sábado, 2 de abril de 2022

ARTIGO - O teólogo que influenciou Francisco reformar a Igreja (Padre Carlos)

 


Um ano sem Hans Küng

 




Nesta quarta-feira vai fazer um ano que Hans Küng morreu, estamos falando do teólogo católico mais conhecido dos últimos anos e um pensador de influência mundial. Gostaria de deixar claro que é inegável a influência do seu pensamento nas reformas empreendidas por Francisco, não só por causa das suas investigações sobre o cristianismo primitivo, mas também da sua contribuição para o encontro da fé com o mundo moderno e pós-moderno e um ethos (nova atitude ética) global.

         Por isso, vale a pena voltar concretamente ao seu livro A Igreja ainda Tem Salvação? (1997), no qual confessa que foram sua consciência filosófica e teológica que o fez escrever. "Preferiria não ter escrito este livro. Não é agradável dirigir à Igreja, que foi e é a minha, uma publicação tão crítica", mas, "na presente situação, o silêncio seria irresponsável". De que sofre a Igreja? A Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "mortalmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.

Este grande pensador da Igreja não foi só um teólogo eminente, mas também um verdadeiro cristão profundamente convicto, que nunca abandonou a Igreja que considerava sua.  É preciso voltar a Jesus Cristo, ao que ele foi, é, quis e quer. De fato, em síntese, a Igreja é a comunidade dos que creem em Cristo: "A comunidade dos que se entregaram a Jesus Cristo e à sua causa e a testemunham com energia como esperança para o mundo.
        A Igreja torna-se crível, se disser a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a si mesma e, portanto, não pregar apenas, mas cumprir as exigências de Jesus. Toda a sua credibilidade depende da fidelidade a Jesus Cristo." Como procederia Jesus nas atuais situações, quando pensamos no modo como agiu? Seria contra o preservativo, os anticonceptivos, excluiria as mulheres, obrigaria ao celibato, proibiria a comunhão aos recasados? Que diria sobre as relações sexuais antes do casamento? Como procederia em relação ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso?

A Igreja não pode ser encarada como um aparelho de poder ou uma empresa religiosa, mas como povo de Deus e comunidade do Espírito nos diferentes lugares do mundo. O papado não precisa desaparecer, mas o Papa não pode ser visto como poder absoluto e independente "um autocrata espiritual", mas como o bispo que tem o primado pastoral, vinculado colegialmente aos outros bispos e, poderia acrescentar aos representantes das congregações religiosas e de todo o Povo de Deus, homens e mulheres.

A Igreja, ao mesmo tempo em que tem de fortalecer as suas missões e instituição - precisa oferecer aos homens e às mulheres de hoje a mensagem cristã, de modo compreensível, sem um discurso arcaico nem dogmatismos escolásticos, e celebrar os sacramentos -, deve assumir as suas responsabilidades sociais, apresentando, sem partidarismos, à sociedade opções fundamentais, orientações para um futuro melhor.

Quando levanto esta questão, seria pra agradecer a Deus e a Dom Celso Jose, pelo privilégio de ter estudado na PUC de Belo Horizonte, no olho do furação teológico, assim era a capital mineira na década de noventa. Foram meus Mestres, que abriram nossa consciência e nos deram oportunidade de conhecer as correntes de pensamentos que embalaram a Igreja nos últimos anos.

 

 


sexta-feira, 1 de abril de 2022

ARTIGO - O velho militante e seus sonhos (Padre Carlos)

 


Arcana imperii – O segredo não pode ser a alma da política

 



 “Há homens que lutam um dia e são bons. Outros lutam um ano e são melhores. Outros, ainda, lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda uma vida: esses são imprescindíveis.”

Em um passado, já um tanto quanto distante, fui um militante de esquerda. Atuei no movimento estudantil e Organização Não Governamental, sempre representando o partido e a esquerda onde atuava. Há cinco anos, cansado de dar "murros em ponta de facas", deixei a militância, por acreditar que faltava algo de utopia que justificasse minha presença na vida partidária.  Sentia que estava repetindo enfaticamente os erros dos quais minha geração dizia combater, embora carregasse o velho militante em minha história e nos meus sonhos.

