Um dia deste, vou contar esta história!
Sempre fui apaixonado
pela arte de escrever. Passo horas viajando por textos e palavras, na busca de
uma metáfora que possa traduzir meus sentimentos ou a dor e as alegrias
daqueles que não tem voz e com elas vou caminhando sem rumo pelo espaço em
torno de frases imaginárias contando do concreto e do abstrato por onde passo.
E, assim vagando nesta vida, transmito minhas ideias e os meus sentimentos.
Como diz o poeta: “Peregrino nas estradas de um mundo desigual”. E nesta peregrinação,
vou fazendo da pena a minha espada contando histórias de vidas e andanças, de
pessoas, de fatos e coisas, de mágoas e sorrisos, de encontros e encantos e de
desencontros e desencantos que já passei nesta vida.
Durante anos, aquela pobre criatura vagou
sem sentir o afago daquela mão ao lado.
Nunca mais ouviu as doces palavras de amor que por tantos anos lhe
serviram de canção. E as lágrimas brotaram. De início, lentas. Depois, aos
borbotões. Escondido e encolhido em seu quarto, o amor, em incoercíveis
soluços, explodiu…
Como aqueles pedaços
de papéis cheios de rabiscos poderia lhe devolver a vida? Nem parece que já se passaram
dois anos desde a sua
partida. Difícil
escrever sobre algo em especial quando o pensamento apenas se volta para outras
esferas, para as saudades que não são suas, para as coisas não vividas por você.
Mesmo assim, se sente responsável por não deixar este amor ser esquecido no
tempo e não permitir que estas pobres almas sejam vítimas da intolerância de um
amor que se findou.
Quando minha caneta passa escrever sobre
estas pobres almas, sinto suas dores e suas saudades como se os papéis que
estou escrevendo estivessem molhados de lágrimas salgadas de sentimentos.
Palavras assim tão doloridas que jamais imaginava que existissem nesta vida.
Um dia deste, vou contar esta história!
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