sábado, 19 de dezembro de 2020

ARTIGO - Avaliando o Partido e as eleições (Padre Carlos)

 


Avaliando o Partido e as eleições


 




 

Perder mais uma eleição para Herzem não é fácil, mas quero lembrar aos militantes, de que a vida pública tem disso. Essa é a oitava eleição que participo em Vitória da Conquista: a gente ganha, a gente perde, mas não somos derrotados jamais. Porque só é derrotado quem perde suas convicções num mundo melhor. Avaliar as eleições e ao PT desde 2016 com o fim do ciclo do nosso projeto até a derrota nas eleições deste ano, não vai ser fácil. Assim, ao analisar esta trajetória, entendemos que o partido precisará repensar sua estratégia daqui para frente. Não temos muito tempo para nos reorganizarmos e repensarmos nossas ações e comportamento, será  fundamental para traçarmos os novos rumos que o partido deverá trilhar. Precisamos decidir o que fazer, já com vistas às próximas eleições e, também, com relação à  postura que nossos vereadores deverão ter a partir desta nova realidade.

        


A eleição mostrou que a tática de não enfrentamento com o governo, nos custou caro. Saímos desta eleição apesar dos números não serem favoráveis, com forças e com capital político para intervir na questão do poder e para ser protagonista neste processo político.

O ano de 2021 vai ser fundamental para polarizar e construir no imaginário da nossa população, uma alternativa política contra o governo de Herzem Gusmão. Assim, nosso papel é construir com o PCdoB, um bloco de oposição para fazer o enfrentamento das ideias e buscar uma polarização para que o PT e a frente, possa demarcar espaço no campo político e tencionar o governo neste momento de crise e com certeza de impopularidade que virão.

         Não podemos baixar a guarda nem criar a ilusão que o parlamento é lugar de conciliação. É aí que se travam as batalhas políticas e ideológicas e conhecer e demarcar este campo é tarefa do parlamentar. Se quisermos chegar em 2024 com chances reais de vencer, é preciso romper com qualquer tipo de diálogo ou comportamento “civilizatório” com este governo. Precisamos mostrar nossos dentes e mostrar que não seremos ingênuos em acreditar nas falsas promessas. É preciso acumular forças para derrotar este projeto, para golpear este governo e sua politica populista. Temos que deixar claro para a população da diferença que existe entre os dois projetos e porque nos opomos ao governo.

         Sabemos que a crise que vamos enfrentar fará com que este governo, perda capacidade política e administrativa e só restará a este  o recuo ou isolamento com fez Pedral em 96 ou buscar o diálogo com a oposição para ganhar uma sobrevida.

         Esta mudança de mentalidade e comportamento no parlamento da oposição a este governo precisará de uma assessoria mais voltada para o embate político, bem como uma relação horizontal com a instancias do partido. Apesar de ter uma bancada na sua maioria experiente, a mudança de posicionamento será nova, principalmente para os novos cristãos.

       


Para finalizar, gostaria de deixar claro que faltou ao PT uma polarização a este governo e não quero responsabilizar os parlamentares por esta falha. Todos nós fomos responsáveis, principalmente a direção do partido. O mandato não é particular, cabe à direção partidária dá as coordenadas.

 


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