Minhas filhas, minha vida!
O nascimento de minhas filhas foi uma daquelas
datas que se inscrevem na memória e passam a fazer parte da nossa existência.
Já os vínculos afetivos não foram criados como um passe de mágica, mas pela
convivência. Os laços entre pais e filhos são criados à medida que se cuida da
criança, dá banho, troca fraldas, dá carinho, lhe conta histórias e canções,
encoraja a dar os primeiros passos, e assim por diante.
Sabemos que cada uma delas carregará sua própria
narrativa, as tristezas e alegrias de uma caminhada que será construída na sua
história de vida, por mais que busquemos proteger do mundo, temos a certeza que
passamos nossas experiências e valores. O que eu quero dizer, que não é nem
educação, nem genética, nem exemplo. O que é então? Uma mistura de tudo um
pouco. É o jeito como valores como educação e trabalho são passados pela
família. É a forma como o filho é criado para que possam prosseguir pelas
estradas da vida sob novas condições.
Não tenho uma formula pronta, eu vou misturando
tudo na mesma panela e vendo no que vai dar. E, nessa receita, vou incluindo a
educação que acredito. Passo os valores que me são caros. Oriento. Brigo.
Contrario. E, claro, sempre e todos os dias, aprendo com elas.
Seria mais fácil se a vida fosse linear, numa ordem
hierárquica que inclui apenas as pequenas e grandes vitórias. O caminho, já
disse o poeta, se faz ao caminhar. É feito não apenas de sucessos, mas também
de obstáculos a serem vencidos, limites a serem superados, derrotas e
fracassos. Faço de tudo para não perder o contato com minhas filhas. Sei que
não posso perder a oportunidade de conhecê-las e, daí, educá-las. Educar é
responsabilidade diária, oriunda de convívio. É no dia a dia que se educa.
Senhor, neste dia que dou graça pelas filhas que me
destes, e apesar de toda proteção que consigo dar, confesso que a preocupação
com o futuro delas sempre esta presente.
Obrigado pai de bondade por este presente e proteja
minhas meninas amém!
Padre Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário