-los. Parece que muitos companheiros só são ouvidos quando se trata de concordar, de aplaudir, de obedecer, de seguir.
Isso é ser companheiro? Isso é ser esquerda? Isso é ser humano?
Eu acho que não. Eu acho que ser companheiro é muito mais do que isso. É ter consciência crítica, é ter senso histórico, é ter ética política. É ter coragem de dizer não quando necessário, é ter humildade de reconhecer os erros quando cometidos, é ter disposição de aprender com as diferenças quando apresentadas. É ter lealdade com os princípios, é ter responsabilidade com as consequências, é ter compromisso com as mudanças.
Ser companheiro é ser solidário com quem precisa, é ser generoso com quem merece, é ser grato com quem contribuiu. Ser companheiro é ser fiel à causa, é ser coerente com o discurso, é ser honesto com o povo. Ser companheiro é ser digno da história, é ser respeitado pelo presente, é ser inspirador para o futuro.
Ser companheiro é ser humano.
ARTIGO - Bispos presentes em encontro das CEBs enviam carta à CNBB. (Padre Carlos)
Uma voz de renovação
e compromisso com os pobres
No
cenário de um Brasil complexo, marcado por desafios sociais, políticos e
ambientais, uma notável reunião ocorreu em Rondonópolis (MT). O 15º
Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) reuniu 48 bispos, ao
lado de leigos, religiosos, diáconos e presbíteros, que representaram milhares
de comunidades eclesiais em busca de uma Igreja em saída na busca da vida plena
para todos e todas. A relevância desse encontro manifestou-se através de uma
carta enviada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
compartilhando as vivências e reflexões do evento.
A
trajetória das CEBs remonta a 1975, quando cristãos leigos e leigas, amparados
por religiosos(as), diáconos, padres e bispos, se uniram para aprofundar a fé
em meio às realidades em que vivem, à luz da Palavra de Deus. Esse movimento
encontra suas raízes em documentos importantes, como o Concílio Vaticano II, as
Conferências de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, além das
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
As
CEBs têm sido reconhecidas como uma fonte viva de vitalidade na Igreja, com
espiritualidade ancorada na Palavra de Deus e com o compromisso evangelizador e
missionário entre os mais simples e marginalizados. Sua atuação tem sido
fundamental para tornar visível a opção preferencial pelos pobres, seguindo o
exemplo de Jesus Cristo, que se identificou com os que sofrem e habitam nas periferias
da sociedade.
No
15º Intereclesial, em clima de escuta, caminhada sinodal e abertura ecumênica,
os participantes compartilharam experiências e desafios que enfrentam em suas
jornadas evangelizadoras. O cansaço em algumas lideranças das comunidades foi
reconhecido, possivelmente decorrente das diversas dificuldades inerentes ao
processo evangelizador. Essas dificuldades refletem as diversas eclesiologias e
as complexidades de uma sociedade urbanizada, polarizada politicamente e
marcada pelo aumento das desigualdades, individualismo, preconceito e
consumismo, que ameaçam a ecologia integral, como enfatizado pelo Papa
Francisco.
O
encontro ecoou gritos de clamor pela erradicação de todas as formas de
violência contra as mulheres e também pelos jovens, que buscavam encontrar
sentido humano e cristão para suas vidas e clamavam por uma maior participação
nas comunidades, buscando um maior sentimento de pertencimento eclesial.
Entre
os anseios dos participantes, estava o desejo de maior atenção à formação dos
cristãos leigos e leigas, com o objetivo de contribuir para que as comunidades
sejam verdadeiramente missionárias e vivenciadoras de uma dinâmica sinodal,
propagadoras da Boa Nova e sementes de um novo céu e uma nova terra.
As
vozes presentes nesse encontro pediram um apoio mais efetivo e comprometido por
parte dos bispos, para que as CEBs se sintam confirmadas em sua caminhada
evangelizadora e não experimentem um sentimento de abandono ou orfandade.
O
15º Intereclesial das CEBs representa um marco significativo para a Igreja no
Brasil, reafirmando seu compromisso com os pobres, seu desejo de renovação e de
ser uma Igreja em constante saída, voltada para a busca da vida plena para
todos os seus membros. Os anseios e desafios compartilhados nessa carta enviada
à CNBB são um chamado para ações concretas em prol de uma sociedade justa,
solidária, fraterna e ecologicamente sustentável.