Sentir nestes quarenta e cinco anos de militância que um partido político democrático não pode mais se guiar pelos princípios dos arcana imperii, do poder oculto, misterioso. Precisa ser aberto, transparente, acessível, interativo, dialógico. O PT vem falhando nestes aspectos, tanto na comunicação com a sociedade, quanto com a militância. No que diz respeito à escolha da chapa majoritária, muitos militantes e ativistas não sabem o que acontece, sequer sabem como foi definida. Mesmo durante a crise que se instalou a militância não entendeu que o grande problema do partido é a precariedade da comunicação. Além de existir este grave problema de comunicação existe também erros políticos, no que diz respeito à campanha e a forma pragmática de fazer política. Uma das condições fundamentais do êxito político diz respeito a como saber lidar com o momento, com a ocasião, mas também, como preservar nossa luta e saga sem perder a referência histórica.

Em política o êxito depende também do respeito, da reputação e não do temor. Respeito e reputação se conquistam pelo exemplo da conduta, pela eficiência no agir e pala realização de feitos significativos. O temor conquista pela força através de dirigentes sobre sua liderança e quando seus liderados se tornam agentes do governo e detém uma estrutura de comando, passa a existir uma correis de transmissão de poder e interesse coletivo.

Precisamos voltar acreditar que a militância política em partidos progressistas é, portanto, resultado de necessidades de mudanças a serem realizadas. Será que entendemos que ela deve ser fruto da mobilização coletiva que se opõe às formas de dominação social? A militância política se reveste de grande importância, não somente pela atual situação em que se encontram os partidos e a política brasileira, mas também pelo quadro que vivemos no Brasil, com a desregulamentação das leis trabalhistas e aumento do desemprego, da inflação e da miséria, emergência do ódio explicitado de diferentes formas contra as causas coletivas e seus militantes,

 

        


quarta-feira, 30 de março de 2022

ARTIGO - “A santidade é o rosto mais bonito da Igreja” (Padre Carlos)

 

Adalgisa Souto Maia , exemplos de vida


 

Grandes ações nunca são reconhecidas no seu tempo, e muitas pessoas terminaram sendo influenciados com casos de santos, artistas e cientistas como: Joana D'Arc, Teresa de Calcutá ou Irmã Dulce, Monet, Van Gogh ou Galileu, que apenas tiveram o devido reconhecimento pelos seus feitos e obras após a morte, vivendo a sua vida em miséria ou pobreza.

Mas afinal, o que esta Mulher tem de extraordinária? Quando a conheci na segunda metade da década de setenta, me surpreendi com sua capacidade de atrair pessoas para perto dela de conquistá-las, de cativar todos ao seu redor! Sabe aquela pessoa que você gosta logo na primeira vez que vê? Aquela que encanta no primeiro encontro, que tem um algo a mais, anima, alegra, é fácil de conviver e torna o ambiente mais gostoso? Assim é Gisa! Seja através de um sorriso, um jeito de falar, forma de tratar o seu próximo, simpatia, empatia, enfim, tudo isso engloba a característica da sua forma de evangelizar os jovens e leva-lo a um compromisso com os mais pobres e sofredores, era isto que consistia o carisma desta dona de casa e Evangelizadora!

Em 2016, quando o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres para ser celebrado no 33º Domingo do Tempo Comum – me lembrei de Gisa Maia e do MFraC, de tudo que vivi e aprendi com aqueles irmãos e Irmãs desta comunidade. Sabemos que a atenção especial aos mais necessitados não é uma realidade recente na vida da Igreja, embora admita que nos últimos anos tenham vistos poucas iniciativas destes gestos de fé.

