A narrativa dos pobres
Escrever pra mim é antes de tudo, um
testemunho e um gesto solidário, para que possa dar notoriedade a vidas a
personagens que são excluídos pelo sistema. Estas pessoas e suas histórias, são
como o ouro misturado ao barro, ainda que não
seja notado, nem apanhado ou devidamente reconhecido, nunca perde o seu valor.
Dá uma existência àqueles que foram esquecidos pelo tempo, trazê-los de volta à
vida com seus desejos, suas fraquezas... e sua coragem, sempre será nosso objetivo.
A filosofia e a teologia, me deram acesso a
toda complexidade da alma humana, eu busco descobrir a bondade e o mal que
existe no homem. O covarde e o herói. É com esse paradoxo que busco nutri minha
escrita, os meus artigos e as minhas observações. Não se trata só de conjuntura
política, a abordagem quando leva em conta o ser humano, tem que transcender o mundo da militância. Mesmo que não seja minha
intenção, não posso evitar que meus artigos não sejam escritos dentro de uma visão mística, apesar de não está exercendo o ministério sacerdotal, esta formação que
recebi, sempre me lançará para um certo olhar sobre o mundo buscando uma
dimensão humana e cristã da realidade.
O papel do articulista é dar voz e
visibilidade a todas aquelas pessoas que foram esquecidas e abandonadas pelo
poder público e pela iniciativa privada do nosso país ao longo dos anos, os
excluídos da sociedade de alguma maneira, é o nosso único e exclusivo objetivo.
Sejam eles (as) vítimas da violência urbana e policial ou das desigualdades
desse sistema político e econômico que concentra renda e riqueza, promovendo assim, o desemprego e a miséria.
Sei que um dia, todos nós seremos esquecidos, esta é a lei natural, mas o que dói mais neste mundo, não é ser esquecido, mas ser ignorada, é como se estivessem apagando a existência destas pessoas em vida. De fato, ser humano significa ser racional, mas, no meu entender, a humanidade está cada vez mais irracional. A violência, a intolerância, a maldade, a mesquinhes cresce a cada dia. A inversão de valores é gritante a cultura de morte ganha cada vez mais adeptos e o mundo fica cada vez mais excludente para os pobres.
Sei que um dia, todos nós seremos esquecidos, esta é a lei natural, mas o que dói mais neste mundo, não é ser esquecido, mas ser ignorada, é como se estivessem apagando a existência destas pessoas em vida. De fato, ser humano significa ser racional, mas, no meu entender, a humanidade está cada vez mais irracional. A violência, a intolerância, a maldade, a mesquinhes cresce a cada dia. A inversão de valores é gritante a cultura de morte ganha cada vez mais adeptos e o mundo fica cada vez mais excludente para os pobres.
Nos últimos dias venho pensando como é gratificante escrever,
como fico feliz e grato ao bom Deus, por poder reescrever aquilo que muitos tentaram
apagar! Nossos netos vão perguntar um dia, onde estão as narrativas das lutas das mulheres, negros e indígenas que não
aparecem nos nossos livros de história?
Padre Carlos
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