quinta-feira, 9 de julho de 2020

ARTIGO - Se o eleitor quer mudança ele deve fazer política (Padre Carlos)





Se o eleitor quer mudança ele deve fazer política



O início de setembro, será a data limite para que os partidos políticos realizassem as convenções eleitorais, definindo os seus candidatos para o executivo municipal e para o legislativo. Um fato novo nesta eleição diz respeito as formas de fazer política, devido à crise sanitária que passa o país. Desta forma, as convenções poderão ser realizadas via teleconferência. Durante o tempo que antecede este evento, os partidos precisarão expressar a necessidade de diálogo com outros, a fim de poderem compor as coligações, montando as suas estratégias. Individualmente, as lideranças partidárias precisam pensar quais decisões tomarão, na busca de melhores condições de assegurarem suas escolhas para as chapas majoritárias e proporcionais. E desta forma, partidos e políticos caminham juntos em clima de disputa política, montando os planos e estratégias de ataques com vistas à vitória.
Em um período delicado em que a vida dos brasileiros é duramente atingida pelos efeitos da crise sanitária que tem ceifado várias vidas em nossa região e em todo o país, produzida pela irresponsabilidade deste governo que se instalou no Planalto e dos seus aliados nos municípios – abalando, inclusive, a autoestima da sociedade e a confiança das pessoas em relação ao futuro – é fundamental que a oposição assuma também o seu caráter de contra ponto e um projeto alternativo que ofereça à população uma nova perspectiva, um novo olhar, um novo caminho que amplie os horizontes pós pandemia.   Temos que dialogar com todos os partidos, mas ter como referência a Frente Conquista Popular e seu caráter de esquerda, para não esqueçamos nossa pauta que é a defesa do povo desta terra e de todos os brasileiro e do seu patrimônio.
Diante disto, é necessário entender que a política é o instrumento que pode e deve nos levar a estas conquistas. Assim, entendemos esta como a ciência do governo dos povos, a arte de fazer o bem comum ou a arte de dialogar para construir consensos. Na teoria tudo isto parece verdade, porém, na prática o que estamos vendo no último tempo tem sido algo muito diferente. Daí tantas as interpretações, como as que se seguem: do filósofo florentino Nicolau Maquiavel, “a política é a arte de enganar”; o político quando entra na sua casa para pedir seu voto, não vai lhe falar que é um liberal e acha que o estado não deve investir em saúde e educação. Tem uma expressão do poeta espanhol Antônio Machado, que eu gosto muito de citar “fazei política, porque se não alguém a fará por vós e provavelmente contra vós”.
O conquistense deve ter consciência quando for escolher seu candidato a prefeito e vereador. Se o eleitor quer mudança ele deve fazer política, ele tem que entender que “não é a política que faz o candidato virar ladrão, é o seu voto que faz o ladrão virar político”. O progresso de Vitória da Conquista e de todo sudoeste baiano requer que “você seja verdadeiramente a mudança que quer ver no nosso município”, o conquistense precisa “utilizar seu voto como um instrumento de mudança na construção social, elegendo candidatos comprometidos com a mudança para que o próximo prefeito possa ter uma maioria na Câmara de Vereadores e assim tenha força política suficiente para colocar de volta nos trilhos o desenvolvimento da nossa cidade.


ARTIGO - Renovar ou preservar o que está dando certo? (Padre Carlos)







Renovar ou preservar o que está dando certo?



