domingo, 16 de agosto de 2020

ARTIGO - E se eu pudesse voltar no tempo? (Padre Carlos)

 


E se eu pudesse voltar no tempo?



E se eu pudesse retornar no tempo com toda experiência que tenho hoje, plantaria sementes de verdades, sementes do amor e arrancaria com minhas próprias mãos o joio da mentira e da maldade do racismo e do preconceito que se espalharam pelo mundo nestes últimos anos.

 

E se o bom Deus me desse esta dádiva? Ah!  Eu buscaria errar menos e seria mais humilde. Pediria mais perdão e tentaria dividir mais o pão.

E se eu tivesse descoberto a força da minha fé antes de ter deixado os ministérios? Transformaria os desencantos do meu povo em melodias de alegrias, enxugaria as lágrimas da minha gente e estancaria o sofrimento no seu nascedouro.

 

Confesso aos senhores, se pudesse retornar; teria passado mais tempo com meus pais e minhas irmãs para viver experiências singelas que os anos de militância política e a boemia própria da juventude me roubaram.

Se eu pudesse retornar no tempo eu buscaria viver com mais intensidade e com mais calor a minha infância, o cheiro de jasmim que brotava da frente da casa e que minha mãe tanto gostava, e apreciaria com calma o bailet que era a caminhada das Irmãs Mercedárias da Caridade. Chegando a igreja no final da tarde.  Buscaria entender nosso papel naquela sociedade.

 

Se eu pudesse retornar ao tempo eu buscaria ser mais presente, e   responsável com tudo que o bom Deus me confiou.

Como não posso voltar no tempo, procuro plantar meu jardim e decorar minha alma, ao invés de esperar que alguém me traga flores. Foi desta forma, que descobrir minha finitude e conseguir suportar minha pequenez.

Assim, por saber que não posso voltar no tempo, tento não perder a oportunidade de participar do crescimento das minhas filhas e nem deixar de fazer parte das suas alegrias.

 


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ARTIGO - O prefeito, o escorpião e as emendas impositivas (Padre Carlos)

 

 

 

 

O prefeito, o escorpião e as emendas impositivas

 

Existe uma velha estória, que não sei porquê, assistindo a sessão da Câmara nesta sexta feira, me veio a memória; assim, gostaria de partilhar com vocês: uma rã estava na beira do rio quando um escorpião lhe pediu que deixasse ir nas suas costas para a outra margem do rio. A rã nega.- Você é doido! - Disse-lhe - se eu fizer isso, você me ferrará e morreremos afogados. Então o escorpião lhe responde que isso não faz sentido. Se a rã se afogar, ele escorpião, também morrerá. Que sentido faz os dois morrerem? A rã pensa um pouco e acaba cedendo- Vamos lá - disse-lhe. No meio da travessia do rio, o escorpião ferra com seu veneno a rã, que começa a desfalecer. Na agonia, disse-lhe: - O que você fez?  Sabe que assim morremos os dois? Você disse que isso não fazia sentido! - O que você quer? - Respondeu o escorpião – isto faz parte da minha natureza!

Esta história tem tudo a ver com o não pagamento de grande parte das emendas impositivas ao orçamento deste ano. Assim, ao não atender às determinações impostas pelos vereadores ao orçamento deste ano e rompendo acordos e compromissos com aquela casa, termina sendo motivo de muitas críticas dos vereadores de oposição à gestão do prefeito Herzem Gusmão (MDB).

Há legislação federal, por meio de Emenda à Constituição de 2015, garantiu tal direito aos legisladores, porém, a Prefeitura não vem atendendo às determinações impostas pelos vereadores ao orçamento desde que foi criada e assim, termina deixando de cumprir com sua responsabilidade. A lei determina que 1,2% do Orçamento Municipal seja liberado aos vereadores, percentual este dividido entre os 21 parlamentares, para que possam fazer suas indicações as suas emendas impositivas. 

