Os votos apurados no
domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais, em Vitória da
Conquista, trouxeram a consolidação de uma tendência que se mostrou mais forte
na semana imediatamente anterior ao pleito: a migração dos votos de extrema-direita
para o atual prefeito Herzem Gusmão (MDB), escolhido por pouco mais de 45,89% dos
eleitores da capital do Sudoeste baiano – considerando-se os votos válidos –
para disputar o segundo turno com o professor José Raimundo, PT. Zé, que
liderou todo o pleito e as intenções de voto, teve pouco mais de 47,6% dos
votos válidos (ou cerca de 81 mil em números absolutos).
O segundo turno das
eleições em Vitória da Conquista, confirma uma polarização similar a que se viu
em 2016, na nossa cidade. De um lado, Zé
Raimundo, um candidato de esquerda e que conseguiu montar um grupo de vários
partidos em torno do seu nome e da sua vice – a jornalista Luciana Oliveira Pereira, do PCdoB. Zé tenta usar a seu favor, também, o fato de
ter governado Conquista entre os anos de 2003 e 2007, gerando um certo recall
sobre obras e projetos e desenvolvidos por ele nesse período.
Em um espectro
ideológico oposto, o atual prefeito, Herzem Gusmão, busca consolidar a tríade
de conceitos – Deus, Pátria e Família – pregando a manutenção do seu mandato e buscando
vincular sua imagem a valores conservadores, com um discurso de continuidade ao
atual cenário em que a cidade vive.
No campo do
Legislativo Municipal, os eleitores optaram em renovar em pouco mais de 50% a
Câmara dos Vereadores. Dos 21 parlamentares eleitos, 9 vão exercer o mandato pela primeira vez. E três retornam a casa
depois de alguns anos.