segunda-feira, 31 de julho de 2023

ARTIGO - Prefeita Sheila Lemos: Um Exemplo de Espírito Democrático e Liberal Consciente. (Padre Carlos)

 


 

 


 

Democracia e Cooperação em Foco na Administração Municipal



 

    No cenário político em constante turbulência, é essencial defendermos líderes que defendem e promovem os princípios democráticos em sua essência. A Prefeita Sheila Lemos, de Vitória da Conquista, tem se destacado como uma figura exemplar nesse sentido, ao demonstrar seu espírito democrático e sua compreensão dos valores essenciais à preservação da democracia.

    Em uma era marcada pela polarização ideológica, é louvável que a Prefeita Sheila Lemos se posicione contra rótulos simplistas e divisões extremas. Ela rejeitou ser classificada como uma fiel bolsonarista, mostrando que não se alinha a uma visão cega e dogmática de política.

 Em vez disso, ela aponta para a pluralidade das ideias e busca a construção de um ambiente político mais conciliador e inclusivo.

    Ao afirmar que o bolsonarismo não é um partido nem uma ideologia sólida, mas sim uma pessoa que ocupa a presidência do país, a Prefeita Sheila Lemos evidencia seu entendimento claro da diversidade política e da necessidade de ir além de personalidades individuais na construção de uma nação próspera . Ela se distancia de qualquer tentativa de estabelecer uma polarização do tipo "malXbem", pois entende que a política vai muito além dessas simplificações.

    Além disso, Sheila Lemos elogia aspectos do Governo Bolsonaro relacionados à economia, especialmente a condução de Paulo Guedes como Ministro da Economia. Isso demonstra sua capacidade de discernir méritos em ações governativas, independentemente de questões partidárias. Ao mesmo tempo, ao reconhecer a vitória de Lula nas eleições de 2022 e expressar seu desejo sincero de que o governo tenha sucesso, a Prefeita reforça seu compromisso com a estabilidade democrática e com o bem-estar do país.

    Ao unir a preocupação com o Brasil ao progresso da Bahia e de Vitória da Conquista, a Prefeita Sheila Lemos coloca os interesses da população acima de qualquer disputa partidária. Seu posicionamento mostra que ela está disposta a trabalhar de forma colaborativa para o benefício de sua cidade e sua região.

    Portanto, é inegável que a Prefeita Sheila Lemos é uma defensora da democracia e uma líder liberal consciente dos valores democráticos. Sua abordagem inclusiva, seu respeito pela diversidade de ideias e seu foco no desenvolvimento de sua cidade demonstram uma postura responsável e esclarecida aos princípios que norteiam uma sociedade democrática madura.

    Em tempos em que a política pode se tornar um terreno fértil para a intolerância e o extremismo, é inspirador de líderes como Sheila Lemos se destacando como um farol de esperança e razão. É essencial apoiar e apoiar aqueles que buscam preservar a democracia, independentes de rótulos partidários e de trabalho pelo bem comum de todos os cidadãos. Que seu exemplo inspire outros líderes a seguirem uma trajetória política construtiva e voltada para o interesse público.

 

 


ARTIGO - A lista tríplice é uma ferramenta política que mina a independência do Ministério Público. (Padre Carlos)

 

A lista tríplice é um erro




        Desde 2001, a formação da Lista Tríplice para o cargo de procurador-geral da República se tornou uma tradição no Brasil. Inicialmente, essa prática visava atender ao desejo dos próprios procuradores da República, que buscavam indicar os profissionais mais qualificados para liderar a instituição. No entanto, ao longo dos anos, a tradição foi perdendo sua essência e passou a ser encarada como uma obrigação, minando a autonomia e a responsabilidade dos procuradores em exercerem seu papel com independência e imparcialidade.

        Um exemplo recente disso é o caso de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. Ele e o grupo conhecido como "República de Curitiba" foram responsáveis por investigar e acusar políticos de esquerda, como Lula e Dilma Rousseff, criando as condições para um golpe político. A lista tríplice que elegeu Janot era composta por três membros do Ministério Público, sendo que os outros dois nomes eram procuradoras com experiência em Direitos Humanos e direitos indígenas. No entanto, a pressão corporativista e o preconceito de gênero prevaleceram, conduzindo a escolha de alguém que se tornaria um algoz do projeto de esquerda e da democracia.

        Esses fatos evidenciam que a lista tríplice não é um mecanismo independente, mas sim uma ferramenta política que serve aos interesses de grupos específicos. Situações semelhantes ocorreram também no STF, onde as divergências entre os ministros estão relacionadas à ideologia e à política. Observando os votos dos ministros Nunes Marques e Mendonça, percebemos como o bolsonarismo tem sido eficiente em escolher e mobilizar suas forças ideológicas.

