À volta as aulas sem vacina
Não podemos negar que existe hoje na
sociedade uma quebra de braço entre os profissionais da saúde, educação e economia
com relação à gravidade da pandemia e as formas de enfrentá-la. Enquanto a
Europa e os países do primeiro mundo buscam proteger os seus cidadãos, no
sentido de manter sua população o mais tempo possível em suas casas, no Brasil
acontece o oposto quando deveríamos nos proteger principalmente depois que ficamos
sabendo da mutação do vírus da COVID-19. Neste momento, deveríamos recuar com flexibilização
e aumentem as restrições enquanto a vacina não chega.
Mesmo diante deste quadro, Vitória da
Conquista, já começa a ensaiar a retomada ás aulas presencial nas escolas
públicas. Esta notícia me chocou e confesso que ao tomar conhecimento que o
Conselho Municipal de Educação de Vitória da Conquista aprovou o Calendário
Escolar da Rede Municipal de Ensino e Educação Infantil e Ensino Fundamental,
para o ano letivo de 2021, e que as aulas na Rede Municipal de Ensino já
começam no dia 24 de fevereiro me deixou apreensivo.
Apesar de respeitar o
Conselho de Educação, gostaria de saber que medidas vão ser tomadas para que as
crianças e jovens de Vitória da Conquista voltem às aulas? Como garantir a
segurança sanitária nas escolas com o retorno do ensino presencial?
Qual o protocolo divulgado pela Secretaria de
Educação do nosso município e recomendado pelas autoridades competentes para
garantir que alunos voltem aos colégios da maneira mais segura possível, com
uma série de ações para evitar a contaminação na comunidade escolar?
É preciso lembrar aos conselheiros, que a
Bahia, e outros estados brasileiros, lidam com uma nova escalada nos casos, com
aumento na ocupação de leitos e mortes pela infecção. A situação está sendo vivenciada
também em outros países, principalmente com a nova mutação deste vírus e reabrir
as escolas num contexto de ampla transmissão vai, provavelmente, fazer o
problema piorar.
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