quinta-feira, 9 de julho de 2020

ARTIGO - Renovar ou preservar o que está dando certo? (Padre Carlos)







Renovar ou preservar o que está dando certo?



Tenho me preocupado com uma onda de renovação sem critério e uma campanha contra a classe política colocando todos os representantes daquela casa como incapaz e maus políticos. Temos vereadores atuantes em Vitória da Conquista que tem defendido naquela tribuna os interesses do povo conquistense e que tem se tornado nestes anos como uma referência para seus pares. Desta forma, precisamos entender que estes mandatos são de fundamental importância e lutar para manter estes companheiros ´´e tão importantes como lutar pela renovação.
Sei que neste momento por questões sanitária, não é permitido a aglomeração de pessoas, mas como o calendário eleitoral não para, as convenções partidárias deverão acontecer até a primeira quinzena de setembro. Assim, é muito importante a gente dedicar um tempinho da nossa vida para poder compreender o que está acontecendo na nossa cidade e como podemos intervir para que possamos arregaçar as mangas e participar da construção de uma Conquista que seja fruto das nossas Vitórias. Uma Vitória da Conquista para todos.
Tenho muitos amigos que resolveram se lançar pré-candidatos, pessoas que tenho um profundo respeito pela sua história de vida e que existe um grau de amizade muito grande comigo. Mas avaliando a atual conjuntura, acredito que o momento é de lutar para manter os mandatos combativos que temos hoje, entre estes, posso citar o do Prof. Coriolano Morais. Este mandato tem sido o diferencial na luta contra este prefeito que tem buscado destruir este projeto que a Frente Conquista Popular, levou vinte anos para construir.
Não é só por bairrismo, mas é preciso separar a discussão sobre a nossa cidade da pauta nacional.
Sim, porque na tarefa de interromper o governo Bolsonaro, precisamos ter maturidade para formar alianças amplas, que incorporam inclusive sujeitos políticos mais alinhados às pautas conservadoras. Contra o atual presidente, não é esquerda x direita. É república x barbárie.
E quem tiver do lado da república está do meu lado.
Aqui é diferente. Estamos há quase 04 anos sendo governados por um radialista político que se alinhou mais com as pautas das elites que as do povo. Temos hoje uma gestão que optou por não universalizar a saúde básica, que deixou centenas de crianças fora das creches e escolas por falta de vagas,  transportes e merenda; que não tem política pública definidas, que não se importa com a cultura, que gasta milhões com propaganda, que acredita que a cidade é só a Olívia Flores, que inicia uma obra como o novo terminal da Lauro de Freitas em plena pandemia, que corta salários de funcionários etc. Uma gestão que, apesar de ter dado uma resposta rápida à pandemia do Covid 19, hoje tem cedido às pressões políticas e financeiras, afrouxando assim, as medidas de quarentena e jogando loteria com as vidas das pessoas – em especial as que são mais vulneráveis.
Todo esse cenário fez com que esta gestão – e seus vereadores – se afastassem de suas bases a zona rural e os bairros periféricos.
Desta forma, tenho presenciado no dia-a-dia, o trabalho dos vereadores de oposição e em especial do Professor Cori, que vem fazendo a cada pronunciamento uma oposição séria na Câmara Municipal. Sou testemunha que nestes anos, este mandato tem sido construído com cada um e cada uma de vocês, ele representou um projeto coletivo que depende da gente. Por isto, precisamos manter este instrumento de luta. Temos que lutar para manter nossos quadros que sabe fazer na Câmara o enfrentando ao conservadorismo, defendendo nossos direitos e lutando por uma cidade mais justa e igual.
         Quem mais lutou pelos professores e pelos funcionários público como um todo, quem mais denunciou as questões do transporte público, quem mais lutou para que o Correios não fosse privatizado. Assim, cada sim, cada panfleto, cada compartilhamento, cada curtida, cada convencimento será essencial. Essa vitória será de todas e todos nós!
Precisamos lutar por uma renovação, sem perder de vista a necessidade de preservar o que vem dando certo. Assim, como os pré-candidaturas de esquerda tem todo o direito de lutar pelos seus projetos, o mandato combativo também tem direito a reelege-se.


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