        Diante desse cenário, é fundamental que o procurador-geral da República esteja alinhado com os interesses da maioria da população, defendendo os direitos humanos, a democracia e a justiça social. A lista tríplice se torna um perigo para a democracia, pois pode resultar na nomeação de um procurador-geral que não compartilha desses valores. Portanto, é hora de acabar com a lista tríplice e estabelecer um processo democrático para a escolha do procurador-geral da República.

        O Ministério Público desempenha um papel crucial na promoção de um estado para todos. Essa instituição é responsável por garantir a defesa dos direitos fundamentais, combater a corrupção e assegurar a justiça social. Para que isso ocorra de forma efetiva, é imprescindível que o Ministério Público esteja alinhado com o projeto de estado para todos, comprometido com o desenvolvimento do país e com a inclusão dos mais excluídos.

        Em resumo, a lista tríplice, que deveria ser um mecanismo para garantir a independência do Ministério Público, tem sido utilizada como uma ferramenta política que beneficia grupos elitistas e de ultradireita. Isso representa um perigo para a democracia, pois compromete a defesa dos interesses da maioria da população. É fundamental acabar com a lista tríplice e estabelecer um processo democrático para a escolha do procurador-geral da República, assegurando que essa instituição esteja alinhada com os valores da democracia, dos direitos humanos e da justiça social.

 


domingo, 30 de julho de 2023

ARTIGO - Conquista A esperança nos versos de Paulo Pires. (Padre Carlos)

  O olhar poético de Paulo Pires




Só um poeta consegue interpretar os sonhos e resgatar a saga de um povo. Assim meu amigo Paulo Pires escreveu:

Ruas desertas, janelas fechadas,
Meletes, Peduros, quase
Balaiada ...

Tempos vetustos, menino Deusdete Dias
voando com Severo Sales nos recados ...
emboscadas.

Maneca Grosso, Natur de Assis,
Laudionor Brasil (Silvio Jessé ainda sob encomenda),
janelas fechadas, sol a pino,
estampido de mosquetão,
tá lá mais um corpo estendido no chão ...
devia ser um dos nossos (ou deles, quem sabe?)
e a vida seguia como um fábrica de silêncio mortal ...
até que veio a primavera
e depois todos nasceram como em Noite de Natal

Os versos de Paulo Pires são como um espelho que reflete a história de Vitória da Conquista. Ele consegue capturar a essência da cidade, com suas ruas desertas, janelas fechadas, meletes e peduros. Ele também consegue trazer à tona os personagens que fizeram a história da cidade, como Maneca Grosso, Natur de Assis e Laudionor Brasil. E, finalmente, ele consegue mostrar a esperança que sempre esteve presente na cidade, mesmo nos momentos mais difíceis.

A sensibilidade poética de Paulo Pires é um dom. Ele consegue ver a beleza nas coisas simples e nos momentos mais cotidianos. Ele consegue também encontrar esperança nos momentos mais difíceis. Seus versos são um convite para olharmos para Vitória da Conquista com novos olhos. Eles nos mostram que a cidade é muito mais do que um lugar físico. Ela é também um lugar de sonhos, de esperança e de vida.

Obrigado, Paulo Pires, por nos ajudar a ver Vitória da Conquista com novos olhos. Seus versos são um presente para a cidade e para todos nós.

sábado, 29 de julho de 2023

ARTIGO - Tudo começou com o Programa de Remanescentes de Quilombos (PRÓ-QUILOMBO). (Padre Carlos)

 Uma Conquista pela Preservação Cultural e Desenvolvimento Sustentável

  


    Hoje ao tomar conhecimento através do IBGE que Vitória da Conquista está entre as cinco cidades baianas  na lista dos dez municípios mais quilombolas do país,  lembrei-me da minha antiga paróquia e das lutas que este povo travou para que fossem reconhecidos pelos poderes público. 

     No Brasil, a história é permeada por lutas e resistências protagonizadas por diversos grupos étnicos que enfrentaram períodos sombrios de opressão e injustiça. Entre esses grupos, encontre-se os povos quilombolas, descendentes de pessoas que fugiram da escravidão no Brasil colonial e encontraram refúgio em comunidades autônomas conhecidas como quilombos. Essas comunidades foram pilares fundamentais na luta contra a escravidão e, ao longo do tempo, se tornaram importantes patrimônios culturais do país.

    Foi na década de 1990 que o governo brasileiro reconheceu a necessidade de proteger e promover essas comunidades quilombolas ao criar o Programa de Remanescentes de Quilombos (PRÓ-QUILOMBO). Esse programa representou um marco significativo na busca por justiça social e igualdade, abrindo caminho para que comunidades historicamente marginalizadas conquistem o reconhecimento de seus territórios e seus direitos culturais.