Que
o Espírito Santo ilumine os bispos nas Igrejas particulares, fortalecendo o
florescimento das CEBs e a vivência fervorosa da comunhão missionária e da
missão que é para a comunhão. E que Maria, a Mãe Aparecida, a missionária
incansável, interceda por todos aqueles que fazem parte dessa nobre jornada de
fé, serviço e compromisso com os mais necessitados
domingo, 23 de julho de 2023
ARTIGO - O Papel da Igreja na Valorização dos Idosos no Mundo Contemporâneo. (Padre Carlos)
O mundo envelhece a passos largos.
No
III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Francisco, fez um apelo impactante para que a sociedade como
um todo mude sua abordagem em relação aos idosos. Em sua mensagem na Basílica
de São Pedro, o pontífice chamou a atenção para a necessidade de não
marginalizar essa parcela da população, destacando que é fundamental crescermos
juntos com paciência e respeito.
A
preocupação do Papa com a marginalização dos idosos se reflete no cenário
global, em que o mundo envelhece a passos largos. Com o aumento da expectativa
de vida e a queda nas taxas de natalidade, muitos países têm observado o
envelhecimento da população como uma das principais questões a serem
enfrentadas neste século.
Nesse
contexto, a Igreja Católica, por meio de sua liderança, tem papel fundamental
em promover a valorização dos idosos e combater a solidão que muitas vezes
aflige essa parcela da sociedade. A mensagem do Papa não se limita apenas aos
fiéis da Igreja, mas abrange a todos os cidadãos, independente de suas crenças,
já que o respeito e a valorização dos idosos são valores universais que
atravessam fronteiras religiosas e culturais.
Em
suas palavras, Francisco nos convida a não permitir que as cidades se tornem
"concentrados de solidão". Essa expressão é uma poderosa metáfora que
nos faz refletir sobre a importância de uma comunidade inclusiva e solidária,
capaz de acolher e integrar todas as faixas etárias.
Através
das três parábolas do Evangelho apresentadas neste Domingo, o Papa reforça a
necessidade de dar prioridade aos avós em nossas vidas. O convite é claro:
jovens e idosos devem caminhar juntos, aprendendo uns com os outros e crescendo
em unidade. Essa mensagem é particularmente significativa em uma era em que a
sociedade muitas vezes se concentra excessivamente nos aspectos tecnológicos e
individuais da vida moderna, negligenciando as relações interpessoais e
intergeracionais.
É
fundamental reconhecer que os idosos têm um vasto acervo de experiências e
sabedoria acumulada ao longo de suas vidas, e sua inclusão na sociedade é uma
riqueza a ser explorada. As gerações mais jovens podem aprender muito com a
história e os ensinamentos dos mais velhos, enquanto estes últimos podem
encontrar inspiração e rejuvenescimento ao compartilhar suas vivências com os
mais jovens.
A
Igreja Católica, como uma das instituições mais influentes do mundo, tem o
poder de sensibilizar a população global para essa importante questão. Além de
suas pregações, é essencial que a Igreja promova iniciativas concretas para
apoiar e integrar os idosos em todas as esferas da sociedade. Através de
programas de acompanhamento, serviços de cuidado, atividades recreativas e
espaços de convívio, é possível criar uma cultura que celebre a sabedoria e a
experiência dos idosos.
A
valorização dos idosos é uma tarefa coletiva e requer ações coordenadas entre
governos, organizações da sociedade civil, instituições religiosas e cada
indivíduo. Somente com o esforço conjunto será possível enfrentar o desafio do
envelhecimento populacional de forma positiva e construtiva.
O
apelo do Papa Francisco é um chamado à ação para toda a humanidade. É um
lembrete de que o respeito aos mais velhos não é apenas uma virtude, mas uma
necessidade para uma sociedade saudável e equilibrada. Que essa mensagem ecoe
em nossos corações e ações, para que possamos caminhar juntos como uma
comunidade unida, enriquecendo-nos mutuamente com nossas diferenças e
experiências. Somente assim poderemos construir um mundo mais inclusivo e
solidário para todas as gerações.