Tenho me preocupado com uma onda de renovação sem critério e uma campanha contra a classe política colocando todos os representantes daquela casa como incapaz e maus políticos. Temos vereadores atuantes em Vitória da Conquista que tem defendido naquela tribuna os interesses do povo conquistense e que tem se tornado nestes anos como uma referência para seus pares. Desta forma, precisamos entender que estes mandatos são de fundamental importância e lutar para manter estes companheiros ´´e tão importantes como lutar pela renovação.
Sei que neste momento por questões sanitária, não é permitido a aglomeração de pessoas, mas como o calendário eleitoral não para, as convenções partidárias deverão acontecer até a primeira quinzena de setembro. Assim, é muito importante a gente dedicar um tempinho da nossa vida para poder compreender o que está acontecendo na nossa cidade e como podemos intervir para que possamos arregaçar as mangas e participar da construção de uma Conquista que seja fruto das nossas Vitórias. Uma Vitória da Conquista para todos.
Tenho muitos amigos que resolveram se lançar pré-candidatos, pessoas que tenho um profundo respeito pela sua história de vida e que existe um grau de amizade muito grande comigo. Mas avaliando a atual conjuntura, acredito que o momento é de lutar para manter os mandatos combativos que temos hoje, entre estes, posso citar o do Prof. Coriolano Morais. Este mandato tem sido o diferencial na luta contra este prefeito que tem buscado destruir este projeto que a Frente Conquista Popular, levou vinte anos para construir.
Não é só por bairrismo, mas é preciso separar a discussão sobre a nossa cidade da pauta nacional.
Sim, porque na tarefa de interromper o governo Bolsonaro, precisamos ter maturidade para formar alianças amplas, que incorporam inclusive sujeitos políticos mais alinhados às pautas conservadoras. Contra o atual presidente, não é esquerda x direita. É república x barbárie.
E quem tiver do lado da república está do meu lado.
Aqui é diferente. Estamos há quase 04 anos sendo governados por um radialista político que se alinhou mais com as pautas das elites que as do povo. Temos hoje uma gestão que optou por não universalizar a saúde básica, que deixou centenas de crianças fora das creches e escolas por falta de vagas,  transportes e merenda; que não tem política pública definidas, que não se importa com a cultura, que gasta milhões com propaganda, que acredita que a cidade é só a Olívia Flores, que inicia uma obra como o novo terminal da Lauro de Freitas em plena pandemia, que corta salários de funcionários etc. Uma gestão que, apesar de ter dado uma resposta rápida à pandemia do Covid 19, hoje tem cedido às pressões políticas e financeiras, afrouxando assim, as medidas de quarentena e jogando loteria com as vidas das pessoas – em especial as que são mais vulneráveis.
Todo esse cenário fez com que esta gestão – e seus vereadores – se afastassem de suas bases a zona rural e os bairros periféricos.
Desta forma, tenho presenciado no dia-a-dia, o trabalho dos vereadores de oposição e em especial do Professor Cori, que vem fazendo a cada pronunciamento uma oposição séria na Câmara Municipal. Sou testemunha que nestes anos, este mandato tem sido construído com cada um e cada uma de vocês, ele representou um projeto coletivo que depende da gente. Por isto, precisamos manter este instrumento de luta. Temos que lutar para manter nossos quadros que sabe fazer na Câmara o enfrentando ao conservadorismo, defendendo nossos direitos e lutando por uma cidade mais justa e igual.
         Quem mais lutou pelos professores e pelos funcionários público como um todo, quem mais denunciou as questões do transporte público, quem mais lutou para que o Correios não fosse privatizado. Assim, cada sim, cada panfleto, cada compartilhamento, cada curtida, cada convencimento será essencial. Essa vitória será de todas e todos nós!
Precisamos lutar por uma renovação, sem perder de vista a necessidade de preservar o que vem dando certo. Assim, como os pré-candidaturas de esquerda tem todo o direito de lutar pelos seus projetos, o mandato combativo também tem direito a reelege-se.


terça-feira, 7 de julho de 2020

ARTIGO - Pós-pandemia e a Igreja (Padre Carlos)







