quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

ARTIGO -“os idosos podem nos ensinar que todos nós somos, na realidade, frágeis”. (Padre Carlos)

 

Hay que envelhecer pero sin perder la ternura.



Mesmo estando mais lento devido o envelhecimento, e com maior dificuldade em se movimentar, Francisco não abandonou sua agenda e como um bom jesuíta, tem demostrado ao mundo que é um Papa Missionário.

Contudo, apesar das suas limitações físicas, o Papa tem surpreendido os fieis, mesmo com toda limitação que o envelhecimento tem proporcionado a sua mobilidade, o pontífice encontra motivo mesmo na sua fragilidade para nos ensinar que não devemos parar de lutar mesmo diante das nossas fraquezas e limitações. Lutar pelos fracos e enfermos é fundamental, mas o importante é ensina-los a continuar lutando e esta é a tarefa essencial da Igreja e deverá ser desenvolvida com grande humanidade e atenção aos que sofrem.

O pontífice tem chamado a atenção do mundo para esta questão. Assim, mesmo com 86 anos, tem usado sua própria vulnerabilidade para exigir dignidade e respeito aos idosos em um mundo cada vez mais povoado por eles. Para o Papa, os avós e os idosos não são sobras de vida, desperdícios para jogar fora.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos passou a ser celebrado em (25/07), A primeira celebração dedicado aos Avós e dos Idosos ocorreu na Basílica de São Pedro. Devido a uma cirurgia no cólon, o Santo Padre não presidiu aquela celebração, mas a sua homilia foi lida por dom Fisichella. O Papa inicia a sua homilia com o seguinte versículo do Evangelho daquele domingo: «Jesus disse a Filipe: “Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?”» “Jesus não se limita a ensinar, mas deixa-se interpelar também pela fome que se faz sentir na vida das pessoas. E assim alimenta a multidão, distribuindo os cinco pães de cevada e os dois peixes recebidos de um jovem. Ao fim, sobram ainda numerosos pedaços de pão, dizendo aos seus discípulos que os recolham, «para que nada se perca».”.

Este proposito de humanizar a terceira idade e busca a dignidade desta gente, teve início bem antes de Francisco se tornar papa, aos 76 anos. No livro “Sobre o Céu e a Terra”, ele disse que ignorar as necessidades de saúde dos idosos constituía uma “eutanásia encoberta” e que os idosos muitas vezes “acabam sendo guardados em uma casa de repouso como um casaco pendurado no armário durante o verão.”.

Um alto membro do Vaticano, o arcebispo Vincenzo Paglia, disse em uma entrevista que persuadiu Francisco a articular um novo ensinamento da Igreja sobre o envelhecimento, foi “proposto não com palavras, mas com o corpo” porque, ele disse, “os idosos podem nos ensinar que todos nós somos, na realidade, frágeis”. “O envelhecimento é um dos grandes desafios do século 21."

O Para tem denunciado esta forma do Ocidente vê e se relacionar com os mais velhos. Desta forma, denúncia regularmente à maneira como as pessoas mais velhas são tratadas como lixo em uma “cultura do descartável”.

 


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