terça-feira, 20 de junho de 2023

ARTIGO - Não foi nada estratégico lançar um nome faltando tanto tempo para as eleições. (Padre Carlos)

 



As Pré candidaturas dos pequenos partidos.





     Acontecia sempre do mesmo jeito, infelizmente dessa vez vai ser difícil acontecer. Os candidatos com chances reais de ganhar as eleições já se lançaram bem mais cedo do que eu esperava. A cada eleição majoritária, políticos que não têm nenhuma chance de ganhar as eleições lançam suas pré-candidaturas na esperança de, mesmo não podendo ser aceitos, ganharem algo, e eu não estou falando apenas de votos. Quem não se lembra das últimas eleições em Vitória da Conquista?


           Remontando a 2016, entre os meses de março e maio daquele ano, chegamos a ter 13 pré-candidaturas. Algumas não reuniam chances mínimas para pleitear sequer o cargo de vereador, quanto mais o de prefeito.


    Em outras eleições, os políticos esperavam que o carnaval do ano eleitoral terminasse para se lançarem como candidatos. Agora, nem chegamos de fato ao São João do ano que antecipa a eleição e já temos definidos os dois candidatos para o próximo ano (2024).


           É bom lembrar que a candidatura da prefeita Sheila Lemos era a exceção, pois ela não precisava da autorização de ninguém para postular seu segundo mandato. Na verdade, era a única candidatura certa até o Deputado Waldenor declarar que era o candidato do PT. Com a polarização e a certeza de que os dois já estão consolidados, não vamos presenciar nesta eleição as candidaturas cômicas do faz de conta. O modus operandi dos partidos políticos e das candidaturas de mentirinhas é assim: coloca um nome à disposição dos aliados para abrir as negociações. Já conhecemos bem o procedimento dos pequenos partidos. Não há muitos mistérios, mas existem algumas regras que poucos ousam desobedecer.


        Uma liderança lança o nome de um político e este se faz de rogado no começo, para depois dizer que aceita com muita honra a indicação. Em geral, o político diz que não tem a vaidade de ser candidato, mas que aceita o desafio em nome do partido.


            Alguns gostam de dizer que aceitaram a missão depois de ouvir a família, os amigos e os aliados. E ainda tem aqueles que gostam de se vitimizar. Dizem que estão fazendo um grande sacrifício em nome do partido, do povo, da sociedade e blá-blá-blá. Lembro-me de um certo candidato aqui fazendo um discurso piegas de como estava sendo sacrificado por ser candidato a prefeito. Como se lhe tivessem imposto a postulação. Esse é um discurso útil aos que sabem que vão perder.


        Neste jogo, quem realmente é candidato não se lança com antecedência. Por isso, achei que não foi muito estratégico da parte do PT lançar logo o nome de Waldenor. Os que possuem lastro não se apressam, se resguardam, pois sabem que vão ser atacados e um alvo fácil até às eleições. Por isso, qual a vantagem de sair faltando tanto tempo? A estratégia de lançar um nome com tanta antecedência pode ser prejudicial para a campanha e para o candidato em questão.


     Primeiramente, ao anunciar uma candidatura com muita antecedência, o político expõe-se a um período prolongado de ataques e críticas dos adversários. Durante esse tempo, os opositores têm a oportunidade de estudar o candidato, suas propostas e sua trajetória política, buscando pontos fracos para explorar durante a campanha. Além disso, a exposição prolongada pode levar a um desgaste da imagem do candidato, tornando-o menos atraente para os eleitores.


        Além disso, ao lançar um nome tão cedo, o candidato perde a chance de aproveitar momentos estratégicos ao longo do período eleitoral. É comum que haja momentos de maior visibilidade e interesse público durante a campanha, como debates, entrevistas e eventos políticos. Se o candidato já estiver em campanha há muito tempo, esses momentos podem perder impacto e relevância, uma vez que o público já está saturado de informações e discursos.