Quando os 21 vereadores aprovaram o Finisa 1 e 2, empréstimo feito pela prefeitura junto à Caixa nos valores de 105 milhões de reais para a execução de obras de infraestrutura, foram prometidos que o céu se abririam e as medidas em fim seriam cumpridas. O escorpião mais uma vez traiu a rã, faz parte da natureza dele.  Desta forma, a grande maioria dos  vereadores aprovaram o Programa de onde veio recursos para muitas obras. Diante disto, lamentamos que vereadores da Situação queiram tirar o mérito desta Casa. Não. Vereadores da Oposição votaram favorável também, assim como os vereadores da Situação.

 

A bancada de oposição não pode ficar criticando e esperneando como uma criança que não é atendida pelo pai é seu dever fazer valer a lei e enviar o mais rápido possível para Ministério Público (MP) uma representação contra o prefeito Pereira (MDB) por não pagamento das emendas parlamentares impositivas. Quando os executivos não pagam as emendas impositivas termina, descumprindo a Constituição, que obriga o governo municipal a honrar as emendas parlamentares.

 

Omissões como esta, podem levar a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de Pereira por supostamente desrespeitar a Constituição. Um outro instrumento que a oposição pode se valer, além da representação é entrar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça da Bahia pedindo o pagamento imediato das emendas.

          O senhor Herzem Gusmão tem desrespeitado a Constituição e a legislação correlata às Emendas Parlamentares Impositivas quando deixou de promover suas liquidações, e ainda, em último caso, não realizou os seus respectivos empenhos. Quando o gestor não executa a 'Emenda Cidadã' (que determina que 1,2% da receita corrente líquida do Município seja utilizada pelos parlamentares, individualmente, na resolução de problemas da população, através do Orçamento Impositivo) isso configura crime de responsabilidade, como prevê a legislação vigente. Esta lei que estabeleceu as emendas impositivas foi aprovada em 2016 e entrou em vigor no ano seguinte, mas os vereadores têm enfrentado dificuldades para terem suas emendas executadas. 

         

É preciso que a bancada de vereadores tome uma posição antes do mandato terminar. Se faz urgente protocolar uma notícia-crime em nome da própria bancado ou de algum mandato, mas acredito que os outros parlamentares, independe de partido, devam tomar a mesma atitude de ir ao Ministério Público. Nosso objetivo é informar ao fiscal da lei, que é o Ministério Público, um crime que está sendo praticado contra a cidade de Vitória da Conquista pelo prefeito Herzem Gusmão, para que tome as providências cabíveis. E essa deveria ser uma ação do Parlamento, do Poder Legislativo.  

 

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ARTIGO - A esquerda e o pós pandemia (Padre Carlos)

 

A esquerda e o pós pandemia

 

Em 2003 chegamos ao governo e não ao poder como algumas lideranças da sociedade e do movimento popular pensam, apesar de saber que o poder não é um lugar específico, mas uma relação. Tivemos momentos em que o poder estava nas nossas mãos, mas não soubemos aproveitar. Há momentos em que o poder está com o povo, outros com o governo; e outros, com o capital financeiro ou com algum outro setor da sociedade. São as correlações e força que determina quem em determinado momento da história detém este poder. Diante de tais fatos, chamamos a atenção das esquerdas brasileira para a nova realidade que está se formando com o fim desta crise sanitária.

Hoje podemos dizer, que a conjuntura formada por esta pandemia obrigou a direita a rever algumas das suas políticas e assim, busca na América Latina, encaminhar o mais rápido possível sua política de privatização com a anuência do Congresso e do Supremo. Quero aqui chamar a atenção das pessoas de bom senso, que os crimes de Lesa-pátria, cometidos pela família Bolsonaro e por um grupo que se instalou no Planalto, precisarão ser apurados para que o povo brasileiro possa resgatar sua dignidade e as suas riquezas que estão sendo vendidas a preço de banana. Não podemos deixar que a omissão que se abateu sobre a esquerda com o caso da Vale do Rio Doce, volte a se repetir. Nenhum pacto de governabilidade pode ser colocado tendo as nossas riquezas como requisitos.

Ignorar as mudanças que estão em curso no mundo é querer tapar o sol com a peneira. Não se tratar apenas de um esforço teórico para separar o joio do trigo, mas sobretudo de restaurar a esperança dos pobres e de abrir um novo horizonte libertário para quem mais precisa. A burguesia já admite o fracasso completo da política financeira de Paulo Guedes e sem ter a quem recorrer, podem acenar para um pacto social.