Pós-pandemia e a Igreja



Apesar de ainda estarmos longe de vencer esta pandemia, é hora de começar a refletir sobre que mundo queremos e qual mundo sairá desta crise sanitária. O Papa Francisco tem pedido aos fiéis que reflitam sobre este tema e traga esta discussão para sua comunidade de fé para que todos posam contribuir com este novo projeto. Assim, uma das grandes preocupações do Santo Padre, nos últimos tempos, tem sido a falta de utopia e esperança, ele levanta estas questões e chama a atenção das autoridades e dos fies para repensar um mundo mais solidário.
A construção de utopias para sonharmos com um Mundo melhor, poderá partir dos místicos e dos filósofos, da Igreja e da Academia das ruas e da sabedoria do servo sofredor. Estes profissionais do saber e da esperança, terão como elementos o sofrimento e a perplexidade da humanidade com tudo que está passando, para semear a esperança de um futuro para humanidade.
Esta pandemia exige repensar o atual modo de produção industrial, a semiescravidão do trabalho informal, demonstrando assim, que não se pode deixar de pensar em um Estado que cuida do seu povo e de investir nos sistemas de saúde pública como um direito a vida. Estes são, temas que precisam ser colocados na agenda política.
Quando passar esta crise, não podemos voltar a ter os mesmos comportamentos nem pensar da mesma forma, o mundo não é mais o mesmo. Temos que combater a "globalização da indiferença" e o "vírus do egoísmo" com os "anticorpos da justiça, da caridade e da solidariedade" como disse o Papa. Temos que combater as outras pandemias que não chegam ao nosso quintal, como são a fome, a guerra, a pobreza e a devastação do meio ambiente.
Já antes da pandemia era claro o rumo que Bergoglio traçou para Igreja. Ele sonha e luta por uma "Igreja conciliadora que não se esgota no rito, mas - juntamente com as celebrações - promove a sinodalidade e a formação não clerical do laicado, acolhe todos, socorre os débeis, denuncia as injustiças e a corrupção, procura humanizar a economia, colabora na criação de um Mundo melhor, principalmente na promoção dos últimos e no respeito pelo ambiente".
Este sacerdote sem ministério sublinha que este rumo da Barca de Pedro tem suscitado oposições dentro da Igreja, estranhando que entre os que buscam desqualificar o bispo de Roma se encontrem os que antes, "com outros papas, se consideravam fidelíssimos ao Sumo Pontífice e agora parecem ter perdido a tão exaltada fidelidade e obediência".
Neste contexto de pós-pandemia, a Igreja Católica é chamada a apoiar o Sucessor de Pedro na denúncia das injustiças e da corrupção, na condenação da guerra e na luta contra a pobreza, na defesa do meio ambiente e na humanização da economia. Todos os que remarem em sentido contrário arriscam-se a perder o bonde da história de uma Igreja em movimento. Não podem continuar fechados nas sacristias em discussões estéreis que só eles próprios valorizam.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

ARTIGO - O pastor Malafaia e o Governador Rui Costa (Padre Carlos)






O pastor Malafaia e o Governador Rui Costa

 

Em um ambiente onde fazer política tem sido um verdadeiro balcão de negócio, muitos pastores – de pequenas e grandes igrejas – se arvoram para pleitear um mandato. Correm atrás do voto em vez de correrem atrás das ovelhas do Senhor, de quem são co-pastores na verdade, não são dignos de ser chamados pastores. É por esta razão que Paulo testemunha dizendo: “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1 Co 15.10). Homens que foram chamados para cuidar do povo de Deus estão se embaraçando com negócios desta vida, contrariando o ensino apostólico (2 Tm 2.1-13). O texto é claríssimo. Não podemos dividir o ministério. Deve ser integral e exercitado de maneira íntegra.

 

Desta forma, presenciamos constantemente a explosão da mistura que causa religião com política. Apesar de ser impossível separá-las, é preciso ética e bom senso para trilhar nestes terrenos sinuoso e cheios de armadilhas. São assuntos que sempre caminharam juntos, não é um problema que a fé faça parte do discurso do candidato, contanto que seja acompanhada de respeito e uma postura ética, para evitar a proliferação do discurso de ódio entre os irmãos. Estes comportamentos de determinados pastores, tem provocado distorções inimagináveis dentro das igrejas e nos discursos evangélicos.