Foi assim que conheci Gisa Maia, na paróquia de Nossa Senhora da Luz, em Salvador. Se D. Celso José foi um pai espiritual para mim, esta serva de Deus tem um papel maternal na minha conversão.  A irmãzinha sempre trabalhou ao lado do mais pobre. Oferecendo tudo, inclusive a sua inteligência deslumbrante. Nada tem guardado dos dons que recebeu. Com sua ação juntos aos jovens e aos mais pobres, a paróquia ficava cada vez menor pra tanto amor e seu envolvimento com a defesa dos mais necessitados levava a uma tomada de posição e ruptura com sua classe e a família. Foi neste momento que toma consciência da necessidade de tornar público aquele compromisso e desta decisão nasce o MFraC, O Movimento de Fraternidade Cristã. Sua ação evangelizadora chamou a atenção de parte da Igreja que via com bons olhos o trabalho desenvolvido por aquela mulher. Desta forma, o bispo da cidade de Ilhéus, D. Tape, passa a oferecer uma orientação espiritual a ela e aos jovens que a seguia.    Venho ao longo da minha vida, testemunhando o seu respeito, a lisura das suas observações, a inteligência invulgar da sua reflexão, aliado a uma cultura humanística profunda que sempre discretamente tem revelado, tanto no campo religioso como no profano.

 Tudo isso me deixou um indizível sentido de respeito e ternura por uma mulher inteiramente consagrada a Deus e aos outros.

         A consagração é um privilégio também de muitos leigos que se entregaram totalmente.  O começo da santidade é igual ao de todos os consagrados: o Batismo.

 

 

Padre Carlos

 


segunda-feira, 28 de março de 2022

ARTIGO - Como surgiu a era petista em Conquista (Padre Carlos)

 


Como surgiu a era petista em Conquista

 


Prezado Bira

Quando você com sua sabedoria e conhecimento histórico, relatou como Carlos Botelho chegou à reitoria da UESB, passei a entender que cada história carrega consigo uma lição, um ensinamento, que as pessoas devem aprender e respeitar ao longo de suas vidas. É também contando e ouvindo histórias que resgatamos nossas memórias culturais, políticas e afetivas, fundamentais para descobrir quem somos e como lidamos com os outros. Por isto faço questão de criar memória e buscar partilhar com você. No final de 91 fui convidado por Dom Celso para fazer parte da diocese e desta forma, fui morar e ajudar o Pe. Vasco na Paróquia de São Miguel, no Alto Maron. Naquela época o prefeito de Vitória da Conquista era Murilo Mármore e já tinham articulado a Volta de Pedral para as eleições do ano seguinte. Como cantava o poeta Xangai “volta Pedral”.

Em março de 92 fui procurado pelo amigo Novais que tinha militado muitos anos comigo no PCdoB, para conversar sobre política e lembrar os velhos tempos. Na oportunidade, ele me confidenciou que apesar do PT querer lançar o seu nome, ele estava se sentindo cansado e desgastado devido ao seu péssimo desempenho na eleição de 90. Falamos sobre várias coisas, inclusive a posição de Rui e a falta que ele fazia ao grupo.

Dois meses depois, meu amigo veio a falecer, um infarto fulminante que levou a uma morte súbita. Além de perder um amigo e um dos melhores quadros da política da esquerda baiana, não tínhamos mais um candidato para disputar as eleições daquele ano. Reunimos ainda com o coração partido guardamos o nosso luto e fomos atrás de outro quadro para compor a chapa majoritária. Assim, convidamos Valdenor Pereira, para esta tarefa. Infelizmente, Nonô não aceitou, segundo ele, seus planos era militar dentro da UESB, para criar condições de ser reitor.

Sem Zé Novais e agora, sem Nonô, ficamos sem um quadro que pudesse apresentar como cabeça de chapa. Alguém não me lembro agora, citou o nome do médico de sindicato que estava pensando em sair candidato a vereador pelo partido Verde. Desta forma, fomos ao encontro de Guilherme e convidamos para fazer parte da chapa majoritária. Diante disso, na eleição de 1992, o candidato era do PV e seu vice era do PT, o professor José Raimundo.

