O
indulto de Bolsonaro constitui um atentado contra a dignidade humana.
Hoje ao
receber a notícia que a presidente do Supremo
Tribunal Federal, Rosa Weber, tinha suspendido nesta terça-feira de forma
cautelar o indulto concedido em dezembro pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a
polícias condenados pelo massacre na prisão do Carandiru, voltei a acreditar
que um dia a justiça possa acontecer. Esta medida foi importante para que o estado
que é o grande responsável por estas vidas, tomassem providencia para que se
faça justiça e não deixar jamais repetir tal barbárie.
Para
quem não lembra ou não era nascido, em 2 de outubro de 1992, a Polícia Militar (PM) invadiu o Pavilhão 9 da Casa de Detenção,
na Zona Norte da capital paulista, para tentar conter uma rebelião de presos que
era transmitida ao vivo pela TV. Vinte minutos depois, tinha terminado a
rebelião dentro do presídio com mais de 100 detentos mortos a tiros ou facadas.
Os policiais militares que participaram da
incursão foram julgados e responsabilizados pelas mortes na Justiça. Para o Ministério Público
(MP) houve execução de detentos que já estavam
rendidos.
O Último indulto de Natal
de Bolsonaro perdoando PMs condenados pelo Massacre do Carandiru em SP foi um
golpe aos Direitos Humanos e ao Estado de Direito. A decisão responde a um pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou que o indulto concedido
por Bolsonaro em 23 de dezembro, pouco antes de deixar o poder, constitui um
"atentado contra a dignidade humana e os princípios de direito internacional
público.”.
Gostaria de afirmar, que o indulto concedido por Bolsonaro perdoando estes PMs, configura uma
violação aos Direitos Humanos. A sociedade
brasileira espera das suas autoridades que investigue, processe e puna de forma
séria e efetiva os responsáveis pelo massacre.