Quando lideranças religiosas esquecem suas pregações genuínas e aderem ao discurso do ódio, com xingamentos e baixarias à diversidade de opiniões políticas, é um grave sinal de que algo de muito tenebroso ronda essas lideranças amantes dos holofotes e muitos de seus incautos liderados ou admiradores.

A ideia de que os evangélicos se aglomeram como gado, com voz uníssona em favor de uma ideologia ou corrente política, é absurda. A expressão “rebanho do Senhor” tem um sentido bem diverso do que pensam certas lideranças religiosas (ou seriam meramente políticas?).

Sou católico e mesmo sem congregar com diferentes denominações religiosas, respeito as diferenças que existem entre nós, este comportamento é uma das características da democracia que seus falsos defensores insistem em ignorar.

O discurso do ódio do pastor Silas Malafaia, com agressões vis nas redes sociais, bolsonaristas acusando o governo estadual de ter demitido a médica após um vídeo dela para Bolsonaro, apesar da própria profissional ter pedido demissão por falta de tempo, causou um mal estar aos membros daquela Igreja e ao Governo da Bahia.

São comportamentos como este, que tem causado aos membros das igrejas e pastores que levam seu ministério a sério, se distanciam do tipo de política que mancha o Brasil. É a política baseada na mentira, em notícias que maquiavelicamente falseiam a verdade, a política da violência física e verbal e do desprezo a quem pensa diferente.

Os defensores dessa política nefasta, que tem em sua defesa Silas Malafaia como um dos principais expoentes, confundem fake news com notícias jornalísticas; calúnia e difamação – que são crimes – com liberdade de expressão; combate a mentiras cavilosas com censura.

 

 

Na verdade, Silas é bem crescidinho e sabe distinguir as coisas, o que é muito mais grave. Ele, que chamou nosso governador de cretino, acha que esse discurso do ódio e a pregação da mentira hão de prevalecer sobre o jornalismo investigativo, a política decente, sobre a diversidade legítima de opiniões.

 

Desta forma Malafaia se dirigiu ao governador do estado, “Esse cretino, o governador da Bahia, do PT, demitiu a médica Raissa Soares. […] Essa mulher tem construído um protocolo que tem salvado a vida de milhares de pessoas no sul da Bahia. E por que ela pediu a ajuda do presidente em medicamentos, ele demitiu a mulher. Coisa de cretino. Me processa, seu cretino. Eu vou fazer aqui as denúncias”.

Seu linguajar rasteiro e carregado de ódio é desprezível. Principalmente pela exposição na mídia que ele tem. Usa mal sua fama, sua verborragia, sua liderança. Tem plena convicção de que Deus é cabo eleitoral de Bolsonaro. Se isso não é má-fé, é caso para tratamento médico.

 

A prefeita Claudia Oliveira, concedeu entrevista ao site local, explicando que o governador não teve nenhuma participação, sobre o desligamento da médica, e que ela própria, já havia postado um vídeo falando sobre o seu desligamento do HRDLEM, e que no decorrer dia, a Dra. Raíssa daria mais explicações sobre este fato. O que fez Malafaia com medo de ser processado, emitir um vídeo se dizendo arrependido.

 

Não, Malafaia, meu governador não é cretino e tem pautado seu governo na defesa da democracia e da verdade dos fatos. Nosso governador é um político que pensa por si próprios, que investigara exaustivamente a matéria e decidi de acordo com suas próprias consciências.

Seria mais honesto de sua parte largar o púlpito e adotar o palanque.