A esquerda precisa se abrir ao imperativo de uma nova mentalidade humanista e oferecer nestes pós pandemia, umas mediações analítica e instrumentos políticos necessário à construção de um projeto de nação que transcenda o seu projeto classista é preciso alcançar quem não tem voz e que estão à margem do sistema corporativista. Desta forma, não poderemos abrir mão da importância das ciências política se quisermos compreender os mecanismos que excluem milhares de pessoas dos direitos fundamentais a vida.

Este programa de unidade popular, se impõe como dever das esquerdas e de todos que defendem um projeto progressista e possam ajudar na construção deste novo Estado mais humano. Sabemos das nossas limitações no parlamento e nas correlações de força na sociedade, mas não podemos esquecer que a divisão desta não se dá entre o centro e as esquerdas e sim entre opressores e oprimidos, em quem quer realmente construir um projeto de nação e quem só quer espoliar este país.

Uma série de acontecimentos tem mudado o perfil da economia mundial e sabemos que não será diferente com o Brasil. Uma nova mentalidade está surgindo e com esta, uma necessidade de uma política que seja capaz de corrigir os desequilíbrios estruturais do nosso país. E que, ao fazê-lo, imponha uma economia justa onde até hoje só existiu desigualdade.  É com um estado forte que se protege seus cidadãos e se constrói uma nação para todos os brasileiros.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

ARTIGO - Se é negro é suspeito, se é suspeito é negro (Padre Carlos)




Se é negro é suspeito, se é suspeito é negro

 

Quando o ator Will Smith disse que o racismo não aumentou, apenas está sendo filmado e despertando indignação, parece que ele estava falando da realidade que vivemos no Brasil. Podemos dizer que os dois grandes problemas que tem chocado a sociedade no último tempo, tem sido o preconceito racial e o social, estes ainda estão bem presente na sociedade, fruto de uma cultura de privilégios de uma elite escravocrata que insiste em continuar fazendo parte na nossa sociedade neste novo milénio.

Assim, ao assistir o jovem Matheus, sendo agredido e ameaçado, por ter entrado em uma loja para trocar um relógio que daria de presente para o pai, confesso aos senhores que comecei a chorar. Esta cena dos policiais fez com que, tomássemos consciência da gravidade dos fatos que vem ocorrendo e a amplitude do grau de apartheid que chegou nossa sociedade.

Não podemos negar que a mesma imprensa que ajudou abrir a caixa de pandora para dar um golpe na democracia, hoje ficam indignada como se não tivessem uma parte desta culpa por tudo que esta acontecendo. Para defender a saída do antigo projeto de governo, tiveram que recriar um discurso de classe e um tipo de supremacia de raça que tanto tem prejudicado a democracia e escancarado o preconceito racial e de classe no Brasil.
Outro fato que chamou a atenção de todo país, foram as cenas de supremacia social protagonizadas por um desembargador em uma praia na cidade de Santos.
Aquele encontro filmado não pode ser classificado como supremacia branca porque o guarda estava coberto de farda, quepe e máscara, mas é um retrato da supremacia social que impera no Brasil desde sempre.
O desembargador fez o que há séculos fazem os ricos instruídos diante de quem lhes parece pobre e analfabeto. Mesmo depois da abolição da escravidão e da proclamação da República, o Brasil continua aceitando a supremacia social.
As elites econômicas e uma certa classe média se sentem portadoras de uma nobreza medieval, que as põe em patamar que daria direito à superioridade social, quase sempre identificada, também, como supremacia racial em um país onde a riqueza é branca e a pobreza é negra.
Chamando o guarda de analfabeto e rasgando a notificação da infração, ou agredido, um jovem negro por ter entrado em uma loja para trocar um relógio simbolizam de forma explícita o sentimento de superioridade.

domingo, 9 de agosto de 2020

ARTIGO - A Globo aceita inocência de Lula? (Padre Carlos)






A Globo aceita inocência de Lula?




