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sexta-feira, 9 de junho de 2023
ARTIGO - Lula acerta ao não ir à Marcha para Jesus em São Paulo. (Padre Carlos)
ARTIGO - Políticos disputam protagonismo na implementação da duplicação da BR-116. (Padre Carlos)
Vitória da
Conquista vai receber a tão esperada duplicação.
A duplicação da BR-116, tão esperada pelos
moradores da cidade de Vitória da Conquista, está próxima de se tornar uma
realidade. E, como é de praxe em situações como essa, políticos de diversas
esferas passam a reivindicar a implantação da obra como resultado de suas
articulações políticas. Não é de surpreender, portanto, que a cidade tenha
amanhecido nesta semana com alguns outdoors trazendo a imagem do presidente da
União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Belo Campo, José Henrique Tigre,
mais conhecido como Quinho, declarando a importância da obra e sua influência
na concretização.
Em meio à expectativa e às especulações, é
comum que políticos se apressem em colocar seus nomes como protagonistas desse
projeto tão almejado pela população. Afinal, o início de grandes obras se torna
uma excelente oportunidade para angariar apoio e conquistar votos. Mas será que
esses políticos realmente têm o direito de reivindicar a paternidade da
duplicação da BR-116?
As articulações já estão em curso, com a
participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do ministro dos
Transportes, Renan Filho. Esses são os principais responsáveis por
conduzir o processo de implementação dessa
tão esperada obra de infraestrutura. São eles que têm o
poder de decisão e que
devem ser cobrados pelo andamento do projeto. Portanto, é a partir dessa relação entre os ministros e as autoridades
locais que a duplicação da BR-116 vai ganhar forma.
É claro que é importante reconhecer o
trabalho dos políticos locais, afinal, eles têm a responsabilidade de
representar e lutar pelos interesses da população. Mas é necessário avaliar até
que ponto a busca pela paternidade de uma obra desse porte é válida? Afinal, a
duplicação da BR-116 é uma demanda antiga e legítima, fruto da necessidade de
melhorias na infraestrutura e na segurança viária da região.
Em vez de se preocuparem em reivindicar a
obra como se fosse um mérito pessoal, os políticos deveriam direcionar seus
esforços para acompanhar e fiscalizar o andamento do projeto, cobrando
transparência e agilidade na sua execução. Afinal, a população de Vitória da
Conquista e de toda a região tem o direito de contar com uma rodovia moderna,
segura e eficiente, que contribui para o desenvolvimento econômico e social.
A duplicação da BR-116 é um investimento de
grande importância para a cidade de Vitória da Conquista, para o estado da
Bahia e para o país como um todo. Portanto, é fundamental que todos os
envolvidos deixem de lado as disputas políticas e trabalhem em conjunto para
garantir que essa obra seja realizada da melhor forma possível, atendendo às
necessidades e aos anseios da população.
No fim das contas, o que realmente importa é que a duplicação da BR-116 se concretize e traga benefícios reais para a região. A paternidade da obra é uma questão secundária diante do impacto positivo que ela atraiu para a economia, o turismo e a qualidade de vida dos moradores. Portanto, é importante que os políticos deixem de lado seus interesses pessoais e priorizem o bem-estar da população.
quinta-feira, 8 de junho de 2023
ARTIGO - Rui Costa tem razão: Brasília é uma ilha da fantasia. (Padre Carlos)
Qual o papel de Brasília na política nacional.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa,
causou polêmica ao afirmar, em um evento na Bahia, que Brasília é uma ilha da
fantasia e que a transferência da capital para o Planalto Central fez mal ao
Brasil. As declarações do ministro foram duramente criticadas por políticos e
representantes do Distrito Federal, que acusaram o ministro de desconhecer a
realidade da capital e de desrespeitar o povo brasiliense.
No entanto, este blog defende que Rui Costa
tem razão em sua análise e que suas palavras são um alerta para a necessidade
de uma reforma política que aproxime os governantes dos governados e que
combata a corrupção e o corporativismo que imperam na capital federal.