 

 

 

 

 

 

 



sábado, 4 de julho de 2020

ARTIGO - Os leitos do SUS e o Hospital IBR (Padre Carlos)





Os leitos do SUS e o Hospital IBR


O Governo do Estado da Bahia, através da Secretária de Saúde, informou que foi feita uma inspeção surpresa de auditores do Sistema Único de Saúde (SUS) do Núcleo Regional de Saúde do Sudoeste e nesta operação de rotina, foi detectado que o Instituto Brandão de Reabilitação (IBR), em Vitória da Conquista, estava utilizando leitos exclusivos do SUS para pacientes que possuíam plano de saúde, o que representa uma falta grave  na relação contratual existente com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Além desta, foram encontradas outras irregularidades.
Diante de tais fatos, foram adotadas as seguintes medida de caráter imediato: determinou-se a rescisão contratual dos 30 leitos dedicados ao coronavírus (Covid-19).
Mesmo diante desse cenário de preocupação em que se encontra a nossa cidade, momento em que a solidariedade e a cooperação sociais se fazem necessárias, há aqueles indivíduos que em nada se preocupam com o próximo. E muito pior: há aqueles que veem na crise a possibilidade de enriquecer, desviando recursos destinados à saúde pública 
As denúncias de corrupção e mau uso do dinheiro público durante o estado de calamidade por conta da pandemia de coronavírus tem provocando um sentimento de revolta da opinião pública, bem como da classe política. Quando ficamos sabendo que na nossa cidade os leitos destinados aos pacientes do SUS, estariam sendo usados pelos usuários de planos de saúde, ficamos indignados e lamentamos a falta de ética e compromisso com as coisas pública. Estes escândalos revelam a necessidade de nossos representantes apresentarem medidas legislativas mais severas na tentativa de inibir novos casos.  Aproveitar-se da desgraça para desviar dinheiro poderia ser considerado crime hediondo, poderia ser proposto um projeto para elevar a pena para crime de peculato quando se trata de dinheiro para a saúde. Tem que punir exemplarmente, para que políticos empresários e funcionário públicos possam entender, que o crime não compensa.
Quando falo da falta de ética, corrupção, e mau uso do dinheiro público, não me refiro só o caso divulgado pela nossa impressa local, mas levanto estas questões, na esperança de sensibilizar nossas autoridades e o Ministério público, para que possamos defender punições rigorosas para empresários e administradores públicos corruptos que tentam tirar vantagem de uma situação tão complicada para o país. 

O IBR Hospital repudia a nota publicada pela Sesab e a considera como absurda e inverídica, em tempo que se sente usado em meio a um cenário de disputas políticas. Porém, não compete ao Hospital ou o Governo do Estado definir se houve ou não crime e quebra de contrato irregular, só a justiça poderá responder esta pergunta. O certo, é se for confirmada tal denuncia, abalará muito uma instituição como o IBR e levará muito tempo para que ela volte a gozar da respeitabilidade que até hoje contou com o povo desta terra



quinta-feira, 2 de julho de 2020

ARTIGO - Vai abrir: "Morra quem morrer" (Padre Carlos)




Vai abrir: "Morra quem morrer"



O prefeito do município de Itabuna, anunciou que na próxima quinta-feira o comércio desta cidade, vai ser aberto “ morra quem morrer”.

As declarações do chefe do executivo aparecem num vídeo difundido esta quinta-feira pelas redes sociais dos habitantes de Itabuna. Diante da forma como o representante do povo expressou o seu desprezo com as vidas dos itabunense e com suas famílias, terminou viralizando nas redes sociais devido à polémica em torno das palavras usadas pelo prefeito.

         “Mandei já fazer um decreto para que no dia 09 (de julho) abra, morra quem morrer", afirmou o prefeito Fernando Gomes, durante uma entrevista na quarta-feira.

Alguns prefeitos falam, outros usam métodos mais sofisticadas e tão letal quanto a língua: a caneta. O Ministério Público através da promotora Guiomar Miranda, não só vem recomendando, mas também buscou a revogação como medida para conter o aumento de casos na Pandemia da COVID-19, em Vitória da Conquista, no entanto a juíza de Direito Simone Soares de Oliveira Chaves, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Vitória da Conquista, encaminhou “com urgência, solicitação de análise técnica as autoridades competentes para se pronunciar sobre o assunto.

