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segunda-feira, 17 de agosto de 2020
ARTIGO - Delação premiada é um instituto do Estado fascista. (Padre Carlos)
domingo, 16 de agosto de 2020
ARTIGO - E se eu pudesse voltar no tempo? (Padre Carlos)
E se eu pudesse voltar no tempo?
E se eu pudesse retornar no tempo com toda experiência que tenho
hoje, plantaria sementes de verdades, sementes do amor e arrancaria com minhas
próprias mãos o joio da mentira e da maldade do racismo e do preconceito que se
espalharam pelo mundo nestes últimos anos.
E se eu tivesse descoberto a força da minha fé antes de ter deixado
os ministérios? Transformaria os desencantos do meu povo em melodias de
alegrias, enxugaria as lágrimas da minha gente e estancaria o sofrimento no seu
nascedouro.
Confesso aos senhores, se pudesse retornar; teria passado mais
tempo com meus pais e minhas irmãs para viver experiências singelas que os anos
de militância política e a boemia própria da juventude me roubaram.
Se eu pudesse retornar no tempo eu buscaria viver com mais
intensidade e com mais calor a minha infância, o cheiro de jasmim que brotava
da frente da casa e que minha mãe tanto gostava, e apreciaria com calma o bailet
que era a caminhada das Irmãs Mercedárias da Caridade.
Chegando a igreja no final da tarde. Buscaria
entender nosso papel naquela sociedade.
Se eu pudesse retornar ao tempo eu buscaria ser mais presente, e
responsável com tudo que o bom Deus me
confiou.
Como não posso voltar no tempo, procuro plantar meu jardim e decorar minha alma, ao invés de esperar que alguém me traga flores. Foi desta forma, que descobrir minha finitude e conseguir suportar minha pequenez.
Assim, por saber que não posso voltar no tempo, tento não perder
a oportunidade de participar do crescimento das minhas filhas e nem deixar de fazer parte das suas alegrias.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
ARTIGO - O prefeito, o escorpião e as emendas impositivas (Padre Carlos)
O prefeito, o escorpião e as emendas
impositivas
Existe uma velha
estória, que não sei porquê, assistindo a sessão da Câmara nesta sexta feira,
me veio a memória; assim, gostaria de partilhar com vocês: uma rã estava na
beira do rio quando um escorpião lhe pediu que deixasse ir nas suas costas para
a outra margem do rio. A rã nega.- Você é doido! - Disse-lhe - se eu fizer
isso, você me ferrará e morreremos afogados. Então o escorpião lhe responde que
isso não faz sentido. Se a rã se afogar, ele escorpião, também morrerá. Que sentido
faz os dois morrerem? A rã pensa um pouco e acaba cedendo- Vamos lá - disse-lhe.
No meio da travessia do rio, o escorpião ferra com seu veneno a rã, que começa
a desfalecer. Na agonia, disse-lhe: - O que você fez? Sabe que assim morremos os dois? Você disse
que isso não fazia sentido! - O que você quer? - Respondeu o escorpião – isto faz
parte da minha natureza!
Há legislação
federal, por meio de Emenda à Constituição de 2015, garantiu tal direito aos
legisladores, porém, a Prefeitura não vem atendendo às determinações impostas
pelos vereadores ao orçamento desde que foi criada e assim, termina deixando de
cumprir com sua responsabilidade. A lei determina que 1,2% do Orçamento
Municipal seja liberado aos vereadores, percentual este dividido entre os 21
parlamentares, para que possam fazer suas indicações as suas emendas
impositivas.
Quando os 21
vereadores aprovaram o Finisa 1 e 2, empréstimo feito pela prefeitura junto à
Caixa nos valores de 105 milhões de reais para a execução de obras de infraestrutura,
foram prometidos que o céu se abririam e as medidas em fim seriam cumpridas. O
escorpião mais uma vez traiu a rã, faz parte da natureza dele. Desta forma, a grande maioria dos vereadores aprovaram o Programa de onde veio
recursos para muitas obras. Diante disto, lamentamos que vereadores da Situação
queiram tirar o mérito desta Casa. Não. Vereadores da Oposição votaram
favorável também, assim como os vereadores da Situação.
A bancada de oposição
não pode ficar criticando e esperneando como uma criança que não é atendida
pelo pai é seu dever fazer valer a lei e enviar o mais rápido possível para Ministério Público (MP) uma representação contra o prefeito Pereira (MDB) por não pagamento das emendas parlamentares impositivas. Quando os executivos não
pagam as emendas
impositivas termina, descumprindo a Constituição, que obriga o governo municipal a honrar as emendas
parlamentares.
Omissões como esta,
podem levar a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de Pereira por supostamente desrespeitar a Constituição. Um outro instrumento que a oposição pode se valer, além
da representação é entrar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça da Bahia pedindo o pagamento imediato
das emendas.
