segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

ARTIGO - À volta as aulas sem vacina (Padre Carlos)

 


À volta as aulas sem vacina

 


Não podemos negar que existe hoje na sociedade uma quebra de braço entre os profissionais da saúde, educação e economia com relação à gravidade da pandemia e as formas de enfrentá-la. Enquanto a Europa e os países do primeiro mundo buscam proteger os seus cidadãos, no sentido de manter sua população o mais tempo possível em suas casas, no Brasil acontece o oposto quando deveríamos nos proteger principalmente depois que ficamos sabendo da mutação do vírus da COVID-19. Neste momento, deveríamos recuar com flexibilização e aumentem as restrições enquanto a vacina não chega. 


Se por um lado o empresário do ramo da educação vem enfrentando uma crise sem precedente neste setor, por outro, não podemos negar que os efeitos econômicos da Covid-19 devem-se à sua capacidade de gerar, ao mesmo tempo, choques negativos na oferta e na demanda de todos os seguimentos da nossa economia. Ademais, há uma enorme pressão sobre os recursos (físicos e humanos) na área de saúde com o aumento dos casos de pessoas infectadas, sobretudo no pico da epidemia, o que requer uma espécie de política de guerra para atravessar esta crise.

Mesmo diante deste quadro, Vitória da Conquista, já começa a ensaiar a retomada ás aulas presencial nas escolas públicas. Esta notícia me chocou e confesso que ao tomar conhecimento que o Conselho Municipal de Educação de Vitória da Conquista aprovou o Calendário Escolar da Rede Municipal de Ensino e Educação Infantil e Ensino Fundamental, para o ano letivo de 2021, e que as aulas na Rede Municipal de Ensino já começam no dia 24 de fevereiro me deixou apreensivo. 

         Apesar de respeitar o Conselho de Educação, gostaria de saber que medidas vão ser tomadas para que as crianças e jovens de Vitória da Conquista voltem às aulas? Como garantir a segurança sanitária nas escolas com o retorno do ensino presencial? 

Qual o protocolo divulgado pela Secretaria de Educação do nosso município e recomendado pelas autoridades competentes para garantir que alunos voltem aos colégios da maneira mais segura possível, com uma série de ações para evitar a contaminação na comunidade escolar?

É preciso lembrar aos conselheiros, que a Bahia, e outros estados brasileiros, lidam com uma nova escalada nos casos, com aumento na ocupação de leitos e mortes pela infecção. A situação está sendo vivenciada também em outros países, principalmente com a nova mutação deste vírus e reabrir as escolas num contexto de ampla transmissão vai, provavelmente, fazer o problema piorar.


Mesmo cientes destas evidencias, vocês não recuarem, teremos que tomar decisões sobre medidas de controle nas escolas que sejam consistentes com decisões sobre outros distanciamentos físicos. Quem vai garantir que alunos, professores e outros funcionários não irão se infectar. O retorno das aulas presenciais precisão ser diferente. É possível que as escolas reabram por períodos de tempo mais curtos e, dependendo do contexto local e aumento da transmissão, voltem a fechar.

 

 

 


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