Depois da reabertura os números de infectados e óbitos dispararam em nosso município. Não resta outra alternativa para a nossa cidade que não seja o fechamento do comércio novamente em virtude do aumento de casos de pessoas que se infectaram nestes dias. Devido à grande movimentação que tem sido registrada diariamente no Centro desde que o comércio foi reaberto, podemos constar uma escalada do vírus em nossa cidade.  

        
Dezoito conquistense já morreram e apesar de contar 832 infectados com o covid-19 em nossa cidade, temos quase quatro mil casos com forte suspeita. O caso é sério!
Assim, tem prefeito que fala coma língua e outros com a caneta.

 




quarta-feira, 1 de julho de 2020

ARTIGO Amigos podem ser irmãos (Padre Carlos)









Amigos podem ser irmãos




Existe amigos em todas fases da nossa vida, estão sempre lá, gravados nas nossas lembranças. É como família, nosso sangue, nossa história. Por isso, se você tem amigos, mime-os, cultive-os, ame-os.
Já faz algum tempo que venho sentindo saudade de alguns amigos, saudade de um tempo, estou ficando meio “retrô”, saudosista, que guarda como um tesouro memórias de uma história de vida, de uma geração e das lutas que vivi. Como aqueles doces momentos da infância, que se perdem na Pituba da década de sessenta e sua suave inocência; as inquietações e descobertas da adolescência no Areal; a conquista de uma certa liberdade na juventude com a Igreja e a luta contra a ditadura; a passagem insegura para o mundo adulto. No seminário e ministério sacerdotal.
Em todas essas fases, há sempre aqueles com quem compartilhamos angústias e alegrias, paixões e desilusões, as confidências indiscretas. São os amigos mais chegados de determinada época – alguns já distante dos olhos, mas tão perto do coração! Posso dizer que contei com ouvidos atentos e ombros disponíveis! Tão alentador saber que ainda hoje posso contar com alguém que ora por nós, torce pelo nosso sucesso, sofre com nossas dores, ri das nossas piadas sem graça, aguenta firme quando damos “piti” por bobagem, nos passa bronca quando merecemos e aponta nossos erros sem a menor intenção de nos julgar. Amigo é assim, chega junto, sente saudade e às vezes chama a nossa atenção como se tivesse brigando.
Nesta semana ao saber da morte de uma amiga em Salvador, vítima do covid-19, me fez lembrar como é importante resgatar a memória destes amigos. Espero quando esta pandemia passar, poder rever colegas e amigos que fiz na Pituba, no Nordeste, na militância política e na Igreja. São mais de 40 anos de lutas e histórias que separam aquela juventude.  Alguns estarão mais gordos, carecas ou grisalhos. Todos com marcas do tempo no rosto.
Poderia ser um grande encontro, onde iriamos nos redescobrir jovens, ainda cheios de sonhos, ainda que os “sessenta” já tenha chegado, avisando que estamos no time dos legalmente idosos, com direito a carteirinha e tudo. E nós, ah, não estamos nem aí pra isso. Gostaria mesmo era de curtir as baladas dançantes de nossa época – toca Abba, Bee Gees e Dona Sommer aí, DJ – alheios às dores na coluna.
“Tô nem aí” será nosso brado uníssono para o avanço dos anos. Tô nem aí para as diferentes opções políticas de meus amigos – elas não nos arranham ou separam. Tô nem aí pra quem nos achar ridículos dançando discoteca – esses não entendem nada de genuína alegria. Quero mais é estar perto dos amigos e amigas que fizeram ou ainda fazem parte da minha história, sentir que o tempo não nos ergueu muralhas, que nossas escolhas não enfraqueceram nossos laços, que nossos destinos ainda fazem linha cruzada. E que, sim, amigos podem ser irmãos, com todas as suas características: cumplicidade, chatice, doçura…
Quero mais é ser feliz, que todos sejam felizes, mesmo com eventuais dores na alma e inevitáveis preocupações. Vamos parar o tempo, vamos nos permitir comemorar em festa.
E, nesse dia, vou afagar o passado com um carinhoso abraço de “bem-vindo ao futuro”.
Ô tempo bom!

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...