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domingo, 5 de fevereiro de 2023
ARTIGO - A Teologia Política de Metz (Padre Carlos)
As peças centrais,
para entendermos o sentido humanista desta teologia não poderia ser outra.
Durante muitos anos, foi professor de Teologia Fundamental e aluno de Karl Rahner. Buscando resposta para as perguntas que povoava
sua mente e buscando transcender a teologia da sua época, desfiliou-se da
teologia transcendental de Rahner, em troca de uma teologia fundamentada na
prática. Metz está no centro da escola da teologia política que
influenciou fortemente Gustavo Gutiérrez Merino o
teólogo peruano e sacerdote dominicano, considerado por muitos como o fundador
da Teologia da Libertação, bem como o brasileiro, Leonardo Boff.
Ele foi um dos teólogos alemães mais influentes no pós Concílio Vaticano II. Seus
pensamentos giraram ao redor da atenção fundamental ao sofrimento dos excluídos.
As chaves de sua teologia é memória, solidariedade e narrativa.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
ARTIGO | Penso, logo escrevo! (Padre Carlos)*
Com isto, faço com que as minhas crônicas apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: da minha visão dentro da filosofia política. Ao desenvolver meu estilo e ao selecionar as palavras que utilizo em meus textos, me imagino como um artesão das palavras, esta sensação de operário da linguagem filosófica, me impulsiona na busca da metáfora correta, na forma certa e a simetria perfeita.
Desta forma, busco transmitir aos leitores a minha visão de mundo, desta temporalidade vivida na militância política e no ministério presbiteral. É assim que exponho de forma pessoal tentando fazer os leitores compreender os acontecimentos que me cercam. Em geral, nas minhas crônicas apresento uma linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique, se tornando assim, o porta-voz das nossas ideias.
Só um apaixonado pode sentir estas emoções pelo mundo da política e da filosofia. Desta forma, não existem fronteiras entre os escritos de Platão e a literatura Camus, o realismo e o irracional, a ficção e a filosofia. Todas estas linguagens são de fundamental importância, no meu trabalho para tentar fazer desta matéria de estudo, uma ferramenta acessível para todos.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
ARTIGO - O retorno do PP as base do governo está condicionado à saída de Leão da presidência da sigla. (Padre Carlos)
A fome foi de leão, mas o peixe morreu foi pela boca.
Apesar de a metáfora ser uma figura de linguagem em
que são usadas palavras ou expressões em um sentido diferente do habitual, no casso do ex-governador da Bahia e do seu filho a
expressão "fome de leão" tem tudo haver com a sede pelo poder e a
necessidade de fazer política com a estrutura do estado. Esta fome não vem de
hoje, já em 2018 o Ex- Deputado Federal
Cacá Leão, quando sentiu que as mudanças
a nível nacional poderia chegar à Bahia, tentou fazer esta aliança, mas foi impedido
pelo pai que apesar da fome fazer parte da natureza do leão, seus cabelos
brancos e os anos de experiência sinalizaram para que o grupo tivesse mais prudência
e não agissem por impulso. Infelizmente em 2022 sua lucidez e astucio na
política foi traída pelos institutos de pesquisas que divulgavam que o
ex-prefeito liderava a disputa pelo governo estadual e que venceria no primeiro
turno se a eleição fosse naquela data.
Diante de
tal cenário e ouvindo as avaliações que seu filho fazia, o vice-governador
decidiu de forma errada sair da base do governador Rui Costa (PT) para
apoiar o candidato a governador oposicionista, ACM Neto (UB). Infelizmente Leão
deu um tiro no pé e cometeu outro grande erro que levaria a impossibilidade de
qualquer reconciliação. Nas eleições do ano passado, Leão, além de apoiar ACM
Neto (União) para governador do estado, decidiu se juntar às fileiras do então
presidente Jair Bolsonaro (PL), contra a candidatura de Lula. Este talvez tenha
sido seu grande erro quando declarou voto no presidente Jair Bolsonaro.
Deputado federal eleito, Leão disse que “tomou juízo” e espera que os baianos o
sigam no apoio ao chefe do Executivo, no segundo turno.
Quem faz
parte do Méier da política sabe como é difícil um deputado se reeleger se não
estiver aliado ao governador e fazendo parte do governo. Por isto, a bancada do
PP na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se reuniu, nesta terça-feira
(31), e decidiu que não mais integrará o grupo de oposição na Casa, retornando
à base de apoio ao governo do estado. A decisão foi tomada com a participação
dos seis deputados estaduais da legenda: Antônio Henrique Jr., Eduardo Salles,
Felipe Duarte, Hassan Josef, Nelson Leal e Niltinho.
