terça-feira, 22 de setembro de 2020

ARTIGO - O brilho infinito do amor (Padre Carlos)

 


 

O brilho infinito do amor

 


Não permita meu Deus que o passar do tempo apague as lembranças deste amor. Não permita Pai de bondade que as recordações desta quadra da minha vida se percam no esquecimento do tempo, nem que deixe de achar importante esta história. Pois, se isto viesse acontecer, o mundo se tornaria estranho e solitário, quando a solidão passar a escrever com as tintas do desterro, as marcas do meu passo terão vencido os meus anjos.


O amor abre os olhos daqueles que amam; é isso que o amor realiza em nós. Ele abre os nossos olhos para que possamos enxergar o outro na nossa vida. Muitas vezes, vivemos no mundo e enxergamos tudo: problemas, dificuldades, crises, defeitos do outro, mas não vivemos para o outro. Não impeças que meus olhos se transformem nos teus, em meus momentos de cegueira, mostrando que os sonhos de outrora não modificaram com o passar do tempo, para continuar visualizando as coisas belas que formaram a nossa história de vida que tanto nos encantou.

Como diz o poeta: “No meio da noite uma dor me consome. No meu desespero eu grito o seu nome”. Neste momento de desesperança, as palavras do poeta serão minhas, para que num grito sem destino possa chegar aos ouvidos desta imensidão de universo e como conforto possa acalmar as eventuais tempestades da minha alma. A força deste amor trará os quatro ventos dos quatro cantos dos céus, e os espalhará na direção de todos estes ventos; e não haverá lugar aonde não cheguem a minha súplica. Sim, ele sorará delicadamente em você na esperança que minha voz de forma sussurrante expresse exprima o perfeito amor. Mais uma vez recorro ao poeta para tentar traduzir meus sentimentos;


“E assim quando mais tarde me procure. Quem sabe a morte, angústia de quem vive. Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure”. O sentido dos versos é claro: o amor não é imortal, visto que é chama, isto é, por ser chama, mas o poeta deseja que, enquanto durar, tenha brilho infinito.

Hoje entendo que a unidade está relacionada há um propósito comum, é este que mantem os casais unidos pelo coração, para que cada pedra da construção deste templo de sonhos seja sempre aberta as nossas confissões.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Nenhum comentário:

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...