Não se trata de negar a importância
histórica e cultural de Brasília, nem de desconsiderar os problemas sociais e
econômicos que afetam parte da população do DF. Trata-se de reconhecer que
Brasília se tornou um símbolo de um sistema político distante da realidade do
país, marcado pelo patrimonialismo, pelo clientelismo e pelo fisiologismo.
Ela é uma ilha da fantasia porque abriga
uma elite política privilegiada, que vive em um mundo à parte, cercada de
mordomias e imunidades, alheia aos anseios e às demandas da sociedade. Uma
elite política que se beneficia de um modelo federativo centralizador, que
concentra recursos e poderes na União, em detrimento dos estados e municípios.
Uma elite política que se articula em torno de interesses corporativos e
partidários, que muitas vezes se sobrepõem aos interesses nacionais.
Uma
ilha da fantasia porque é palco de escândalos de corrupção que abalam a
confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Escândalos que envolvem
desde o desvio de recursos públicos até a compra de apoio parlamentar, passando
pela interferência indevida em órgãos de controle e fiscalização. Escândalos
que revelam a fragilidade do sistema eleitoral, que permite a influência do
poder econômico e das fake news nas campanhas. Escândalos que expõem a falta de
transparência e de compromisso com a coisa pública dos agentes públicos.
É nesta ilha da fantasia que se apresenta o
cenário de uma polarização política que paralisa o país e impede o avanço das
reformas estruturais que o Brasil precisa. Uma polarização que se alimenta do
ódio e da intolerância, que estimula o extremismo e o radicalismo, que
dificulta o diálogo e o consenso. Uma polarização que ignora os problemas reais
do país, como a pobreza, a desigualdade, a violência, a educação, a saúde, o
meio ambiente. Uma polarização que ameaça a estabilidade democrática e a paz
social.
Por isso, este blog apoia as declarações do
ministro Rui Costa e espera que elas sirvam como um estímulo para uma reflexão
crítica sobre o papel de Brasília na política nacional. É preciso romper com a
lógica da ilha da fantasia e construir uma nova lógica, baseada na participação
popular, na representatividade, na responsabilidade e na ética. É preciso
aproximar Brasília do Brasil real e fazer com que a capital seja um espaço de
cidadania, de pluralidade e de desenvolvimento.
ARTIGO - O Corpo de Cristo e os corpos dos homens e mulheres (Padre Carlos)
quarta-feira, 7 de junho de 2023
ARTIGO - A Mensagem Profunda de um Militante de Esquerda sobre a Importância da Vida. (Padre Carlos)
Abordar
este tema se torna uma tarefa desafiadora e, ao mesmo tempo, um ato corajoso e
profético quando um militante cristão se posiciona a favor da defesa da vida.
Dentro de um contexto político polarizado, onde as questões relacionadas à vida
são frequentemente debatidas sob a ótica da ideologia, falar sobre a
importância de proteger e preservar a vida humana pode ser visto como uma
posição contraditória de para alguns. No entanto, é essencial reconhecer que a
defesa da vida vai além de qualquer rótulo político ou ideológico, pois se
trata de um valor universal que deve ser abraçado por todos. Ao adotar essa
postura, o militante demonstra coragem ao desafiar os estereótipos e
preconceitos que podem existir em relação à esquerda, e ao mesmo tempo, oferece
uma perspectiva profética, reafirmando a importância de um compromisso genuíno
com a conquista e o bem-estar de cada ser humano
Não se pode defender a justiça e os Direitos Humanos sem defender e testemunhar a cultura da vida.
Em
um mundo cada vez mais fragmentado e repleto de controvérsias, a afirmação de
que Jesus é o verdadeiro Filho de Deus ganha ainda mais sentido. No entanto, a
verdadeira compreensão dessa afirmação não se limita apenas a questões
teológicas, mas também exige uma análise profunda do nosso papel como
seguidores de Cristo na sociedade atual.
O
evangelho de Jesus Cristo é uma mensagem de amor, compaixão e cuidado pelos
mais indefesos. Sua vida e ensinamentos nos convidam a elevar a dignidade e a
sacralidade de toda vida humana, desde o momento da concepção até o último
suspiro. Portanto, não podemos afirmar que seguimos a Cristo se não colocarmos
em prática essa cultura da vida em todas as esferas da sociedade.