Com a derrota
do ex-prefeito de Salvador e a manutenção dos petistas no poder, a legenda não
teve alternativa a não ser se juntar novamente ao governo de Jerônimo.
Leão sabia que um simples movimento
mudaria o jogo completamente. Um passo em falso e ele poderia perder tudo o que
tinha sobre a mesa da política. E, embora fosse mais político que jogador,
confiou na jogada e usou como semi-blefe. Infelizmente os posicionamentos do
ex-presidente do partido fez o ex-governador Rui Costa (PT), hoje ministro da
Casa Civil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estabelecer um veto à
presença de Leão no grupo que hoje comanda a administração estadual na Bahia.
Por isto, se a fome é de leão, o peixe morre pela boca.
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
ARTIGO - Aldo Rebelo defende a regulamentação de garimpo em terras indígenas. (Padre Carlos)
Cabo Anselmo dos povos yanomami
Em
primeiro lugar gostaria de deixar claro que não estou comparando o militante
histórico, Aldo Rebelo com um agente infiltrado das forças de repressão do governo militar,
mas confesso aos senhores que a decepção de ouvir de um homem público com um
histórico progressista, defender as propostas da ultradireita sobre a
legalidade de garimpo nas terras indígenas, me indignou e me sentir traído diante
de tudo o que ouvir. Quando um amigo me enviou um vídeo de Rebelo
defendendo a regulamentação de garimpo em terras indígenas, entendi naquela
hora que não se trata de uma simples opinião de um leigo, mas de um ex-ministro
da Defesa e quando ele emite o uma opinião como esta sobre a trágica condição dos
yanomami de Roraima, esperamos uma defesa da vida e dos povos indígenas. Na
contramão das denúncias recentes, Rebelo criticou a "demonização" dos
garimpeiros, disse que a condição de penúria dos indígenas é antiga e duvidou
que houvesse cumplicidade das Forças Armadas.
Eu
acreditava que chegaria um tempo na vida, que a gente aprenderia que ninguém mais
teria a capacidade de nos decepcionar, engano nosso. Nós colocamos expectativas
demais sobre as pessoas e quando elas revelam a sua fraqueza terminamos ainda
nos chocando, acredito que ainda enxergava aquele companheiro da década de 70 e
referencia de toda uma
juventude um quadro progressista.
Um dos fatos que chamaram nossa atenção foi à defesa que
ele fez na condição de ex-ministro da Defesa as Forças Armadas,
apesar destas estarem sendo acusadas de cumplicidades com os invasores de não
coibiram o avanço dos garimpeiros ilegais, uma dessas comunidades de garimpo
está colada a um quartel do Exército.
Confesso aos senhores que este vídeo me pegou de surpresa
e o que me deixou mais triste neste fato todo, foi ouvir de um camarada
da década de setenta militantes histórico da esquerda dizer que é a favor da legalização dos garimpos nas terras indígenas
e que a tragédia dos yanomamis não é novidade. O que me chocou mais foi o discurso
bolsonarista e a falta de sensibilidade com a situação desumana que os
yanomamis estão vivendo, bem como as mortes de crianças e idosos em decorrência
da desnutrição grave causada pela fome, malária e infecções respiratórias, nada
disso foi o suficiente para Rebelo se posicionar em favor da vida.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
ARTIGO - De que adianta saber a verdade, se não tivermos coragem de punir os militares? (Padre Carlos)
A esquerda precisa aprender a lidar com os militares
Apesar
das muitas análises a respeito dos últimos acontecimentos em Brasília, não
posso deixar de admitir que fazer uma abordagem da nossa conturbada conjuntura,
onde sobram indagações e incertezas, esta ligada diretamente ao quadro de impunidade
com relação a alguns militares envolvidos em ações relacionadas aos atentados
de oito de janeiro e as insubordinações ao atual governo.
