A fome foi de leão, mas o peixe morreu foi pela boca.
Apesar de a metáfora ser uma figura de linguagem em
que são usadas palavras ou expressões em um sentido diferente do habitual, no casso do ex-governador da Bahia e do seu filho a
expressão "fome de leão" tem tudo haver com a sede pelo poder e a
necessidade de fazer política com a estrutura do estado. Esta fome não vem de
hoje, já em 2018 o Ex- Deputado Federal
Cacá Leão, quando sentiu que as mudanças
a nível nacional poderia chegar à Bahia, tentou fazer esta aliança, mas foi impedido
pelo pai que apesar da fome fazer parte da natureza do leão, seus cabelos
brancos e os anos de experiência sinalizaram para que o grupo tivesse mais prudência
e não agissem por impulso. Infelizmente em 2022 sua lucidez e astucio na
política foi traída pelos institutos de pesquisas que divulgavam que o
ex-prefeito liderava a disputa pelo governo estadual e que venceria no primeiro
turno se a eleição fosse naquela data.
Diante de
tal cenário e ouvindo as avaliações que seu filho fazia, o vice-governador
decidiu de forma errada sair da base do governador Rui Costa (PT) para
apoiar o candidato a governador oposicionista, ACM Neto (UB). Infelizmente Leão
deu um tiro no pé e cometeu outro grande erro que levaria a impossibilidade de
qualquer reconciliação. Nas eleições do ano passado, Leão, além de apoiar ACM
Neto (União) para governador do estado, decidiu se juntar às fileiras do então
presidente Jair Bolsonaro (PL), contra a candidatura de Lula. Este talvez tenha
sido seu grande erro quando declarou voto no presidente Jair Bolsonaro.
Deputado federal eleito, Leão disse que “tomou juízo” e espera que os baianos o
sigam no apoio ao chefe do Executivo, no segundo turno.
Quem faz
parte do Méier da política sabe como é difícil um deputado se reeleger se não
estiver aliado ao governador e fazendo parte do governo. Por isto, a bancada do
PP na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se reuniu, nesta terça-feira
(31), e decidiu que não mais integrará o grupo de oposição na Casa, retornando
à base de apoio ao governo do estado. A decisão foi tomada com a participação
dos seis deputados estaduais da legenda: Antônio Henrique Jr., Eduardo Salles,
Felipe Duarte, Hassan Josef, Nelson Leal e Niltinho.
Com a derrota
do ex-prefeito de Salvador e a manutenção dos petistas no poder, a legenda não
teve alternativa a não ser se juntar novamente ao governo de Jerônimo.
Leão sabia que um simples movimento
mudaria o jogo completamente. Um passo em falso e ele poderia perder tudo o que
tinha sobre a mesa da política. E, embora fosse mais político que jogador,
confiou na jogada e usou como semi-blefe. Infelizmente os posicionamentos do
ex-presidente do partido fez o ex-governador Rui Costa (PT), hoje ministro da
Casa Civil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estabelecer um veto à
presença de Leão no grupo que hoje comanda a administração estadual na Bahia.
Por isto, se a fome é de leão, o peixe morre pela boca.
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