domingo, 30 de julho de 2023

ARTIGO - Conquista A esperança nos versos de Paulo Pires. (Padre Carlos)

  O olhar poético de Paulo Pires




Só um poeta consegue interpretar os sonhos e resgatar a saga de um povo. Assim meu amigo Paulo Pires escreveu:

Ruas desertas, janelas fechadas,
Meletes, Peduros, quase
Balaiada ...

Tempos vetustos, menino Deusdete Dias
voando com Severo Sales nos recados ...
emboscadas.

Maneca Grosso, Natur de Assis,
Laudionor Brasil (Silvio Jessé ainda sob encomenda),
janelas fechadas, sol a pino,
estampido de mosquetão,
tá lá mais um corpo estendido no chão ...
devia ser um dos nossos (ou deles, quem sabe?)
e a vida seguia como um fábrica de silêncio mortal ...
até que veio a primavera
e depois todos nasceram como em Noite de Natal

Os versos de Paulo Pires são como um espelho que reflete a história de Vitória da Conquista. Ele consegue capturar a essência da cidade, com suas ruas desertas, janelas fechadas, meletes e peduros. Ele também consegue trazer à tona os personagens que fizeram a história da cidade, como Maneca Grosso, Natur de Assis e Laudionor Brasil. E, finalmente, ele consegue mostrar a esperança que sempre esteve presente na cidade, mesmo nos momentos mais difíceis.

A sensibilidade poética de Paulo Pires é um dom. Ele consegue ver a beleza nas coisas simples e nos momentos mais cotidianos. Ele consegue também encontrar esperança nos momentos mais difíceis. Seus versos são um convite para olharmos para Vitória da Conquista com novos olhos. Eles nos mostram que a cidade é muito mais do que um lugar físico. Ela é também um lugar de sonhos, de esperança e de vida.

Obrigado, Paulo Pires, por nos ajudar a ver Vitória da Conquista com novos olhos. Seus versos são um presente para a cidade e para todos nós.

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