Precisamos
transcender os nossos interesses corporativistas.
Nos momentos conturbados em que vivemos,
não poderia como professor de filosofia deixar de chamar a atenção dos leitores
para um fato que preocupa não só a mim, mas a todos que, trabalham com as
ideias de utopias e distopias, falo do presente e o futuro das novas gerações.
As crises econômicas e as recessões,
decorrente de políticas e políticos que em nada têm contribuído para uma
sociedade justa, tem se aproveitado desta inercia do movimento popular e por
está razão está muito longe de querer de fato essa justiça social, tirando
partido e escondendo as justas lutas dos diferentes setores da sociedade
brasileira, sem que partidos e sindicatos tomem a sua dianteira nestes
movimentos.
Vivemos uma fase na democracia em que todos
são obrigados a refletir sobre o caminho que pretendemos percorrer, bem como,
identificar nestes tempos difíceis, quais os partidos,movimentos e sindicatos
precisam se renovar sob pena de serem “engolidos” por movimentos populistas que
ganham cada vez mais força. Repensar formas de luta, repensar o modelo de
sociedade é urgente.
Tudo se transformou num espetáculo e só
assim tem eco. Os cidadãos divorciaram-se dos valores, das lutas refletidas, da
consciência de classe e quando a luta existe, para que perdure e tenha
seguimento e algum resultado, o espetáculo tem que continuar… Os partidos
políticos e os sindicatos comprometidos com a classe estão perdendo esta luta
“corrida”. Ou se reinventam ou teremos o populismo à porta! Não quero aceitar,
mas penso que este é o tipo de caminho que conduz ao totalitarismo!
Vejo esta necessidade devido à mudança de
governo e a experiência vivida nos anos 2000. O sindicalismo brasileiro viveu
uma inflexão em sua trajetória neste período quando comparado com o momento de
recrudescimento das lutas sindicais no final dos anos de 1970 e até meados da
década de 1980, com elevado número de greves e padrão altamente conflitivo na
relação capital/trabalho. Vejo muito destes pontos citados aqui na forma
de luta travadas pelos professores. Nestes tempos difíceis, é fundamental
trazer a sociedade civil para dentro das pautas. É preciso entender que o mais importante
do que as reivindicações corporativas, são o que dá sentindo ao todo e assim, precisamos
incorporar bandeiras e pontos tão importantes como salarial: por uma escola
melhor, com mais condições e com mais dignidade! Uma luta que possa juntar
professores monitórios, funcionários administrativos, pais, alunos, políticos e
até intelectuais.
Assim podemos vê que as experiências de
luta precisam transcender os meus interesses e que os motivos da luta não podem
ser corporativistas, mas deverá está aberto para construir algo melhor para
todos.