     Na década de 1990, quando o governo brasileiro criou o Programa de Remanescentes de Quilombos (PRÓ-QUILOMBO), trabalhava na paróquia São José (Rural) e junto com o Padre Vasco e Conceição do cabelo branco, buscamos a ajuda da UESB, para que o Velame fosse a  primeira comunidade reconhecida no nosso município. Nosso objetivo era garantir para estas comunidades os direitos dos quilombolas e promover o desenvolvimento sustentável de suas comunidades. Depois desta vitória, partimos para incluir também, a Lagoa de Melquíades e a Baixa Seca.

     A atuação da sociedade civil e do poder público é essencial para dar continuidade a essa jornada de preservação e proteção das comunidades quilombolas. Investimentos em educação, infraestrutura e políticas públicas específicas são fundamentais para que essas comunidades possam prosperar e manter viva a riqueza de suas tradições.

      Em suma, o Programa de Remanescentes de Quilombos (PRÓ-QUILOMBO) representa uma conquista para a história do Brasil, destacando a importância da preservação cultural e do desenvolvimento sustentável. O caminho trilhado até aqui é um seguidor de que a luta pela justiça social e pela valorização das raízes culturais é um compromisso de todos os brasileiros, em prol de um país mais inclusivo, diverso e consciente de sua história.




sexta-feira, 28 de julho de 2023

ARTIGO - Uma nova configuração política se desenha em Vitória da Conquista. (Padre Carlos)

 


A dinâmica eleitoral em nossa cidade.

 


 

O cenário eleitoral em Vitória da Conquista vem passando por transformações significativas nos últimos tempos. A ascensão da candidatura de Lúcia Rocha (MDB) é um dos fatores que evidenciam essa mudança.

Enquanto a pré-campanha de Waldenor Pereira (PT) dá sinais de estagnação, Lúcia desponta como uma alternativa competitiva, atraindo parcela do eleitorado conquistense. Sua candidatura começa a reunir desde eleitores indecisos até os moderados descontentes com o PT.

Há uma série de fatores que contribuíram para o crescimento de Lúcia Rocha. Em primeiro lugar, ela é uma candidata carismática, que se conecta com os eleitores. Em segundo lugar, ela tem um plano de governo bem definido, que promete melhorias nas áreas da saúde, educação e segurança pública.

O crescimento de Lúcia Rocha é um sinal da mudança da política em Vitória da Conquista. Os eleitores estão cansados dos mesmos grupos a vinte anos, e estão procurando novas lideranças. Lúcia Rocha representa uma mudança neste cenário, que prometem fazer a diferença na vida das pessoas.

O futuro da política em Vitória da Conquista é incerto, mas uma coisa é certa: Lúcia Rocha é uma candidata que tem potencial para mudar a cidade.

Outro fator relevante é a tendência de consolidação do voto no atual grupo político do executivo municipal, capitaneado pela prefeita Sheila Lemos. Os votos da direita liberal que tradicionalmente são do UB e os votos da ultradireita que por falta de uma liderança serão capitaneados pela atual prefeita a torna uma forte candidata ao segundo turno.  Diante disso, o que se observa é uma guinada no cenário político-eleitoral da cidade, com candidatos projetando-se muito mais pela identificação com valores e propostas, e menos pela máquina partidária tradicional.

É a ascensão do voto de opinião!

Essa possível reconfiguração das forças políticas em Vitória da Conquista merece atenção. Caso se confirme nas urnas, poderá inaugurar um novo capítulo na história política da cidade, com novos grupos assumindo posições de poder. Resta saber se esse realinhamento será benéfico para o desenvolvimento local ou trará apenas mais um grupo no poder.

 

 


quinta-feira, 27 de julho de 2023

ARTIGO - Quebrando o Silêncio: Confrontando o Feminicídio e Suas Raízes Machistas. (Padre Carlos)

 


Feminicídio: um crime que não pode ser silenciado



O feminicídio é uma grave violação dos direitos humanos e um reflexo da desigualdade de gênero enraizada em nossa sociedade. Nesse sentido, é fundamental abordar as causas e consequências desse fenômeno, bem como destacar a importância de combater o descaso que o alimenta.

O aumento de feminicídios na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, é um grave problema social que exige atenção e ação das autoridades e da sociedade. Nos últimos meses, vários casos chocantes de violência contra mulheres foram registrados na região, como o assassinato da estudante universitária Sashira Camilly Cunha Silva, de 19 anos, que foi dopada, esfaqueada e estrangulada pelo ex-namorado e outros dois colegas de curso, que pretendiam vender o carro da vítima. Esse crime bárbaro causou revolta e comoção na população, que pede justiça e medidas efetivas para prevenir e combater o feminicídio. Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia, um dos denunciados pelo crime teve a prisão preventiva restabelecida após recurso do Ministério Público.