O senhor Herzem Gusmão tem desrespeitado a Constituição e a legislação correlata às
Emendas Parlamentares Impositivas quando deixou de promover suas liquidações, e
ainda, em último caso, não realizou os seus respectivos empenhos. Quando o gestor não executa a 'Emenda Cidadã' (que
determina que 1,2% da receita corrente líquida do Município seja utilizada
pelos parlamentares, individualmente, na resolução de problemas da população,
através do Orçamento Impositivo) isso configura crime de responsabilidade, como
prevê a legislação vigente. Esta lei que estabeleceu as emendas impositivas foi
aprovada em 2016 e entrou em vigor no ano seguinte, mas os vereadores têm
enfrentado dificuldades para terem suas emendas executadas.
É preciso que a bancada de vereadores tome uma posição antes do mandato terminar. Se faz urgente protocolar uma notícia-crime em nome da própria bancado ou de algum mandato, mas acredito que os outros parlamentares, independe de partido, devam tomar a mesma atitude de ir ao Ministério Público. Nosso objetivo é informar ao fiscal da lei, que é o Ministério Público, um crime que está sendo praticado contra a cidade de Vitória da Conquista pelo prefeito Herzem Gusmão, para que tome as providências cabíveis. E essa deveria ser uma ação do Parlamento, do Poder Legislativo.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
ARTIGO - A esquerda e o pós pandemia (Padre Carlos)
A esquerda e o pós pandemia
Em 2003 chegamos ao governo e não ao poder
como algumas lideranças da sociedade e do movimento popular pensam, apesar de
saber que o poder não é um lugar específico, mas uma relação. Tivemos momentos
em que o poder estava nas nossas mãos, mas não soubemos aproveitar. Há momentos
em que o poder está com o povo, outros com o governo; e outros, com o capital
financeiro ou com algum outro setor da sociedade. São as correlações e força que
determina quem em determinado momento da história detém este poder. Diante de tais
fatos, chamamos a atenção das esquerdas brasileira para a nova realidade que
está se formando com o fim desta crise sanitária.
Ignorar as mudanças que estão em curso no mundo é querer tapar o sol com
a peneira. Não se tratar apenas de um esforço teórico para separar o joio do
trigo, mas sobretudo de restaurar a esperança dos pobres e de abrir um novo
horizonte libertário para quem mais precisa. A burguesia já admite o fracasso
completo da política financeira de Paulo Guedes e sem ter a quem recorrer,
podem acenar para um pacto social.
A esquerda precisa se abrir ao imperativo de uma nova mentalidade
humanista e oferecer nestes pós pandemia, umas mediações analítica e
instrumentos políticos necessário à construção de um projeto de nação que transcenda
o seu projeto classista é preciso alcançar quem não tem voz e que estão à
margem do sistema corporativista. Desta forma, não poderemos abrir mão da
importância das ciências política se quisermos compreender os mecanismos que excluem
milhares de pessoas dos direitos fundamentais a vida.
Este programa de unidade popular, se impõe como dever das esquerdas e de
todos que defendem um projeto progressista e possam ajudar na construção deste
novo Estado mais humano. Sabemos das nossas limitações no parlamento e nas
correlações de força na sociedade, mas não podemos esquecer que a divisão desta
não se dá entre o centro e as esquerdas e sim entre opressores e oprimidos, em
quem quer realmente construir um projeto de nação e quem só quer espoliar este
país.
terça-feira, 11 de agosto de 2020
ARTIGO - Se é negro é suspeito, se é suspeito é negro (Padre Carlos)
Quando o ator Will
Smith disse que o racismo não aumentou, apenas está sendo filmado e despertando
indignação, parece que ele estava falando da realidade que vivemos no Brasil.
Podemos dizer que os dois grandes problemas que tem chocado a sociedade no
último tempo, tem sido o preconceito racial e o social, estes ainda estão bem
presente na sociedade, fruto de uma cultura de privilégios de uma elite
escravocrata que insiste em continuar fazendo parte na nossa sociedade neste
novo milénio.
Assim, ao assistir o
jovem Matheus, sendo agredido e ameaçado, por
ter entrado em uma loja para trocar um relógio que daria de presente para o
pai, confesso aos senhores que comecei a chorar. Esta cena dos policiais fez com que, tomássemos
consciência da gravidade dos fatos que vem ocorrendo e a amplitude do grau de
apartheid que chegou nossa sociedade.
domingo, 9 de agosto de 2020
ARTIGO - A Globo aceita inocência de Lula? (Padre Carlos)
sábado, 8 de agosto de 2020
ARTIGO - O combate à Pobreza e a Exclusão Social. (Padre Carlos)
Como disse o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, “Democracia e miséria não são compatíveis”.
ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)
A geração que fez a diferença! Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...
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