Renovar
ou preservar o que está dando certo?
Tenho
me preocupado com uma onda de renovação sem critério e uma campanha contra a
classe política colocando todos os representantes daquela casa como incapaz e
maus políticos. Temos vereadores atuantes em Vitória da Conquista que tem
defendido naquela tribuna os interesses do povo conquistense e que tem se
tornado nestes anos como uma referência para seus pares. Desta forma, precisamos
entender que estes mandatos são de fundamental importância e lutar para manter
estes companheiros ´´e tão importantes como lutar pela renovação.
Sei
que neste momento por questões sanitária, não é permitido a aglomeração de
pessoas, mas como o calendário eleitoral não para, as convenções partidárias
deverão acontecer até a primeira quinzena de setembro. Assim, é muito
importante a gente dedicar um tempinho da nossa vida para poder compreender o
que está acontecendo na nossa cidade e como podemos intervir para que possamos
arregaçar as mangas e participar da construção de uma Conquista que seja fruto
das nossas Vitórias. Uma Vitória da Conquista para todos.
Tenho
muitos amigos que resolveram se lançar pré-candidatos, pessoas que tenho um
profundo respeito pela sua história de vida e que existe um grau de amizade
muito grande comigo. Mas avaliando a atual conjuntura, acredito que o momento é
de lutar para manter os mandatos combativos que temos hoje, entre estes, posso
citar o do Prof. Coriolano Morais. Este mandato tem sido o diferencial na luta
contra este prefeito que tem buscado destruir este projeto que a Frente
Conquista Popular, levou vinte anos para construir.
Não
é só por bairrismo, mas é preciso separar a discussão sobre a nossa cidade da
pauta nacional.
Sim,
porque na tarefa de interromper o governo Bolsonaro, precisamos ter maturidade
para formar alianças amplas, que incorporam inclusive sujeitos políticos mais
alinhados às pautas conservadoras. Contra o atual presidente, não é esquerda x
direita. É república x barbárie.
E
quem tiver do lado da república está do meu lado.
Aqui
é diferente. Estamos há quase 04 anos sendo governados por um radialista
político que se alinhou mais com as pautas das elites que as do povo. Temos
hoje uma gestão que optou por não universalizar a saúde básica, que deixou
centenas de crianças fora das creches e escolas por falta de vagas, transportes e merenda; que não tem política
pública definidas, que não se importa com a cultura, que gasta milhões com
propaganda, que acredita que a cidade é só a Olívia Flores, que inicia uma obra
como o novo terminal da Lauro de Freitas em plena pandemia, que corta salários
de funcionários etc. Uma gestão que, apesar de ter dado uma resposta rápida à
pandemia do Covid 19, hoje tem cedido às pressões políticas e financeiras,
afrouxando assim, as medidas de quarentena e jogando loteria com as vidas das
pessoas – em especial as que são mais vulneráveis.
Todo
esse cenário fez com que esta gestão – e seus vereadores – se afastassem de
suas bases a zona rural e os bairros periféricos.
Desta
forma, tenho presenciado no dia-a-dia, o trabalho dos vereadores de oposição e
em especial do Professor Cori, que vem fazendo a cada pronunciamento uma
oposição séria na Câmara Municipal. Sou testemunha que nestes anos, este
mandato tem sido construído com cada um e cada uma de vocês, ele representou um
projeto coletivo que depende da gente. Por isto, precisamos manter este
instrumento de luta. Temos que lutar para manter nossos quadros que sabe fazer
na Câmara o enfrentando ao conservadorismo, defendendo nossos direitos e
lutando por uma cidade mais justa e igual.
Quem
mais lutou pelos professores e pelos funcionários público como um todo, quem
mais denunciou as questões do transporte público, quem mais lutou para que o
Correios não fosse privatizado. Assim, cada sim, cada panfleto, cada
compartilhamento, cada curtida, cada convencimento será essencial. Essa vitória
será de todas e todos nós!
Precisamos
lutar por uma renovação, sem perder de vista a necessidade de preservar o que
vem dando certo. Assim, como os pré-candidaturas de esquerda tem todo o direito
de lutar pelos seus projetos, o mandato combativo também tem direito a
reelege-se.
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