Avaliando
o Partido e as eleições
Perder mais uma eleição para Herzem não é fácil, mas
quero lembrar aos militantes, de que a vida pública tem disso. Essa é a oitava
eleição que participo em Vitória da Conquista: a gente ganha, a gente perde,
mas não somos derrotados jamais. Porque só é derrotado quem perde suas convicções
num mundo melhor. Avaliar as eleições e ao PT desde 2016 com o fim do ciclo do nosso
projeto até a derrota nas eleições deste ano, não vai ser fácil. Assim, ao analisar
esta trajetória, entendemos que o partido precisará repensar sua estratégia
daqui para frente. Não temos muito tempo para nos reorganizarmos e repensarmos
nossas ações e comportamento, será fundamental para traçarmos os novos rumos que o partido deverá trilhar. Precisamos decidir o que fazer, já com vistas às
próximas eleições e, também, com relação à postura que nossos
vereadores deverão ter a partir desta nova realidade.
O ano de 2021 vai ser
fundamental para polarizar e construir no imaginário da nossa população, uma
alternativa política contra o governo de Herzem Gusmão. Assim, nosso papel é
construir com o PCdoB, um bloco de oposição para fazer o enfrentamento das
ideias e buscar uma polarização para que o PT e a frente, possa demarcar espaço
no campo político e tencionar o governo neste momento de crise e com certeza de
impopularidade que virão.
Não podemos baixar a guarda nem criar a
ilusão que o parlamento é lugar de conciliação. É aí que se travam as batalhas
políticas e ideológicas e conhecer e demarcar este campo é tarefa do
parlamentar. Se quisermos chegar em 2024 com chances reais de vencer, é preciso
romper com qualquer tipo de diálogo ou comportamento “civilizatório” com este
governo. Precisamos mostrar nossos dentes e mostrar que não seremos ingênuos em
acreditar nas falsas promessas. É preciso acumular forças para derrotar este
projeto, para golpear este governo e sua politica populista. Temos que deixar
claro para a população da diferença que existe entre os dois projetos e porque
nos opomos ao governo.
Sabemos que a crise que vamos enfrentar
fará com que este governo, perda capacidade política e administrativa e só
restará a este o recuo ou isolamento com
fez Pedral em 96 ou buscar o diálogo com a oposição para ganhar uma sobrevida.
Esta mudança de mentalidade e
comportamento no parlamento da oposição a este governo precisará de uma assessoria
mais voltada para o embate político, bem como uma relação horizontal com a instancias
do partido. Apesar de ter uma bancada na sua maioria experiente, a mudança de
posicionamento será nova, principalmente para os novos cristãos.