Sabíamos que era uma luta inglória e que J. Pedral era imbatível, o que não esperávamos era que a votação que Guilherme teve lhe credenciaria não só para ser um forte candidato a dep. Estadual, como estaria criando as condições de uma nova era

domingo, 27 de março de 2022

ARTIGO - O fim do "carreirismo eclesiástico". (Padre Carlos)

 


"Praedicate evangelium" (Pregai o Evangelho).

 

Exatamente no dia em que se comemorou os nove anos do início do seu Pontificado, em 19 de março, o Papa Francisco publicou a Constituição Apostólica "Praedicate evangelium" (Pregai o Evangelho). Neste documento, Francisco busca dar continuidade a sua reforma  buscando meios para que a da Cúria Romana seja ocupada por religiosos comprometidos com uma Igreja menos romana e mais universal.

O documento que traz no título e no seu conteúdo uma mensagem clara busca demostrar a importância da missão confiada por Jesus aos seus discípulos: Evangelizar. Algo que todos sabem, mas que tantas vezes é esquecido nos mais diversos setores da Igreja e, também, na Cúria. Por isso o Papa se viu obrigado a recordar que isto se trata de um "espírito de serviço".

Não haverá reforma sem que aconteça de verdade uma renovação na Cúria Romana e para que isto aconteça é necessário que haja uma "conversão missionária" dos seus dirigentes e dos que nela trabalham. Todos aqueles que venham a ser escolhidos para integrar a Cúria devem ter como carismas e dons, uma "vida espiritual, boa experiência pastoral, sobriedade de vida e amor aos pobres, espírito de comunhão e de serviço, competência nos assuntos que são confiados, capacidade de discernir os sinais dos tempos".

Definir alguns critérios para a escolha dos cardiais é uma das maiores avanços deste documento. Mas configura, também, uma das maiores dificuldades em colocar em prática.

Na verdade o documento busca barra que pessoas que não estão em comunhão com o conjunto da Igreja possa assumir cargos de tão alta relevância, também, formas de cercear o "carreirismo eclesiástico", colocando o limite de cinco anos como período de serviço na Cúria, excecionalmente renovável por mais cinco. Mas a mudança só será eficaz se, de fato, o modo padrão de exercer todo o encargo pastoral não possa passar por afirmações de poder ou em benefício próprio. O padrão terá de ser o serviço ao outro, particularmente aos "mais pobres, doentes e sofredores", como afirma o Papa.

 

 

 

 

 


ARTIGO - O Sudoeste e o gás natural (Padre Carlos)

 


POR QUE O GÁS NATURAL?

 


Um dos grandes desafios da Frente de partidos que apoia a candidatura de Jerónimo, será entender e avaliar as conjunturas que se formam no estado e mapear o que já foi resolvido e o que precisa resolver. Assim, este programa tem que ser um instrumento de organização da Ação do futuro governo para articular um conjunto de iniciativas públicas e privadas - projetos, atividades, financiamentos, incentivos fiscais, normas, etc. - e que visem  solucionar os problemas e as demanda do povo baiano, sendo mensurado por indicadores, metas regionalizadas e custos estabelecidos no o Plano Plurianual.

Assim como o Brasil precisa voltar a sonhar, a Bahia precisa se renovar em seus sonhos e utopias. Temos que interiorizar o desenvolvimento. Por isto, precisamos falar de matriz energética, se quisermos dar um salto para o futuro, será necessário mudar está matriz e criar condições para que ela possa se consolidar como transição de uma matriz puramente verde. Para isto, é fundamental levar o gás natural para o interior da Bahia e  melhorar as estradas para atrair novos investimentos.