A cada dia que vivo, mais me convenço que a ingenuidade é algo associado à pureza, inocência ou falta de discernimento. Diz-se que uma pessoa é ingênua quando ela parece viver num mundo longe da realidade, acreditando em tudo e em todos como se não existisse malícia ou maldade. Assim, venho acompanhando o frenesi e porque não dizer: delírio, devaneios dos analistas de primeira hora sobre a Rede Globo.  A página 14 da edição de sábado, de 11 de julho, O Globo trouxe um artigo assinado pelo colunista Ascânio Seleme, que já foi diretor de redação do jornal e é conhecido como porta voz dos Marinhos, sob o título: 'É hora de perdoar o PT', ele escreveu: "O ódio dirigido ao partido não faz mais sentido e precisa ser reconsiderado se o país quiser mesmo seguir o seu destino de nação soberana, democrática e tolerante”. Este artigo foi o suficiente para que a imprensa progressista acharem que a Globo estaria fazendo algum tipo de concessão ao partido e a esquerda brasileira. Como se não bastasse tudo isto, neste sábado dia 8, Selene, volta a afagar os petistas, não afirmando a inocência de Lula como foi divulgado por alguns jornalistas, mas fazendo uma avaliação de conjuntura, favorável ao PT.
Já faz algum tempo que a notícia sobre a saúde financeira da Rede Globo vem se tornando pública. Para alguns analistas desta área, a Globo vem perdendo a batalha para a tecnologia através de plataformas como Google, Netflix, Youtube e Facebook.   Como dizia o saudoso Paulo Henrique Amorim: "Não tem como concorrer, perderam a batalha para jovens que não querem saber mais de novelas. ”  
Quem assiste à Globo e presta atenção a seus mais renomados colunistas pode ter a falsa impressão de que ela está na oposição ao Governo. Os Marinhos querem sobreviver a esta turbulência e tem medo do novo, a loucura , este componente se guia por medidas talvez pouco científicas, que a Globo até então desconhecia. Pior, a emissora tem conhecimento pelas suas fontes, que este presidente da República tem cometido um crime atrás do outro de responsabilidade – artigo 85 da Carta Política do Brasil – por atacar o Estado Democrático de Direito, tentando fechar o STF, como foi divulgado pela revista Piaui. Quem tem delírio de fechar o Congresso e o Supremo, não renovar a concessão da Rede Globo é fichinha.
        

A toda poderosa da mídia passou a entender que a postura do ex-presidente Lula ao ser massacrado por cobertura jornalística da emissora foi diferente da que ocorreu com o presidente Bolsonaro que surtou após reportagem de 6 minutos sobre suposto envolvimento dele com morte de Marielle Franco (PSOL). Bolsonaro ameaçou não renovar concessão da Globo, criticou a emissora após o Jornal Nacional exibir, reportagem abordando a citação do seu nome nas investigações sobre a morte da vereadora. Visivelmente alterado naquele dia, o presidente fez uma transmissão pela internet ameaçando não renovar a concessão desta rede de televisão em 2022. Fato que os Marinhos tem levado a sério nos últimos dias.


sábado, 8 de agosto de 2020

ARTIGO - O combate à Pobreza e a Exclusão Social. (Padre Carlos)






O combate à Pobreza e a Exclusão Social.


Como posso defender a democracia e o estado de direito se não tenho compaixão e não busco defender e abraça a causa dos excluídos. A pobreza conduz à violação dos direitos humanos. Este poderia ser o lema inspirador de todos os candidatos nesta eleição:  O combate à Pobreza e a Exclusão Social. 

  Como disse o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, “Democracia e miséria não são compatíveis”. 
Como podemos botar tanto poder nas mãos de pessoas que nunca passaram fome? Aceitar de braços cruzados ou numa atitude de compaixão que 13,5 milhões de pessoas no Brasil vivam abaixo da linha da pobreza, é abdicar de afirmar os ideais de democracia e justiça social que o Brasil tem buscado nestes trinta anos consolidar.
Por isso precisamos entender este combate como uma paixão. Com um sentimento profundo, para confirmar nosso empenho, para ser colocado no mais profundo afeto que a determina. Sem titubear à desistência ou à hesitação. Combater a pobreza é nesse sentido uma tarefa de cada dia, mobilizando todas as energias de que pudermos dispor e percebendo que se não fizermos é cada um de nós que fica mais pobre.
Chega de nos refugiarmos no conforto da ideia ou na desculpa de que individualmente pouco podemos fazer. Esta tarefa é imensa e sua urgência, não dispensa ninguém.
Não podemos colocar nossos projetos pessoas na frente de uma luta maior. Nenhum de nós pode ficar de fora. Cabe as forças progressistas acender e manter viva a esperança em quem já não acredita mais na justiça. Cabe aos idealistas que ainda acreditam na política, fazer tudo por quem não encontra motivos para olhar de frente para a vida e se projetar no futuro.
É no partir do pão que ele se revela e assim; em cada homem, em cada mulher, em cada criança que vemos esmagado o seu direito mais básico de cidadania, encontraremos as forças e os exemplos de determinação para mobilizarmos. Entreguemo-nos com paixão a esta causa do respeito pela dignidade e pelos direitos, única forma de respeitarmos a própria condição humana.
A luta contra a fome é, na verdade, um passo fundamental para a superação da miséria, da pobreza, da falta de oportunidades e da desigualdade social.



