Isaac Bonfim e seu legado político
Nestes últimos dias, tenho lido alguns filósofos que dizem que as relações humanas - e não só elas, mas tudo - está se tornando descartável. Tudo
é líquido: Assim, constatamos como um termo filosófico se torna parte do
vocabulário do nosso dia-a-dia. Claro que é uma verdade incontestável. Mas,
por que não ir além e falar que isso é apenas e tão somente uma consequência da
superficialidade humana?
Aos meus companheiros de partido, vou logo avisando: não adianta fazer
cara feia. Nós, vanguarda, intelectual ou operário ditos inteligentes, estamos
vivendo na superfície de um pires. Como não nos aprofundamos, descartamos,
afinal, se não há profundidade no entendimento político, no comprometimento, com
meu mandato ou corrente se não há intensidade política é natural que se
descarte rapidamente.
Somos a geração dos relacionamentos
e companheirismo descartáveis. Dos camaradas descartáveis. Das utopias
descartáveis. Das ideias descartáveis. Dos amigos descartáveis.
Até temos alguns companheiros
da vida inteira, sim. Para os quais costumamos manter nos nossos projetos de
vida e político, para estes temos muito tempo na nossa agenda. Somos a geração
do raso, da água pelas canelas. Já faz muito tempo que mergulhamos fundo. Não
sabemos mais o que é profundidade. Conversas curtas, encontro rápidos. O pior
disso tudo, é que a gente ainda acredita que é rocha, mas a gente é gelo. E
derrete, evapora, desaparece. Uma geração que deveria dá exemplo, mas trata
tudo como descartável e que termina por ser, ela mesma, tão descartável quanto
uma garrafa pet. Com a diferença de que a garrafa será reciclada e nós… Nós
deixaremos algumas selfies ou documentos que não podem ser apagados como legado.
O filósofo fala que somos a
soma de nossas ações, não podemos fugir disto. E o PT de Vitória da Conquista é
a soma dos esforços dos companheiros que deram os melhores anos da sua
juventude e muitas vezes não são reconhecidos. Ignorando suas existências, como
se não tivessem passado nesta terra.
Hoje estava lembrando o
papel que Wilton Cunha, os Irmãos Carvalhos, Almir Pereira tiveram na organzação regional do PT no Sudoeste baiano e o que não dizer da importância de termos uma esquerda de verdade com Carlos Luna, Detão, Dudu e tantos outros quadros. Será que lembramos destes companheiros? Alias, a
palavra companheiro remete ao latim cum – pane; o seu significado é comunhão,
isto é "o que come do mesmo pão, na mesma mesa". Quando foi que chamamos
estes companheiros para nossa mesa? Na
Roma antiga, os romanos sentavam juntos para comer, beber e
compartilhar as suas alegrias, tristezas e também preocupações. Esse ato de
compartilhar era um momento importante na vida dos cidadãos romanos.
Mas, porque estou falando
estas coisas? Na noite desta sexta-feira, 30, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu posse ao novo
presidente e também a executiva municipal do Partido para os próximos 4 anos.
Não podemos deixar de lembrar a nova Direção, que durante estes seis anos, presenciamos um presidente, jovens e
competente. Acredito que a escolha do atual presidente se deu pelo sucesso que foi o mandato de Rudival. Desta fora, passamos a apostar em lideranças mais jovens,
com capacidade para fazer política mais dinâmica, móvel e conectada com mídias sociais. É
de fato preciso contar com lideranças preparadas para um mundo mais rápido,
muito mais conectado, onde as decisões são mais colegializada e com um espírito
democrático.
. Depois de todos estes anos no partido como presidente, Rudival provou que o seu sucesso se deve a capacidade de investir tempo nos detalhes e nas pessoas. Foi ao campo ouvir a ponta dos lados! Com a mão e o coração no pulso da política, meu presidente escutou os companheiros e agrupamentos e foi lá na base que ele ouviu o que estava acontecendo, quando alguém chegava no partido e dizia: “Estamos tendo um problema....” e ele se fazia ouvinte.
Mas,
por que fiz esta longa introdução? Foi para lembrar ao novo presidente, que não somos
uma geração do descartável e que temos que mergulhar na diáspora e resgatar os
companheiros que ficaram no caminho. Este pode ser seu grande legado. Só os
estadistas tem grandes sonhos.. Depois de todos estes anos no partido como presidente, Rudival provou que o seu sucesso se deve a capacidade de investir tempo nos detalhes e nas pessoas. Foi ao campo ouvir a ponta dos lados! Com a mão e o coração no pulso da política, meu presidente escutou os companheiros e agrupamentos e foi lá na base que ele ouviu o que estava acontecendo, quando alguém chegava no partido e dizia: “Estamos tendo um problema....” e ele se fazia ouvinte.
Padre Carlos.
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