Que
a bênção do Papa Francisco e a mensagem de amor e cuidado aos idosos se
espalhem pelo mundo, transformando-o em um lugar mais acolhedor e humano para
todos.
ARTIGO - Análise e Opinião: A Importância da Escolha nas Eleições Espanholas. (Padre Carlos)
A
esquerda espanhola em busca de uma nova chance.
Neste domingo, 23 de julho, os espanhóis
vão às urnas para decidir o futuro político do país, em uma eleição marcada
pela polarização entre a direita e a esquerda. O atual primeiro-ministro, Pedro
Sánchez, do Partido Socialista (PSOE), tenta se manter no poder com uma
coalizão de esquerda formada pelo Unidas Podemos e por partidos regionais e
nacionalistas. Do outro lado, o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do
Partido Popular (PP), busca retomar o governo com o apoio da extrema direita do
Vox e de outras siglas conservadoras.
A eleição é a quarta em quatro anos na
Espanha, um país que vive uma crise política crônica desde 2015, quando o
bipartidarismo tradicional entre PSOE e PP foi rompido pela emergência de novas
forças políticas. Desde então, nenhum partido conseguiu formar uma maioria
estável no Parlamento, o que levou a sucessivos impasses e dissoluções.
A última eleição, realizada em novembro de
2020, deu a vitória ao PSOE, mas sem maioria absoluta. Sánchez tentou formar um
governo de coalizão com o Unidas Podemos, mas enfrentou a resistência dos
partidos de direita e dos independentistas catalães, que se opuseram ao seu
programa de governo. Após meses de negociações infrutíferas, Sánchez dissolveu
o Parlamento e convocou uma nova eleição.
Desta vez, porém, Sánchez parece ter
conseguido costurar uma aliança mais ampla e diversa, que inclui partidos
nacionalistas bascos e catalães, além de outras legendas de esquerda e
centro-esquerda. A coalizão se apresenta como uma alternativa progressista e democrática
ao avanço da direita e da extrema direita na Espanha.
O PP, por sua vez, aposta na liderança de
Feijóo, um político experiente e moderado, que governa a região da Galícia há
mais de uma década. Feijóo tenta se distanciar da imagem negativa do seu antecessor
no comando do PP, Mariano Rajoy, que foi deposto por uma moção de censura em
2018 após um escândalo de corrupção. Feijóo também busca atrair os eleitores
descontentes com a gestão da pandemia de covid-19 pelo governo socialista.
O Vox, que surgiu em 2018 como uma força
política minoritária e ultranacionalista, se tornou a terceira maior força
parlamentar na última eleição. O partido defende posições anti-imigração,
anti-feminismo, anti-aborto e anti-LGBTQIA+. O Vox também é contrário à
autonomia das regiões espanholas e à negociação com os separatistas catalães.
As principais propostas dos candidatos
Candidato / Partido / Propostas
Pedro Sánchez / PSOE / - Fortalecer o
Estado de bem-estar social com mais investimentos em saúde, educação e
previdência; - Promover a transição ecológica com medidas para reduzir as
emissões de gases do efeito estufa e incentivar as energias renováveis; -
Dialogar com os independentistas catalães dentro da legalidade constitucional
para buscar uma solução política para o conflito; - Defender a integração
europeia e a cooperação internacional;
Alberto Núñez Feijóo / PP / - Recuperar a
economia pós-pandemia com medidas de estímulo fiscal e apoio às empresas; -
Combater a corrupção com mais transparência e controle dos recursos públicos; -
Defender a unidade nacional e a soberania espanhola frente às ameaças
separatistas; - Reforçar a segurança pública e o combate ao terrorismo; -
Apoiar os valores da família tradicional e da liberdade individual;
Santiago Abascal / Vox / - Suspender a
autonomia da Catalunha e prender os líderes independentistas; - Deportar os
imigrantes ilegais e construir um muro na fronteira com o Marrocos; - Proibir
os partidos de esquerda e os sindicatos; - Eliminar as leis de igualdade de
gênero e de proteção aos direitos LGBTQIA+; - Sair da União Europeia e da OTAN;
As expectativas para o resultado
As pesquisas de intenção de voto apontam
para uma vitória apertada do PSOE, com cerca de 30% dos votos, seguido pelo PP,
com cerca de 25%, e pelo Vox, com cerca de 15%. O Unidas Podemos aparece em
quarto lugar, com cerca de 10%, e os demais partidos ficam abaixo dos 5%.
