sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

O xadrez político que levou Simone Tebet para o Ministério do Planejamento

 


Simone Tebet (MDB-MS) ministra do Planejamento,

 



 

Para alguns, tão divertida quanto uma partida de Xadrez é a política. Assim como numa partida de Xadrez na política vence quem tem a melhor estratégia e joga utilizando-se de todas as peças no tabuleiro. Sabendo disto, o  presidente Lula (PT) quando anunciou depois de semanas de discussões, que Simone Tebet (MDB-MS) seria a ministra do Planejamento, ele com sua engenharia política, buscava construir mais que uma aliança com o MDB, arrastava toda esta frente para dentro do governo, isolando o centrão ideológico e o que existe de ultra direita dentro do Congresso.  Eleita senadora em 2014, ela termina o mandato em janeiro e assumirá um dos três ministérios entregues por Lula ao MDB.

É claro que não é só isso! Sabemos que o anúncio de Simone Tebet para esse cargo também tem muito haver com a postura da senadora durante as eleições. Ficou claro para a classe política que se tratou de um sinal do reconhecimento de Lula a terceira candidata mais votada no primeiro turno com quase cinco milhões de votos, Tebet declarou apoio a Lula contra Jair Bolsonaro (PL) já no dia seguinte ao pleito e forçou o MDB a se posicionar.

No anúncio, o presidente eleito mencionou o “papel fundamental” que a senadora teve na campanha, atraindo muitos eleitores moderados no segundo turno.

Além de Tebet, o MDB ficou ainda com dois outros ministérios: Cidades e Transportes.

O acerto foi feito em reunião de Lula com Baleia Rossi, presidente do MDB, com o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder do partido na Câmara, com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), líder no Senado, e com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente da Casa.

Pelas negociações, o Ministério dos Transportes ficou com Renan Filho (MDB-AL), filho de Renan Calheiros - indicado pelos senadores do MDB, - em troca, Eduardo Braga continuará na liderança.

O Ministério das Cidades deveria ser comandado por alguém indicado pelo MDB da Câmara. Acabou ficando com Jader Filho, irmão do governador do estado do Pará, Helder Barbalho.

Vão-se os anéis e ficam os dedos! Esta partilha de poder me lembrou duma expressão popular usada quando se perde algo material, mas a integridade física se mantém que é o mais importante.

 

 

 

 


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