Precisamos
urgente de uma reforma no MP e na Justiça
Dizem
os mais velhos, que é nos momentos mais difíceis que as pessoas se revelam.
Diante dos golpes e ataques a nossa democracia, acredito que é assim também com
as nossas instituições.
A certeza da impunidade é tanta que, quando alguém tem
coragem de apontar os erros e abusos desta casta do funcionalismo público que
se instalou no estado brasileiro, eles, os procuradores, se reagrupam como anticorpos
para se defender como corporação. Foi assim que aconteceu nestes sábado 13,
quando mais de mil integrantes do Ministério Público
lançaram um manifesto de apoio ao trabalho dos procuradores da Operação
Lava-Jato e criticando o que chamaram de "impropérios
retóricos" dos ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski do Supremo
Tribunal Federal. O que estes procuradores querem defender e justificar como normalidade,
é a fraude jurídica operada por Sergio Moro
e pelo coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Como é triste chegar a esta
constatação. O corporativismo no Ministério Público tenta esconder ou aceita
como normal às combinações e os acertos dos mecanismos que buscava levar a um
modus operandi para forjar a condenação de réus.
Será que um dia estes
membros do Ministério Público que assinaram este documento pedirão desculpas a
nação por ter defendido a subversão da legalidade e das garantias democráticas
asseguradas pelo pacto constitucional de 1988. Os procuradores que seus pares
defendem no documento, foram uma espécie de “cavalo de troia” do golpismo,
favorecendo a emergência de uma campanha demagógica de criminalização da
política, em especial do Partido dos Trabalhadores (PT). O chamado lavajatismo
foi um dos fatores que possibilitou a ascensão do fenômeno político da extrema
direita bolsonarista ao governo federal.