No entanto, nenhum partido deve obter a
maioria absoluta de 176 assentos no Parlamento, o que significa que será
necessário formar alianças para governar. A coalizão de esquerda liderada pelo
PSOE deve somar entre 180 e 190 assentos, enquanto a coalizão de direita
liderada pelo PP deve ficar entre 160 e 170 assentos.
Assim, tudo indica que Sánchez conseguirá
se reeleger como primeiro-ministro, mas terá que negociar com os seus aliados
as condições para governar. Entre os principais desafios que ele enfrentará
estão a recuperação econômica após a crise sanitária, a gestão da vacinação
contra a covid-19, a reforma fiscal e a questão catalã.
Feijóo, por sua vez, deverá se manter como
líder da oposição, mas terá que lidar com a pressão do Vox, que pode tentar
impor a sua agenda radical ao PP. Além disso, ele terá que reconstruir a imagem
do seu partido após os escândalos de corrupção e as derrotas eleitorais.
A minha opinião
Na minha opinião, a eleição na Espanha é
uma oportunidade para os espanhóis escolherem entre dois projetos políticos
distintos: um que aposta na democracia, na justiça social e na diversidade; e
outro que defende o autoritarismo, o neoliberalismo e o nacionalismo.
Eu acredito que a coalizão de esquerda
liderada pelo PSOE é a melhor opção para o país, pois representa uma
alternativa progressista.
sábado, 22 de julho de 2023
ARTIGO - Vitória da Conquista: a esquerda paga o preço por não formar novos quadros. (Padre Carlos)
Números
revelam: enquanto a direita cresce, esquerda estagna em Conquista
No papel de articulista, recai a importante
responsabilidade de trazer à luz assuntos que tanto a esquerda quanto a direita
preferem que permaneçam esquecidos ou ignorados, como os episódios relacionados
ao fraco desempenho eleitoral ou incômodas alianças. Ao esclarecer essas
questões, ainda que desconfortáveis, o articulista desempenha um papel
fundamental para fomentar uma compreensão mais aprofundada e crítica da
conjuntura política.
Uma análise dos números eleitorais em
Vitória da Conquista nas últimas eleições indica um cenário preocupante para a
esquerda local. Considerando a disputa para governo do estado na cidade, é
possível observar que, de 2020 para 2022, o candidato Jerônimo (PT) obteve
praticamente o mesmo número de votos: 53 a mais em 2022.
Ocorre que, no mesmo período, o número de
eleitores na cidade aumentou significativamente, em 22.354 votos. Ou seja, o PT
estagnou em termos de votos, enquanto o eleitorado cresceu. Isso revela que o
partido não soube capitalizar o aumento de eleitores conquistenses para
expandir sua votação.
No entanto, os mapas eleitorais recentes e
a estagnação do número de votos em partidos de esquerda indicam que esta chance
não foi adequadamente aproveitada. Enquanto a direita cresceu exponencialmente,
atraindo novos eleitores, a esquerda ficou presa a seus redutos tradicionais. Essa
incapacidade de atrair novos votos gerou uma situação delicada. Enquanto a
direita obteve expressivo crescimento eleitoral na cidade, ampliando sua base
de apoio, a esquerda ficou restrita ao mesmo contingente já fidelizado.
Tal cenário coloca em xeque a atuação do PT
durante seus anos à frente da prefeitura de Vitória da Conquista. Apesar de
exercer o comando do executivo municipal por várias gestões seguidas, o partido
não consolidou um projeto consistente de formação de quadros e engajamento
popular.
Agora, diante da expansão acelerada da
direita, a esquerda corre o risco real de se tornar minoritária e marginalizada
politicamente na cidade. Este perigo só será evitado se houver profunda
autocrítica e renovação de práticas, com foco na sociedade civil e na
construção coletiva de poder. Do contrário, a possibilidade de retomar a
prefeitura tende a ficar cada vez mais remota.
Portanto, os números das urnas enviam um
sinal de alerta. Para não se tornar nanica eleitoralmente, a esquerda
conquistense precisa aprender com os erros do passado e trabalhar
estrategicamente pelo futuro. Este é o desafio a ser enfrentado.
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