As previsões do governo para o aproveitamento do gás natural como alternativa de transferência da matriz energética, ainda é tímida. Por isto, nossa intenção deve ser criar as condições com este programa no estado para fazer desta matriz, uma transição para uma matriz energética mais verde. Poderia dizer que hoje é puramente utópico achar que poderemos nos últimos vinte anos alcançar uma autossuficiência de uma matriz como esta.

É fundamental rever a representatividade do gás natural nos planos de governo seja ele estadual ou nacional. Para o desenvolvimento da economia do sudoeste baiano, seria necessário contar com uma fonte energética como esta, porém sem as falhas operacionais da falta de suprimento, precisamos de uma fonte que não sofra interrupção, barata e limpa e esta fonte é o gás natural. Por isto, será fundamental o novo governo gerar demandas e interiorizar o uso do gás natural, expandindo a infraestrutura no nosso estado.

Precisamos cria uma nova configuração, reduzindo os níveis hierárquicos, na cadeia produtiva fazendo com que o gás natural chegue de forma mais rápida e barata ao cliente final. Essa aproximação favorece a elevação do nível de comprometimento e responsabilidade dos consumidores com relação ao novo combustível.

Além disso, podemos observar todas as vantagens que podem ser obtidas numa perspectiva de uso regional e de aplicabilidades simultâneas, com ênfase em complementaridades: Indústria, Comércio, Residências, no Setor público e no
uso em Sistemas de Transporte coletivo e particular
etc
.

         Assim, ao propormos a interiorização do desenvolvimento, estamos buscando democratizar e socializar o estado para que todos possam participar e desfrutar das suas riquezas.

 


sábado, 26 de março de 2022

ARTIGO - Não entreguem a Petrobrás como fizeram com a Vale (Padre Carlos)

 


Ainda podemos salvar a Petrobrás.

 



         Este é o momento de reunir todos: esquerda, democratas e liberais com o objetivo de juntar forças e com coragem e esperança olhar para o futuro com um só proposito: reconstruir a nação pós Bolsonaro. Nada será como antes!

Estas perdas que tem levado o país a uma das piores recessões da sua história, não aconteceram em decorrência de uma crise, foram provocada pela ação política e judiciária levando assim a uma série de crimes de Lesa Pária jamais visto na história do Brasil.

Perdemos em três anos o que levamos com várias gerações para construir. Sim, uma vida inteira de trabalho, dedicação e empenho, ficando desta forma, o silêncio na impotência de exprimir o que realmente sentimos.  Se formos procurar o fundo do poço, vamos ter de olhar para cima. Ainda podemos salvar a Petrobrás e para isto, contamos com o povo brasileiro para impedir esse desmonte.

Não podemos ter o mesmo comportamento que tivemos com relação a Vale do Rio Doce. Quando o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, no seu 3º Encontro Nacional, apoiar a Campanha A Vale é Nossa, que defendia a reestatização da empresa, privatizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, achávamos que com o engajamento do partido poderia sensibilizar o governo, infelizmente o PT e os movimentos sociais nunca tiveram qualquer influencia no governo Lula. Quando questionado sobre a decisão do partido o presidente disse que a venda tinha sido um ato jurídico que foi consagrado e que o governo iria respeitar. Quando Lula falou que: “Isso não está na minha mesa e nem entrará na minha mesa essa discussão sobre a questão da Vale do Rio Doce”, me sentir traído.

Nos meus princípios como democrata, sempre me posicionei como um legalista, mas não posso fechar os olhos para este crime de lesa-pátria. Temos que resgatar tudo: as Refinarias, distribuidoras de gás, campos de petróleo e todos os ativos importantes que foram entregues à iniciativa privada, numa espécie de privatização aos pedaços.

A Petrobrás como empresa pública tem que ter um compromisso com seus donos, que são o povo brasileiro e contribuir para o desenvolvimento do país, oferecendo à população serviços baratos e eficientes.

Essa não pode ser a luta de um partido ou de um governo, ela deve ser a luta de toda a sociedade para o bem das nossas futuras gerações e do país.


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...