Renovar é preciso!
Compreende-se a
preocupação dos cientistas político quando, chama a atenção dos partidos de
esquerdas sobre a necessidade de se renovar e o perigo de alguns quadros se
perpetuarem nas direções destas instituições partidárias ou das entidades do
movimento popular. Este comportamento apesar de formar e construir quadros duradouros
que possam personificar um projeto, tem cobrado um preço muito alto ao longo da
nossa história, tendo seus efeitos colaterais levado a asfixia de novas lideranças
criando cisões e fragmentando o campo progressista.
Encontramos com certa razão muita insatisfação
nas bases destes partidos, até frustração acumulada com o excesso de homens de
classe média, brancos e envelhecidos, à frente da maioria dos nossos diretórias
e exercendo mandatos. Não podemos negar que este, cansaço e desconfiança com
lideranças que se perpetuam ao longo de décadas nas posições dirigentes, seja à
frente de mandatos, sindicais ou parlamentares, ou de cargos executivos, levem
a um certo desencanto das lutas.
Quando
falamos de renovação, não estamos referindo apenas trocar pessoas, é necessária
uma mudança de mentalidade, as vezes para aceitar as novas lideranças de
operários e jovens intelectuais, mulheres e negros, indígenas e LGBT’s, tenhamos
que mudar também nossa compreensão sobre o que é ser vanguarda. Apesar destas
renovações serem necessárias, nossa pauta não pode ser elitista e sectária,
por supostamente focar nos problemas que não têm apelo popular, esquecendo de
projetos para áreas como saúde e educação, e afastando parte do eleitorado.