Deltan
Dallagnol pede demissão depois de 18 anos de carreira no MPF,
Uma das
notícias que chamaram minha atenção nestes últimos dias tem sido entender os
verdadeiros motivos que levaram Deltan Dallagnol pedir demissão depois de 18
anos de carreira no MPF, este gesto deixa claras as verdadeiras intenções que
levaram a antiga força tarefa da Lava Jato a agirem ao arrepio da lei.
Atualmente,
temos um MP formal e afastado dos cidadãos. Eu defendo um MP em contato direto
com o povo, numa posição de interface entre o sistema judicial e a sociedade.
Estou falando de uma nova cultura de cidadania, de reinventar o perfil
identitário dos magistrados do MP. Os erros começam quando estes Magistrados
passam a se apoiar no princípio do paralelismo das magistraturas, procurando
ser valorizado num jogo de espelhos com os juízes. E afastando-se dos cidadãos,
ficando mais fixado no interior do poder judicial, numa posição mais próxima do
juiz, que levam ao conluio de um órgão acusador com outro julgador e isto é ilegal,
não é ético e ferie os princípios da imparcialidade, alem é claro de
comprometer e contaminar todo o processo, tornando nulo.
Temos uma
parcela de magistrados que se identifica mais com um perfil judicial e muito
menos com um perfil social. Felizmente, existe uma percentagem maior que se identificam
num perfil mais abrangente, onde o reconhecimento social é importante.
Quando falo numa reforma do Ministério
Público, me refiro a casos como o de Deltan Dallagnol, isso porque, com a saída
do Ministério Público Federal, todos os processos que estão abertos contra este
procurador serão arquivados. Até esta semana, o ex-coordenador da força-tarefa
da Lava Jato já tinha respondido a 52 processos no Conselho Nacional do MP a
reclamações disciplinares, sindicâncias e a processos administrativos
disciplinares.