Joseph
Ratzinger, o intelectual racionalista
Como
teólogo, tenho que admitir que Joseph Ratzinger foi um notável intelectual
racionalista, Como jovem teólogo contribuiu para a renovação que significou o
Concílio Vaticano II. Como perito, ajudou os padres conciliares a desbravar
novos caminhos para a Igreja pós-conciliar.
Joseph
Ratzinger apresentou-se ao Mundo, após a sua eleição como Papa, como
"simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor". Que é aquilo que
sempre foi. Podemos definir Ratzinger da fase
pré-papal como um pastor e professor extremamente erudito e de fácil acesso,
segundo Leonardo Boff, que foi seu aluno ele era uma pessoa simples que, ao se
tornar cardeal, mudou de comportamento e passou a assumir posições duras.
Tratava com luvas de pelica os bispos conservadores e com dureza os teólogos da
libertação que seguiam os pobres".
Não podemos negar que Bento XVI foi um
personagem histórico de difícil compressão e demasiadamente complexo para ser enquadrado
na categoria de conservador. Mas, não podemos deixar de admitir que este homem tivesse
um profundo amor à Igreja, foi este sentimento que
levou Bento XVI a abdicar do cargo, sabia da necessidade de um Aggiornamento e
tinha consciência que não era o homem adequado para empreender tal tarefa,
assim quando compreendeu todas esta coisa se afastou como melhor forma de
servir a Deus e a Igreja.
Acredito que a melhor definição seria um
homem com um profundo amor a Deus e à Igreja. Bento XVI ficará para a
história por esse gesto revolucionário (e algo pós-moderno) de reivindicar para
o Papa o direito a retirar-se quando está convicto que essa será a melhor forma
de servir a Igreja.
As suas últimas palavras foram: "Signore
ti amo!". Toda a sua vida foi gasta ao serviço da Igreja.
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