Um fato inusitado que ocorreu durante a
tentativa de golpe por partes de militantes da Ultradireita e ainda não foi
totalmente esclarecido, foi à forma como os criminosos foram protegidos. Buscando refúgio, bolsonaristas se dirigiram
para o acampamento golpista montado há meses em frente ao Quartel-General do
Exército Brasileiro. A imprensa e representantes da comunidade que acompanhavam
o desfecho acharam que diante dos acontecimentos, a tropa iria agir com rigor,
infelizmente o Exército entrou em ação, não para prender os responsáveis
da invasão das sedes dos Três Poderes, o "Braço forte, mão amiga", entrou
na luta para impedir a entrada da Polícia Militar no acampamento golpista em
frente ao seu quartel-general, em Brasília. Imagens de dois blindados
deslocados para frente do quartel tinha como objetivo mostrar que o comando
falava sério e estavam dispostos a tudo para proteger aquelas pessoas. Este
comportamento dos militares chocaram o Brasil e o mundo que não entenderam o
comportamento do Exercito brasileiro. Diante
disso, a pergunta que não quer calar é: quem são
as pessoas que o Comandante estava protegendo?
Essa
suposta ação dos militares do Exército, obviamente realizada sob o comando de
autoridades superiores, demonstra além de uma intenção mesmo involuntária de
dar abrigo a criminosos, uma afronta ao Poder Público constituído, nesse caso,
aos Três Poderes da República covardemente atacados.
Não
podemos esquecer que o Brasil ao anistiar esses criminosos possibilitou que as
forças armadas continuassem a articular golpes de Estado como ocorreu em 2016 e
pudessem tutelar a República como ocorreu no governo de Temer e no governo
Bolsonaro. Quem trabalha ou milita no métier da política sabe que o General Villas Boas foi um dos articuladores do golpe de 2016 e do retorno da
República a tutela militar.
Apesar de não concordar
com a forma e métodos do governo passado, tenho que admitir que não
se pode negar que Jair Bolsonaro sabia lidar muito bem com os milicos. Da
exoneração humilhante do general Santos Cruz, acompanhadas das demissões,
também desonrosas, dos generais Rêgo Barros e Silva e Luna, culminando com a
substituição coletiva dos comandantes das três Forças Armadas – após estes não
se alinharem com suas ideias golpistas –, Bolsonaro impôs e demonstrou toda a
sua autoridade como comandante supremo dos fardados. O mesmo não podemos
falar da esquerda que nunca soube lidar com os militares, sempre fazendo concessões
e deixando a besta chocar seus ovos. Diante disso, de que adianta
saber a verdade, se não tivermos coragem suficiente para punir.
domingo, 29 de janeiro de 2023
ARTIGO - A dor de uma mãe ( Padre Carlos )
Conversamos mais de uma hora e depois ela beijou a minha mão e foi embora. Nunca mais encontrei aquela senhora, acredito que tenha superado e retornado as suas atividades acadêmicas.
Padre Carlos.
sábado, 28 de janeiro de 2023
Artigo - Papa esclarece declarações sobre homossexualidade e pecado. (Padre Carlos)
Quem criminaliza a homossexualidade está 'equivocado', diz papa.
O Papa
Francisco esclareceu, neste sábado, as suas palavras sobre homossexualidade e
pecado, afirmando que se referia à visão da igreja de que qualquer ato sexual
fora do casamento é pecado. Quando disse esta frase, ele tinha como objetivo
condenar a criminalização da homossexualidade, por isto foi saudada por muitos
ativistas LGBTQ, mas houve também aqueles que levantaram a questões que para o
Papa ser homossexual era em si um pecado. Mesmo o Papa falando que “também é
pecado não ter caridade uns para com os outros”, não foi o bastante para que alguns
membros da impressa dissessem aos quatro cantos, que o Papa considerava a
Homossexualidade um pecado.
Diante das
interpretações que deram a sua fala, o Papa Francisco reafirmou que a
homossexualidade "não é crime" e disse que se pronunciou sobre o
assunto "para enfatizar que a criminalização não é boa, nem justa". "Quando
eu disse que é pecado, estava simplesmente referindo-me ao preceito moral
católico, que diz que todo ato sexual fora do casamento é pecado",
escreveu Francisco, em espanhol, sublinhando a frase final.
Desta forma, Francisco
reconheceu que poderia ter sido mais claro com as suas palavras, o Papa
justificou: "Como podem constatar, eu estava repetindo algo em geral. Eu
deveria ter dito: “É pecado, como qualquer ato sexual fora do casamento”. Isso
para falar da questão do pecado, mas sabemos muito bem que a moral católica não
só leva em consideração o assunto, mas avalia também a liberdade e a intenção.
E isso serve para todo tipo de pecados".
O Papa mostra a
face de um Deus misericordioso levando os fiéis a entenderem as suas atitudes e
posturas de um homem que encarnou os sentimentos do Evangelho e se tornou um
pastor, como ele mesmo costuma dizer, com o “cheiro das ovelhas”.
ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)
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