O que será das
futuras gerações?
Como professor de filosofia, não
posso deixar de chamar a atenção dos leitores para esta nova ordem: a sociedade
pós-moderna é líquida, já diz a sociologia. Era ontem e não é hoje, é hoje e
não será amanhã. O modelo da sociedade é pastoso, movediço, sem forma, em
constante movimento. Nada a orienta nada a prende nada a solta.
O Pior disso tudo, a desesperança e a
incerteza de um futuro, pois não há mais nada em que se possa sustentar como patriótico
e parcial. A sociedade está enlouquecida, fruto da insanidade das pessoas que
criaram o caus. com suas próprias mãos. Pior, não existe bom senso, pois só vale
a vontade dos mais fortes na selva de pedra.
O subjetivismo sobre os valores
coletivos, do desperdício e da ostentação como forma de agredir, do ter sobre o
ser, do insulto das classes dominantes sobre os pobres, enfim, do eu sobre
todos, tornou-se a regra central desta nova ordem verde e amarela, pela qual as
pessoas hoje se guiam.
O meu Deus, a minha liberdade, a
minha vontade, o meu desejo, o meu prazer, tudo em nível individual, são os
deuses vorazes a serem incessantemente servidos.
Assistimos
a tudo de braços cruzados
até parece que nem somos nós os prejudicados. Assim, a
ignorância vai oprimindo a sabedoria, a força e a mentira superam o direito, a
violência alavanca o terror, o demônio vence a deus. Por todos os lados ouvem-se
gritos dos que ordenam e lamentos dos que obedecem por todos os lugares as
maldades eclodem satisfazendo os injustos, por todos os momentos os honestos e
inocentes se apequenam pela impotência de reagirem. O que me dói mais é ver o
pensamento cristão ser violado e a nossa crença ser desrespeitada, a fé do povo
simples ser questionada, a amizade e o companheirismo serem ultrajada e o
verdadeiro amor ser traído.
Está sem rumo, como um barco à deriva
num mar de tempestade. Aí, fico aqui a pensar com meus botões: o que será das
futuras gerações?