Primeiramente, é necessário reconhecer que o feminicídio não é um caso isolado, mas sim parte de um sistema estrutural que perpetua a violência contra as mulheres. O machismo, a cultura do controle e a objetificação das mulheres são elementos que contribuem para a violência de gênero e, consequentemente, para o feminicídio.

Mas, quero chamar a atenção da comunidade conquistense para se sensibilizar com as outras Sashiras, a do bairro da Alegria, a Sashira do Bairro Aparecida e tantas outras. Temos que nos comover e buscar solucionar todos estes crimes bárbaros independentemente do bairro ou classe social. Não podemos aceitar que as mulheres sejam tratadas como objetos descartáveis, que possam ser eliminados por homens que não aceitam o fim de um relacionamento ou que agem por ciúme, possessividade ou machismo. Não podemos nos calar diante da violência de gênero, que mata milhares de mulheres todos os anos no Brasil e no mundo.

É preciso conscientizar a população sobre a gravidade desse problema e oferecer apoio às vítimas e às suas famílias. É preciso também fortalecer as redes de proteção às mulheres, como as delegacias especializadas, os serviços de acolhimento e os canais de denúncia. É preciso, enfim, garantir que as mulheres possam viver livres de violência e de medo.

O feminicídio é uma triste realidade que precisa ser enfrentada de maneira urgente e eficaz. É responsabilidade de todos lutar contra o descaso que alimenta essa violência, garantindo que as mulheres possam viver em uma sociedade livre de violência e discriminação.

 


quarta-feira, 26 de julho de 2023

ARTIGO - A Resistência Conservadora à Mudança na Igreja. (Padre Carlos)

 


Desafios e Tensões

 


 A entrevista recente concedida por Dom Norberto Förster, bispo da Diocese de Ji-Paraná, Rondônia, ao Catholich.de, trouxe à tona questões pertinentes sobre as diferenças entre o Brasil e a Alemanha, bem como as tensões enfrentadas em sua diocese e as mudanças ocorridas desde o Sínodo da Amazônia. Vale a pena refletir sobre essas revelações e suas implicações para a Igreja Católica no país.

Desafios da sinodalidade e resistência do clero: Uma das questões abordadas por Dom Norberto é a resistência de parte do clero e do presbitério em acolher os pedidos constantes do Papa Francisco em busca de uma maior sinodalidade na Igreja. Alguns jovens padres extremamente conservadores têm se mostrado contrários às mudanças propostas, inclusive queimando documentos escritos pelos bispos sem entregá-los aos fiéis. Essa atitude revela uma resistência à participação dos leigos e à democratização das decisões eclesiais.

Influência de grupos conservadores: Além da resistência interna, Dom Norberto também mencionou a influência de grupos políticos e religiosos extremamente conservadores que têm impacto significativo através das redes sociais. Esses grupos propagam uma visão tradicionalista e podem minar o espírito profético da Igreja, dificultando a abertura para uma maior inclusão e diálogo com a sociedade.

Situação não isolada: É importante ressaltar que a realidade descrita pelo bispo de Ji-Paraná não é um caso isolado. Várias dioceses enfrentam desafios semelhantes, onde a resistência a mudanças e a influência de grupos conservadores têm se mostrado obstáculos à sinodalidade e ao avanço da Igreja.

 Diante dessas revelações, é necessário um profundo discernimento e diálogo dentro da Igreja Católica no Brasil. A sinodalidade, proposta pelo Papa Francisco, busca uma maior participação dos leigos nas decisões e uma Igreja mais próxima das realidades e desafios enfrentados pelas comunidades. É fundamental que os líderes religiosos promovam esse diálogo interno, conscientizando e respeitando diferentes perspectivas, mas sempre visando o bem comum e a missão evangelizadora da Igreja.

A superação desses desafios requer uma abertura ao Espírito Santo, uma escuta atenta às vozes dos fiéis e uma coragem para enfrentar resistências e influências negativas. Somente assim a Igreja Católica poderá se renovar, se adaptar aos tempos atuais e cumprir sua missão de ser uma Igreja acolhedora, inclusiva e comprometida com os mais necessitados.

A reflexão sobre a realidade da Igreja Católica no Brasil, à luz das revelações feitas por Dom Norberto Förster, é um convite a todos os leitores a se engajarem nesse processo de transformação e renovação, buscando uma Igreja mais sinodal e fiel ao Evangelho de Jesus Cristo.

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...