           Outro ponto importante a considerar é a volatilidade do cenário político. Política é uma arena dinâmica, e muitas coisas podem mudar durante o período que antecede as eleições. Novos acontecimentos, escândalos, mudanças de conjuntura e até mesmo a emergência de novos candidatos podem alterar significativamente o panorama eleitoral. Lançar um nome com muita antecedência limita a flexibilidade do partido e do candidato para se adaptarem a essas mudanças e aproveitarem oportunidades que possam surgir.


              Por fim, é importante considerar que uma pré-candidatura lançada muito cedo pode gerar desgaste e desinteresse entre os eleitores. A política é um tema que muitas vezes cansa e desmotiva as pessoas, e uma campanha prolongada pode contribuir para a apatia e descrença na política como um todo. Ao deixar o anúncio da candidatura para um momento mais próximo das eleições, há uma maior chance de despertar o interesse e a mobilização dos eleitores, uma vez que a disputa política estará mais próxima e tangível.


             Em resumo, lançar um nome para as eleições com tanta antecedência não é uma estratégia inteligente. Expor-se a ataques prolongados, perder momentos estratégicos da campanha, limitar a flexibilidade diante de mudanças e gerar desinteresse entre os eleitores são apenas algumas das consequências negativas dessa decisão. É importante que os políticos e os partidos avaliem cuidadosamente o momento mais adequado para lançar suas candidaturas, visando maximizar suas chances de sucesso e conquistar a confiança dos eleitores

ARTIGO - A trágica realidade por trás das desculpas: a irresponsabilidade das informações falsas. (Padre Carlos)

 

Desculpas Não Trazem Vidas de Volta




   Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas por difundir informações falsas sobre a vacina contra a COVID-19. Embora seja importante reconhecer e corrigir erros, é fundamental lembrar que as mentiras têm consequências.


   Durante a pandemia, muitas pessoas confiaram nas informações divulgadas pelo governo e tomaram decisões com base nelas. Infelizmente, algumas dessas informações eram falsas e levaram a escolhas que colocaram em risco a saúde e a vida de muitos brasileiros.


       O pedido de desculpas do ex-presidente não vai trazer de volta as vidas perdidas pela contaminação do vírus. É importante que os líderes políticos sejam responsabilizado pelas informações que divulgam e pelas consequências de suas ações.


   Como cidadãos, devemos continuar exigindo transparência e responsabilidade de nossos líderes. A verdade é fundamental para tomar decisões  e proteger a saúde e o bem-estar de todos.


No entanto, devemos reconhecer que nem todos têm o mesmo acesso à informação e a recursos para discernir a verdade. É por isso que a responsabilidade recai ainda mais sobre aqueles que estão no poder. Eles têm o dever de proteger e guiar aqueles que confiam em suas palavras.


Desculpas não trazem vidas de volta. A gravidade das consequências geradas pela propagação de informações falsas durante a pandemia deve ser levada a sério. É essencial que ações sejam tomadas para evitar que tragédias semelhantes ocorram novamente no futuro. O respeito pela verdade e pela responsabilidade são fundamentais para garantir um futuro mais seguro e saudável para todos nós.




segunda-feira, 19 de junho de 2023

ARTIGO - Trump confessa plano de tomar o petróleo da Venezuela. (Padre Carlos)

 


Mais do que retórica, era roubo mesmo!

 


Em uma entrevista recente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confessou que durante seu mandato, seu país tinha um plano para sabotar a Venezuela. Trump alegou que a trama envolvia “tomar o controle do país e pegar todo o seu petróleo”, aproveitando-se da situação de crise e instabilidade que vive a nação presidida pelo ditador Nicolás Maduro.

Esta declaração de Trump não é surpreendente, mas sim reveladora. Mostra que o plano de Trump para a Venezuela não era apenas trazer democracia para o país ou ajudar seu povo. Era sobre tomar o controle de seus recursos e explorar seu estado vulnerável.

Trump nunca escondeu seu interesse pelo petróleo venezuelano, que é um dos maiores do mundo. Em 2017, ele chegou a sugerir uma intervenção militar na Venezuela, dizendo que era “certamente uma opção” e que os Estados Unidos tinham “muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se necessário”.