Infelizmente,
vivemos em um contexto em que a vida humana muitas vezes é negociada no balcão
da cultura do bem-estar e das falsas garantias de um pretenso humanismo. Nesse
sentido, um exemplo claro é a questão do aborto. Embora reconheçamos os
direitos das mulheres e a importância de garantir sua autonomia e saúde, não
podemos ignorar o fato de que a interrupção da vida de um ser inocente e
indefeso é um ato que vai contra os princípios cristãos.
Ao
defendermos o valor da vida desde a concepção, não estamos negando os direitos
das mulheres, mas sim reconhecendo que a vida é um dom sagrado que deve ser
protegido. Buscar alternativas que promovam a cultura da vida, como o apoio às
mulheres em situação de vulnerabilidade, a oferta de assistência médica e
psicológica, além do incentivo à adoção responsável.
Além
da questão do aborto, a cultura da vida também se estende a outras áreas, como
a eutanásia e o uso indiscriminado da pena de morte. Acreditamos que cada vida
tem um propósito e que não cabe a nós decidir quando ela deve terminar. Ao
defendermos essas práticas, estamos negando o valor intrínseco da vida e
usurpando o papel que pertence apenas a Deus.
Seguir
a Cristo implica em enfrentar desafios e ir contra a correnteza das ideias
predominantes na sociedade. É fácil se deixar levar por concessões e ceder às
pressões do mundo ao nosso redor. No entanto, como cristãos, somos chamados a
ser sal da terra e luz do mundo, testemunhando a verdade e vivendo de acordo
com os princípios que professamos.
Amém!
ARTIGO - Toffoli acerta ao garantir direito de defesa a Tacla Duran. (Padre Carlos)
Tacla Duran vai depor na Câmara
O ministro Dias Tacla Duran vai depor na Câmara , do Supremo Tribunal Federal, tomou uma decisão acertada ao conceder um salvo-conduto ao advogado Rodrigo Tacla Duran para que ele possa entrar no Brasil sem ser preso e depor na Câmara dos Deputados sobre as graves denúncias de extorsão que envolvem a Operação Lava Jato.
Tacla Duran é um personagem-chave para esclarecer os bastidores da força-tarefa que se tornou um símbolo de combate à corrupção, mas também de abusos e ilegalidades. O advogado, que trabalhou para a Odebrecht, afirma ter sido vítima de uma tentativa de extorsão por parte de integrantes da Lava Jato, entre eles o ex-juiz e atual senador Sergio Moro e o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol.
Segundo ele, em 2016, foi procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo e ex-sócio da esposa de Moro, que lhe ofereceu um acordo de delação premiada com condições mais favoráveis em troca de US$ 5 milhões pagos “por fora”. Tacla Duran diz ter recusado a proposta e, em seguida, ter sido alvo de uma ordem de prisão preventiva expedida por Moro.
O advogado se refugiou na Espanha, onde tem cidadania, e desde então vem denunciando as irregularidades da Lava Jato em entrevistas e depoimentos. Ele apresentou provas documentais das conversas com Zucolotto e dos pagamentos feitos a outro advogado indicado pela força-tarefa. Ele também revelou as relações suspeitas entre Moro e o desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, que determinou sua prisão e depois voltou atrás. Malucelli é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro em um escritório de advocacia.
As acusações de Tacla Duran são graves e merecem ser investigadas com rigor e transparência. Por isso, é louvável a iniciativa da Câmara dos Deputados de convocá-lo para depor na Comissão de Administração e Serviço Público, instalada para elucidar as denúncias. E é ainda mais louvável a decisão de Toffoli de garantir o direito de defesa do advogado, que estava impedido de entrar no país sem ser preso.
Ao conceder o salvo-conduto, Toffoli demonstrou respeito à Constituição e ao princípio da presunção de inocência. Ele também reconheceu a importância do papel do Parlamento na fiscalização dos atos do Poder Judiciário e do Ministério Público. E, sobretudo, ele possibilitou que a sociedade brasileira possa conhecer a verdade sobre os fatos que envolvem a Lava Jato e seus protagonistas.
