Simone
Tebet (MDB-MS) ministra do Planejamento,
Para alguns, tão divertida
quanto uma partida de Xadrez é a política. Assim como numa partida de Xadrez na
política vence quem tem a melhor estratégia e joga utilizando-se de todas as
peças no tabuleiro. Sabendo disto, o presidente Lula (PT) quando anunciou depois de semanas de discussões,
que Simone Tebet (MDB-MS) seria a
ministra do Planejamento, ele com sua engenharia política, buscava construir
mais que uma aliança com o MDB, arrastava toda esta frente para dentro do
governo, isolando o centrão ideológico e o que existe de ultra direita dentro
do Congresso. Eleita
senadora em 2014, ela termina o mandato em janeiro e assumirá um dos três
ministérios entregues por Lula ao MDB.
É claro que não é só isso!
Sabemos que o anúncio de Simone Tebet para esse cargo também tem muito haver
com a postura da senadora durante as eleições. Ficou claro para a classe
política que se tratou de um sinal do reconhecimento de Lula a terceira
candidata mais votada no primeiro turno com quase cinco milhões de votos, Tebet
declarou apoio a Lula contra Jair Bolsonaro (PL) já no dia seguinte ao pleito e
forçou o MDB a se posicionar.
No anúncio, o presidente eleito
mencionou o “papel fundamental” que a senadora teve na campanha, atraindo
muitos eleitores moderados no segundo turno.
Além de Tebet, o MDB ficou
ainda com dois outros ministérios: Cidades e Transportes.
O acerto foi feito em reunião
de Lula com Baleia Rossi, presidente do MDB, com o deputado Isnaldo Bulhões
(MDB-AL), líder do partido na Câmara, com o senador Eduardo Braga (MDB-AM),
líder no Senado, e com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente da
Casa.
Pelas negociações, o Ministério dos Transportes ficou com Renan
Filho (MDB-AL), filho de Renan Calheiros - indicado pelos senadores do MDB, - em troca, Eduardo Braga
continuará na liderança.
O
Ministério das Cidades deveria ser comandado por alguém indicado pelo MDB da
Câmara. Acabou ficando com Jader Filho, irmão do
governador do estado do Pará, Helder Barbalho.
Vão-se os
anéis e ficam os dedos! Esta partilha de poder me lembrou duma expressão popular usada quando se perde
algo material, mas a integridade física se mantém que é o mais importante.