Em 2019, ele impôs sanções ao setor petrolífero venezuelano, proibindo as empresas americanas de negociar com a estatal PDVSA. Essas sanções afetaram gravemente a economia venezuelana, que depende em grande parte das exportações de petróleo. Segundo a ONU, as sanções exacerbaram a crise humanitária na Venezuela, causando escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis.

Em 2020, Trump tentou apoiar um golpe fracassado contra Maduro, liderado pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, que contou com a participação de mercenários americanos. A operação foi um fiasco e resultou na prisão de vários envolvidos.

Agora, em 2023, Trump admite que seu objetivo era tomar o petróleo da Venezuela, sem se importar com as consequências para o povo venezuelano ou para a estabilidade regional. Sua confissão é uma prova de que sua política para a Venezuela era movida por interesses econômicos e geopolíticos, e não por valores democráticos ou humanitários.

A situação na Venezuela é complexa e requer uma abordagem matizada. Sabotar o país e tomar seus recursos não é a solução. A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para encontrar uma solução pacífica e sustentável para a crise na Venezuela, respeitando sua soberania e seus direitos humanos.

 


ARTIGO - A importância da liberdade de voto e a necessidade de diálogo na política partidária. (Padre Carlos)

 

 

 


Liberdade de voto e diálogo: PCdoB e PT.

 








      O debate político sempre foi marcado por divergências, estratégias e tomadas de decisão que refletem a multiplicidade de ideias e visões presentes em uma sociedade democrática. Recentemente, uma declaração do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Vitória da Conquista, chamou a atenção para a postura dos vereadores do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em relação a um empréstimo solicitado pela prefeitura junto à Caixa Econômica. Essa situação evidencia a importância da liberdade de voto e a necessidade de diálogo e unidade dentro de uma federação partidária.

   É fundamental ressaltar que os vereadores do PCdoB, assim como os independentes, possuem a prerrogativa de votar nas propostas que julgam ser as melhores para a cidade. Essa liberdade é a essência da democracia representativa, na qual os legisladores devem estar atentos aos interesses da população e às demandas locais. A possibilidade de exercer essa autonomia de voto é crucial para garantir que as decisões tomadas no legislativo sejam representantes oficiais.

      Nesse sentido, é necessário compreender que não foram apenas dois vereadores, mas toda a bancada do PCdoB que se posicionou favoravelmente ao empréstimo. Portanto, quando o presidente do PT se referiu aos vereadores do PCdoB, ele estava conduzindo sua crítica a um partido em sua totalidade, não a indivíduos isolados. Essa diferenciação é importante para evitar generalizações e equívocos que possam prejudicar o diálogo e a busca pela unidade.

       Ao abordar a liderança da bancada de oposição, é crucial destacar a necessidade de capacidade de diálogo e de buscar uma visão de conjunto. A liderança deve ter a habilidade de promover o debate, incentivar o consenso e trabalhar em prol dos interesses comuns da bancada, não de partido e, principalmente, da população. A pluralidade de ideias e o respeito às divergências são fundamentais para fortalecer a democracia interna e externa.

          Diante dessa situação, é importante que as federações partidárias repensem suas relações e busquem uma liderança que possa representar toda a bancada. O diálogo, a busca pela unidade e a valorização da diversidade de opiniões são elementos essenciais para fortalecer os partidos políticos e a própria democracia. É necessário superar visões sectárias e focar em construir um ambiente político de forma saudável, onde as divergências sejam respeitadas e a busca pelo bem comum prevaleça.

         O caso em questão deve servir como um ponto de reflexão para os partidos políticos, especialmente o PT e o PCdoB, no sentido de reavaliar suas dinâmicas internas e a forma como lidam com divergências. A liberdade de voto, o respeito à autonomia dos legisladores e a busca pelo diálogo são fundamentais para a construção de uma política mais plural, inclusiva e representativa.

     Acredito que é possível fortalecer o sistema democrático por meio do debate respeitoso e da valorização das diferentes perspectivas. É necessário que os partidos políticos compreendam que a diversidade de opiniões dentro de suas fileiras é uma riqueza a ser explorada, e não motivo de discordância ou confrontos.

