sexta-feira, 12 de março de 2021

ARTIGO - A “fome de Leão” (Padre Carlos)

 


A “fome de Leão”

 



Existe um ditado Africano que diz: A união do rebanho obriga o leão a deitar-se com fome. Com estas palavras pensei nas dificuldades que o PT e o pré-candidato Jaques Wagner, vêm enfrentando para manter a base do governo unida e mesmo com sua capacidade de negociar, vai enfrentar um centrão que tem a tradição de sentar para negociar com “fome de leão”.


Quem não se lembra das articulações do deputado federal Cacá Leão, quando liderou dentro da sigla um movimento que tencionava deixar Rui e passar para a base do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Cacá cultivou entre os correligionários o desejo de abandonar o barco e só não conseguiu porque o velho Leão tem uma visão acumuladas de anos e enxerga mais que a nova geração do partido. Estas questões seriam águas passada, se nesta semana o Arthur Maia, não tivesse tuitado que Cacá seria na opinião dele o candidato para o senado excelente na chapa de ACM Neto.

Quando Maia faz este “convite”, ele leva em conta dois fatores: primeiro que o DEM é partido com pior índice de evolução nas prefeituras baianas nas últimas cinco eleições; PP é o segundo partido no estado com o maior número de prefeitura. O segundo está relacionado com a necessidade que o DEM tem de deslocar a base do seu adversário para conseguir vencer. Assim, Neto segue a cartilha do nosso pensador italiano que ensinava que o príncipe audaz deve tentar “dividir para governar” (ou reinar). “Divide et impera” – orientava ele.


Não podemos achar que a direita na Bahia está morta, nem ser ingênuo ao ponto de abrir mão da hegemonia na frente. Precisamos do PP, como precisamos do PSD, e é natural sentar para negociar, o que o PT não pode fazer, é se tornar refém do centrão.

 

 

 

 


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