Sob ataque o regime
da liberdade de imprensa
A liberdade de
imprensa está consagrada na Constituição, mas o Estado nem sempre viveu bem com
ela, infelizmente, ao longo dos anos, há excesso de provas da tremenda
dificuldade de aceitação do princípio constitucional. A censura e a polícia
política só acabou há 35 anos e isso não é nada em termos históricos, a
ditadura está ainda entranhada não só nas gerações que a viveram, mas também nas
que nasceram nela e nas que vieram depois.
A Constituição é uma bela obra, mas pouca
gente a leu ou fixou. O procurador da República Wellington Divino Marques de
Oliveira seguramente não tem noção de que cometeu um ataque ao Estado de
direito ao pedir que se investigassem as fontes dos jornalistas. Com
procuradores assim, a liberdade de imprensa está comprometida e este
comportamento é demasiado parecido com aquilo a que hoje se chamam as
“democracias iliberais,” não são ditaduras porque há eleições, mas o resto dos
bens que fazem parte do Estado de direito estão sob ataque.
No
Brasil, tudo é possível, desde ministro dar aula de como um bom jornalista deve
se comportar, até as interpretações do fato é negado agora a estes profissionais.
Neste país os jornalistas são espiados, vigiados, demitidos e muitas vezes perseguidos
pela justiça como acontece com o jornalista Luis Nassif. Esta sendo perseguido
(não por suspeita de crime, onde obviamente o jornalista deve ser tratado como
qualquer cidadão, mas apenas no simples exercício da sua função de informar).
Há muitos países onde estes tipos de perseguições acontecem, mas não podemos
reconhecer estes governos como democracias.
Gostaria de lembra que “a proteção do sigilo das fontes jornalísticas é uma garantia essencial da liberdade de expressão e da liberdade de informação, bem como o jornalismo investigativo e uma imprensa livre, são elementos absolutamente fundamentais de um Estado de Direito Democrático”.