   Em vez de censurar ou criticar publicamente a posição dos vereadores do PCdoB, é fundamental que a direção do Partido dos Trabalhadores abra espaço para o diálogo interno. Promova reuniões, debates e espaços de discussão onde as divergências possam ser expostas e compreendidas é uma maneira saudável de fortalecer a coesão da federação. Afinal, é justamente por meio do debate e da troca de ideias que se constrói uma federação de partido sólida e capaz de representar verdadeiramente os anseios da sociedade.

       Além disso, é reafirmar a importância da busca pela unidade em torno de objetivos comuns. Embora haja divergências e discordâncias, é fundamental que os partidos de uma federação encontrem pontos de convergência e trabalhem juntos em prol do bem-estar da população. A política é uma atividade coletiva, e a superação de interesses individuais em prol de um bem maior é essencial para o fortalecimento da democracia.

     Por fim, é necessário também que a população compreenda a complexidade do trabalho parlamentar e a importância da liberdade de voto dos vereadores. Os legisladores devem ser capazes de exercer seu mandato de forma independente, votando de acordo com suas convicções e o interesse público. Cabe à sociedade acompanhar o trabalho dos vereadores, cobrar transparência e participar ativamente do debate político, confiante para a formação de uma opinião pública e engajada.

         Em suma, o recente discutido em torno da posição dos vereadores do PCdoB em relação ao provimento da prefeitura é um exemplo claro da importância da liberdade de voto e do diálogo na política partidária. É fundamental que as federações partidárias promovam a pluralidade de ideias, respeitem as divergências e busquem a unidade em torno de objetivos comuns. Somente assim será possível fortalecer os partidos políticos e construir uma sociedade mais democrática, participativa e inclusiva.

 

 


domingo, 18 de junho de 2023

ARTIGO - O exemplo de fé, esperança e caridade do Papa Francisco. (Padre Carlos)

 




Papa Francisco agradece as orações 




      O Papa Francisco mostrou mais uma vez a sua humanidade e proximidade com os fiéis ao agradecer as demonstrações de afeto que recebeu durante a sua hospitalização. O líder da Igreja Católica, que foi submetido a uma cirurgia abdominal no início do mês, reapareceu este domingo na janela do hospital para rezar o Ângelus e dirigir algumas palavras aos presentes e aos que o acompanharam à distância.

      Francisco reconheceu que o apoio e a amizade que lhe foram manifestados foram de grande ajuda e conforto para a sua recuperação. Com esta atitude, o Papa demonstrou mais uma vez a sua humildade e simplicidade, características que o tornaram tão popular e querido entre os católicos e não só.

      O Papa também aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem de solidariedade aos doentes e aos profissionais de saúde que cuidam deles, especialmente neste tempo de pandemia. Francisco pediu que se reze pelos enfermos e pelos que sofrem, e que se valorize o trabalho dos médicos, enfermeiros e demais funcionários dos hospitais.

      O Papa Francisco é um exemplo de fé, esperança e caridade para todos nós. A sua hospitalização não foi um obstáculo para a sua missão pastoral, mas sim uma oportunidade para testemunhar o seu amor pela Igreja e pela humanidade. Que Deus o abençoe e o proteja sempre.


ARTIGO - Rui Costa e a luta contra a distinção regional. (Padre Carlos)

 


 

Preconceito contra Rui




     O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma diversidade cultural, social e econômica enorme. No entanto, nem sempre essa riqueza é valorizada e respeitada. Muitas vezes, há uma visão preconceituosa e discriminatória em relação a algumas regiões, especialmente o Nordeste.

        Um exemplo recente dessa postura é o que vem ocorrendo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que é baiano e foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos. Apesar de ter sido um dos primeiros nomes anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor o novo governo, Rui Costa vem sofrendo um processo de “fritura” por parte de parlamentares e até por colegas de governo.

          Entre os motivos para essa fritura estão a falta de articulação do ministro com o Congresso Nacional, a sua postura técnica e discreta, e o seu perfil considerado presidenciável dentro do PT3. Além disso, há uma resistência de setores do partido e de aliados em aceitar a liderança de um nordestino na pasta mais importante do governo.