sexta-feira, 7 de agosto de 2020

ARTIGO - O lado perverso e cruel do Prefeito (Padre Carlos)




O lado perverso e cruel do Prefeito


Uma das coisas que esta pandemia tem ensinado ao eleitor e evidenciado para quem quiser ver, é que nos tempos de crise são mais visíveis o lado sóbrio de alguns homens públicos e políticos e assim seus discursos e suas máscaras são mais fáceis e ser reveladas. O prefeito Pereira (MDB), na contramão das orientações mundiais na garantia da vida, do emprego e da renda, cortou o salário dos professores da rede municipal de ensino com aulas suplementares. A justificativa seria de que esses docentes não estão em sala de aula devido à suspensão das aulas em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Quando o prefeito corta os salários destes professores, ele não faz por questão técnica, mas uma decisão política.  Ele com esta posição deixa claro seu descaso para com os profissionais que constroem cotidianamente a escola pública da rede municipal de Vitória da Conquista. Infelizmente, são poucos representantes do povo que não se intimidam e compram esta briga em defesa dos profissionais da área de educação. Entre estes poucos abnegado está o Professor Cori, que tem colocado seu gabinete e seu mandato em defesa desta classe.

Neste momento que os funcionários públicos mais precisam da cooperação do executivo para que possa quebrar a corrente feita pelo coronavírus, afinal, ainda não se tem a vacina, tampouco o remédio ou coquetel de remédio para combater a pandemia, ele corta salários e benefícios, mesmo os professores, monitores, coordenadores e direções das escolas trabalhando duro para garantir as atividades a distância para os alunos da rede municipal por meio da plataforma de estudo,smed.pmvc.ba.gov.br/estudoremoto. Isto só está sendo possível, por que os profissionais desta área, estão utilizando seus computadores, celulares e energia sem nenhuma ajuda de custo por parte da Prefeitura Municipal. Assim, nada mais justo que o executivo entrasse com uma contrapartida.  


Diante destas medidas injustas, o vereador veio a público com dados técnicos para informar a população de um modo geral, que não se trata de falta de recursos, mas uma ação deliberada e perversa contra os professores e todos os profissionais ligados a Educação. Segundo o parlamentar, “Há de se observar que não houve aumento dos salários dos professores, coordenadores, diretores, monitores e pessoal de apoio em 2019 e 2020, mas sim, um achatamento da tabela do Magistério Público Municipal, mesmo havendo um Superávit nas transferências obrigatórias do Fundeb.”
Se estes profissionais estão fora da sala de aula, não fizeram por causa de uma gripezinha, muito menos de uma simples virose, mas de um vírus desconhecido e altamente perigoso, que vem fazendo suas vítimas. Não podemos esquecer que o Brasil se aproxima de cem mil mortes e os números delas são crescentes. Mesmo que seja, e é também crescente a quantidade de recuperados, e esta reascende as esperanças, não a ponto de se ignorar ao redemoinho da contaminação, ainda que em meio ao nevoeiro de dúvidas, de incertezas e de medo. Muito embora exista uma porção de pessoas que prefere se arriscar, seguir nadando contra a maré, desrespeitando as regras, as normas e as recomendações de especialistas e das entidades da saúde, como se fizesse de o próprio viver uma brincadeira perigosa de roleta russa.


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...