Os crimes da Lava
Jato
Como profissional
na área de filosofia, venho constatando que um dos grandes problemas
enfrentados pela sociedade brasileira, com certeza é as questões éticas e
morais. Desta forma, podemos afirmar que o elemento duvidoso da Lava-Jato, não esta
somente na metodologia de encaminhar as questões tendo como parâmetro dois pesos
e duas medidas, mas, na falta de imparcialidade das suas sentenças.
Foi
com um sentimento de revolta, que recebi as notícias da forma como alguns membros
do Ministério Público e o Judiciário trataram as questões tão relevantes como
foi esta força tarefa. Pedir a Deus força para enfrentar toda esta sujeira. Na
hora me veio à passagem do evangelista Lucas: “Porque não há nada oculto que
não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e
trazido à luz.”.
No mundo em que vivemos
hoje, globalizado e vigiado, é cada vez mais difícil esconder alguma coisa do
grande público. A vida privada se tornou bastante pública. Temos vigilância no
nosso trabalho, nas ruas, nas repartições públicas e privadas. Assim como fala
o Livro Santo, foi revelado que o ex-juiz
Sergio Moro e membros do Ministério Público, trocaram informações e colaboraram
na Operação Lava-Jato, incluindo nos processos que levaram à condenação de Lula,
revela investigação do site The Intercept com
base em mensagens de rede social.
Para advogados e juízes ouvidos sobre esta questão, o
caso coloca em dúvida a imparcialidade de Moro, agora ministro da justiça do
governo liderado por Jair Bolsonaro. O
ministro Marco Aurélio Mello, sublinhou que "a equidistância do órgão
julgador tem de ser absoluta".
No
conteúdo divulgado neste domingo são expostas mensagens de Moro sugerindo ao
MPF trocar a ordem de fases da Lava Jato e exigindo a realização de novas
operações chegando a dar conselhos e pistas e antecipando, pelo menos, uma decisão
judicial.
Hoje podemos entender porque O juiz
Mouro distanciou-se dos interesses público e visando exclusivamente contemplar
interesses de sua notável predisposição, o representado disponibilizou conteúdo
de uma delação sem provas poucos dias antes do pleito, com direcionamento
partidário explícito, para atender aos interesses de criminalização de
determinados indivíduos e da vida pessoal e política de certos investigados,
sob o descompromisso com a preservação da legalidade e dos pressupostos do
Estado Democrático de Direito, cujos valores éticos são de sua obrigação preservar.··.
Padre
Carlos