     Essa situação revela um preconceito velado contra o Nordeste, que ainda é visto por muitos como um mero celeiro de votos e um espaço na federação que tem menos direitos e importância que as regiões do Sudeste e do Sul. Essa visão ignora a contribuição histórica, cultural e econômica do Nordeste para o país, bem como a sua diversidade interna.

       O preconceito contra o Nordeste também coloca em xeque a própria coerência da esquerda, que se diz defensora da democracia, da igualdade e da inclusão social. Como pode um partido que se orgulha de ter eleito o primeiro presidente operário e nordestino do Brasil, agora discriminar um ministro que tem origem popular e sindical similar à de Lula?

        Rui Costa segue no cargo por contar com a amizade e o reconhecimento do presidente, mas isso não basta para garantir a sua efetividade e a sua legitimidade. É preciso que haja uma mudança de atitude por parte dos que tentam minar o seu trabalho e dos que se calam diante dessa injustiça. O Nordeste merece respeito e representatividade. O Brasil precisa superar o preconceito regional e valorizar a sua diversidade.


ARTIGO - Do tribunal ao manicômio: os riscos da estratégia de defesa de colocar em dúvida a sanidade. (Padre Carlos)

 




Roberto Jefferson: entre a liberdade e o manicômio judicial

 




          A estratégia da defesa jurídica é uma parte fundamental no sistema judicial. Os advogados estão constantemente buscando argumentos que possam beneficiar seus clientes, seja questionando a legalidade das provas apresentadas ou colocando em dúvida a responsabilidade do acusado pelos atos cometidos. No entanto, há momentos em que essa estratégia pode se tornar um verdadeiro tiro no pé, colocando em risco a própria liberdade do cliente.

          Recentemente, o ex-deputado federal Roberto Jefferson passou por exames psiquiátricos em um hospital particular no Rio de Janeiro. Sua defesa alegou que o político emagreceu significativamente durante os meses em que esteve preso preventivamente e que ele tem relatado ouvir vozes. Essa alegação visa, provavelmente, colocar em dúvida sua sanidade mental e, assim, evitar que ele seja responsabilizado pelos crimes pelos quais é acusado.

          No entanto, é importante refletir sobre as consequências dessa linha de defesa. Ao questionar a sanidade mental do cliente, a defesa corre o risco de levantar suspeitas sobre sua capacidade de discernimento e controle de suas ações. Caso as autoridades judiciais entendam que Roberto Jefferson realmente apresenta problemas mentais graves, isso poderia resultar em sua internação em um manicômio judicial.

          Um manicômio judicial, como o próprio nome sugere, é uma instituição destinada ao tratamento e custódia de pessoas que são consideradas inimputáveis, ou seja, incapazes de responder criminalmente por seus atos devido a transtornos mentais. Embora tenha havido avanços significativos na reforma psiquiátrica e no tratamento de pessoas com problemas mentais, a ideia de ser privado de sua liberdade e submetido a um ambiente de internação compulsória certamente não é agradável para ninguém.

          Além disso, a estratégia da defesa de colocar em dúvida a sanidade mental de um cliente pode prejudicar a credibilidade do próprio acusado perante o público e os jurados. Ao tentar escapar da responsabilização pelos atos cometidos, o cliente pode acabar sendo visto como alguém que está simplesmente buscando uma desculpa para evitar as consequências de suas ações.

          É importante ressaltar que a saúde mental é um assunto sério e deve ser tratado com o devido cuidado. Casos em que há dúvidas sobre a capacidade mental de um acusado devem ser avaliados por profissionais especializados, a fim de garantir uma análise justa e precisa. No entanto, é fundamental que a estratégia da defesa seja utilizada de forma responsável, considerando todas as possíveis consequências para o cliente.

          No caso de Roberto Jefferson, somente o tempo dirá qual será o desfecho de sua situação legal e qual será o impacto da estratégia adotada por sua defesa. Mas essa notícia serve como um alerta para os advogados e para a sociedade em geral, de que colocar em dúvida a sanidade mental de um cliente pode não ser uma estratégia tão vantajosa quanto parece à primeira vista. O risco de acabar em um manicômio judicial deve ser levado em consideração, juntamente com outras consequências negativas para a imagem

 

 

 


ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...