quinta-feira, 19 de novembro de 2020

ARTIGO - 2 º turno em Vitória da Conquista tem duelo de gestões (Padre Carlos)

 


       2 º turno em Vitória da Conquista tem duelo de gestões

Os votos apurados no domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais, em Vitória da Conquista, trouxeram a consolidação de uma tendência que se mostrou mais forte na semana imediatamente anterior ao pleito: a migração dos votos de extrema-direita para o atual prefeito Herzem Gusmão (MDB), escolhido por pouco mais de 45,89% dos eleitores da capital do Sudoeste baiano – considerando-se os votos válidos – para disputar o segundo turno com o professor José Raimundo, PT. Zé, que liderou todo o pleito e as intenções de voto, teve pouco mais de 47,6% dos votos válidos (ou cerca de 81 mil em números absolutos).


Sobre as abstenções, os números chegaram a cerca de 18,87% do total de eleitores – números até três pontos percentuais abaixo da eleição de 2016, considerando-se os últimos pleitos. Essa queda dos números de abstenções está ligado, a priori, a uma certa polarização da eleição, achava-se que com o contexto da pandemia de Covid-19 e às facilidades de se justificar a ausência do comparecimento às urnas estes números seriam superiores ao da eleição passada. Agora no segundo turno, caberá aos candidatos que permanecem no pleito a busca de parte desses votos, que podem ser decisivos nesta “segunda volta”, na qual há uma promessa de grande acirramento.

O segundo turno das eleições em Vitória da Conquista, confirma uma polarização similar a que se viu em 2016, na nossa cidade.  De um lado, Zé Raimundo, um candidato de esquerda e que conseguiu montar um grupo de vários partidos em torno do seu nome e da sua vice – a jornalista Luciana Oliveira Pereira, do PCdoB.  Zé tenta usar a seu favor, também, o fato de ter governado Conquista entre os anos de 2003 e 2007, gerando um certo recall sobre obras e projetos e desenvolvidos por ele nesse período.

Em um espectro ideológico oposto, o atual prefeito, Herzem Gusmão, busca consolidar a tríade de conceitos – Deus, Pátria e Família – pregando a manutenção do seu mandato e buscando vincular sua imagem a valores conservadores, com um discurso de continuidade ao atual cenário em que a cidade vive.

No campo do Legislativo Municipal, os eleitores optaram em renovar em pouco mais de 50% a Câmara dos Vereadores. Dos 21 parlamentares eleitos, 9 vão exercer o mandato pela primeira vez. E três retornam a casa depois de alguns anos.


Com a Câmara bastante renovada e definida, o conquistense volta às urnas no dia 29 de novembro para escolher o seu próximo prefeito, que será o chefe do Executivo Municipal entre 2021 e 2024, com grandes desafios em pautas como a crise do transporte urbanas, as obras paradas por falta de dinheiro e planejamento, a segurança pública, com uma guarda municipal sem infraestrutura, entre outras tantas questões que coabitam a cidade com uma população sofrida e ansiosa por melhorais.

 

 

 

 

 

Um comentário:

Unknown disse...

Zé e Lú, são os melhores para o Desenvolvimento humanizado em Vitória da Conquista. É Zé e Lú 13.

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...