A Lava Jato foi uma operação que teve méritos no combate à corrupção, mas também cometeu excessos e desvios que precisam ser apurados e punidos. Não se pode admitir que agentes públicos usem seus cargos para extorquir ou perseguir pessoas. Não se pode tolerar que a lei seja violada em nome de um suposto bem maior. Não se pode aceitar que a justiça seja seletiva ou parcial.
Por isso, o depoimento de Tacla Duran na Câmara é uma oportunidade histórica para que se faça luz sobre os bastidores da Lava Jato. E a decisão de Toffoli é um gesto de coragem e de respeito à democracia.
terça-feira, 6 de junho de 2023
ARTIGO - A Cultura da Vitória e seus Efeitos Negativos. (Padre Carlos)
Como Lidar com as Derrotas
Vivemos
em uma sociedade que exalta a vitória, o sucesso e as conquistas como valores
supremos. Desde pequenos, somos estimulados a buscar o êxito em todas as
esferas de nossa existência, seja nos estudos, no trabalho, nos relacionamentos
ou nos esportes. No entanto, raramente somos preparados para enfrentar as
derrotas e perdas que inevitavelmente fazem parte de nossa trajetória. Esse
desequilíbrio cultural nos torna vulneráveis diante dos infortúnios, muitas
vezes irreversíveis, que a vida nos reserva.
A cultura da vitória está
profundamente arraigada em nosso imaginário social. Aprendemos desde cedo que o
sucesso é sinônimo de felicidade e realização pessoal, enquanto a derrota é
vista como fracasso e motivo de vergonha. Esse condicionamento nos leva a
desenvolver uma mentalidade dicotômica, na qual só conseguimos enxergar o mundo
em termos de vitória ou derrota, sucesso ou fracasso.
No entanto, a vida é uma mistura complexa de momentos de triunfo
e adversidade. Ignorar ou minimizar a importância das derrotas é negar uma
parte essencial da experiência humana. Quando somos confrontados com grandes
perdas, como a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento ou uma
falha profissional significativa, muitas vezes nos sentimos desorientados, sem
saber como lidar com essas situações.
É nesses momentos que a falta de educação para as derrotas se
torna mais evidente. Não fomos ensinados a aceitar e processar as emoções
negativas que surgem com as perdas. Aprendemos a fugir da tristeza, da dor e da
frustração, em vez de enfrentá-las de frente. O resultado é uma sociedade que
tenta mascarar a realidade, evitando qualquer experiência que possa ser
considerada uma derrota.
No entanto, é fundamental compreender que a derrota faz parte do
crescimento e do desenvolvimento pessoal. É por meio das perdas que aprendemos
lições valiosas sobre nós mesmos e sobre a vida. Lidar com as derrotas nos
torna mais resilientes, nos ensina a perseverar e a encontrar novas formas de
enfrentar os desafios que surgem em nosso caminho.
É preciso, portanto, repensar nossa abordagem cultural em
relação às derrotas e perdas. Devemos reconhecer que o sucesso não é o único
indicador de valor e que as derrotas não são necessariamente sinais de
fracasso. É essencial ensinar às crianças e aos jovens habilidades de
resiliência emocional, incentivando a expressão saudável de emoções negativas e
a busca de apoio social quando necessário.
Além disso, devemos promover uma cultura que valorize o
aprendizado e o crescimento pessoal acima de resultados imediatos. Ao invés de
focar exclusivamente nos troféus e prêmios, devemos celebrar os esforços, a
persistência e a coragem de enfrentar desafios, mesmo quando o resultado não é
o desejado.
Aprender a lidar com as derrotas é uma necessidade
culturalmente ignorada em nossa sociedade. Precisamos reconhecer que as perdas
fazem parte da vida e que elas podem nos ensinar muito sobre nós mesmos e sobre
o mundo. Precisamos também desenvolver habilidades de resiliência emocional
para enfrentar as emoções negativas que surgem com as derrotas. Por fim,
precisamos valorizar o aprendizado e o crescimento pessoal como objetivos
maiores do que o sucesso imediato.
ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)
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