O PSD sob pressão
“A Coerência é, no
mínimo, suspeita. ” A frase, do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues
(1912-1980), combina bem com a disputa pela Prefeitura de Vitória da
Conquista. Quem é hoje adversário já foi aliado há não muito tempo, em uma
verdadeira "dança das cadeiras". Com isso, sobram declarações
contraditórias e são formadas alianças consideradas impensáveis no
passado.
A história repete-se sempre, pelo
menos duas vezes", disse Hegel. Karl Marx acrescentou: "a primeira
vez como tragédia, a segunda como farsa." Porém, Mahatma Gandhi diz: Se
queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história
nova.
Quem não se lembra
do crescimento do PMDB baiano, que conquistou o posto de vice-governador, três
secretarias e viu o número de prefeitos saltar de 25 para uma centena quando
era aliado do PT, em política tudo tem seu custo. O líder do partido na Bahia,
era ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Assim, acreditando nas
pesquisas que registravam um fraco desempenho administrativo do governador
Jaques Wagner (PT), Geddel abandonou seus aliados na Bahia e se posicionou como
alternativa para a corrida estadual de 2010, dificultando mais a relação entre
PT e PMDB. Desta forma, o ministro pisou no pescoço de seus aliados e rompeu a
aliança para realizar seus legítimos projetos pessoais. Esperava-se que PT e
PMDB repartissem o espólio do carlismo ou, como se diz, fizessem um acordo de
procedimento.
O ciúme entre PSD
e PT pode ocorrer e é natural que aconteça na base. Mas o acordo de
procedimento é simples. Nossos projetos não são excludentes nem conflitantes.
Não devemos ter medo de sombra. Até
porque não são apenas as articulações que decidem os destinos dos homens
públicos. Tem o voto, tem as urnas.
Os
tolos dizem que aprendem com os seus próprios erros; eu prefiro dizer para os
nossos aliados, que não precisam errar para aprender, quando na vida há tantos
erros que outros praticaram para que sirvam de exemplo.
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