terça-feira, 10 de janeiro de 2023

ARTIGO - A invasão começou a ser planejada a 5 de janeiro. (Padre Carlos)

 


Uma tragédia anunciada no WhatsApp

 


 

Indo direto ao ponto, como podemos chamar de manifestação política um ato terrorista  de utradireita que já vinham ameaçando a democracia nas portas dos quarteis?  ... Ou seja, nunca se tratou de uma manifestação e sim, de um ato de terrorismo contra o estado de direito. Segundo fontes não oficiais, a invasão começou a ser planejada a 5 de janeiro. Nos EUA, Biden é pressionado a expulsar de solo norte-americano Bolsonaro, diante das articulações que aconteciam nas redes sociais e era de domínio público.

Já era fim de tarde de domingo em Brasília quando as forças policiais retiraram os últimos manifestantes que ocupavam o Congresso, pondo fim à tentativa fracassada de golpe, que começara quatro horas antes, com a invasão dos edifícios dos poderes legislativo, executivo e judicial do Brasil.

Contudo, as cenas de caos e destruição não deveriam ser uma surpresa para as autoridades e órgãos de informações que deveriam está monitorando estes elementos. Há várias semanas que, um pouco por todo o Brasil, decorriam protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro, que contestam a vitória de Lula nas eleições presidenciais. Os pedidos de uma intervenção militar antidemocrática que tomasse o poder no país culminaram na chegada de dezenas de ônibus a Brasília com centenas de manifestantes que furaram as barreiras de segurança da polícia montadas à volta da Praça dos Três Poderes e invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

A ideia teria começado a ganhar forma através de mensagens em grupos do WhatsApp que sugeriam “tomar as ruas” da capital do país e recomendavam “trazer equipamentos como capacetes, luvas, coletes, máscara de gás e óculos de natação contra efeito de gases”. De acordo com a plataforma Palver, responsável por monitorar cerca de 17 mil grupos que partilham conteúdo sobre política aqui no Brasil, as mensagens teriam começado a circular no WhatsApp,  a partir do dia 5 de janeiro, cita a agência de combate à desinformação Lupa.

Não é segredo nenhum que parte das forças de segurança está do lado de Bolsonaro e isto poderia ter sido um componente nesta ação criminosa. O discurso do ex-presidente ao longo de seu mandato construído em torno da importância da segurança garantiu-lhe aliados na polícia e nas forças armadas.

Não podemos fecha os olhos e achar que nada aconteceu! Se agirmos assim, o país vai virá ruína e se afundar na vala onde a justiça é feita pelo calibre da bala. Diante de tanta violência e evidencias de omissão e falta de profissionalismo com a segurança da res publica, coisa do povo, ou seja, as diversas coisas da sociedade pública, às quais todos (o povo) têm igual direito, pedimos nada mais que se faça justiça.

 


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