sexta-feira, 12 de novembro de 2021

ARTIGO - “Crônica de uma morte anunciada” (Padre Carlos)

 

“Crônica de uma morte anunciada”

 



Já faz algum tempo que quero abordar este assunto, mas o suicídio do padre José Alves acendeu a luz indicando que não posso mais adiar, afinal já são nove Padres este ano só no Brasil.

Cada irmão que tirou sua vida esse ano fazia parte de um presbitério, uma história de vida na sua diocese, uma vocação e um profundo amor a sua Igreja. Aliás, poucas horas antes de morrer, ele atualizou seu status na rede social dizendo: “Eu amo minha Igreja”.  O que lhes faltou? O que não foi feito por estes irmãos? Cumplicidade ou omissão por parte de seus pares? Onde erramos? Até onde vai a responsabilidade pessoal e da Instituição?

 

Já conhecíamos o método de lançar suspeitas, pôr partes de processos, eclesiástico, sem ouvir os padres ou freiras e em alguns casos, nem serem informados quem são as pessoas que os acusam. Passam a ser visto de uma hora para outra de santo a pecador e o que é pior, acusado julgado e condenado pelos seus pares sem direito de defesa. Este comportamento não é cristão nem humano, temos que ser imparcial para não cometer injustiça e assim não contribuir como estão fazendo algumas pessoas: julgamentos na praça pública.  Agem como se as acusações fossem verdade e prova, fazendo com que as pessoas já estivessem condenada, ferida no seu bom nome, na sua honra, e sem que nada possa fazer por ela, afastando assim os amigos e a solidariedade, bem como seus direitos.

Constataram-se um período de omissão onde não tomaram uma posição para defender os inocentes e indefesos, estamos agora vivendo o oposto, atingimos um novo patamar no caminho que estamos percorrendo rumo à justiça popular. O braço secular sendo a perversidade suprema de agentes da justiça canônica.

Não será necessário falar o que esta acontecendo nas Dioceses e dos ataques aos direitos fundamentais ou sobre a condenação na opinião pública apenas baseada numa convicção de um denuncia sem provas. Até os mais “leigos” do Direito sabem que para alguém ser acusado ser afastado das suas funções tem de haver, ao menos, indícios de provas e que para serem condenadas as provas têm de ser sólidas.

 

A hierarquia definiu uma nova forma de fazer justiça: condenar sem ser tribunal e construir teses sem apresentar provas. Um dos aspetos mais preocupantes desta história é a normalidade com que os irmãos de presbitério continuam aceitando este ataque e como o medo toma conta das instituições, que com este despacho atingiu uma nova dimensão.

Custa entender como pessoas que sempre lutaram por justiça e não estou falando misericórdia, se deixaram aprisionar a uma corrente, em voga a muito tempo, de que quem chama à atenção e ameaçam sua posição precisam ser afastado, mandado para sua cidade pra casa da mãe, sem as garantias básicas dos cidadãos, à defesa do direito de presunção da inocência, à regra do contraditório, a não inversão do ônus da prova, à vergonha que é a condenação na opinião pública com base em pedaços de verdade, de interrogatórios ou tão-somente de opiniões, não passa de um defensor da nova inquisição. A Igreja hierárquica, que viveu obcecada com o primado da moral sexual, é cada vez mais confrontada com os escândalos sexuais no seu próprio seio. Primeiro, foi à pedofilia. Mais recentemente, são as "namoradas" de padres que vêm denunciar os abusos de que foram ou são vítimas. Não defendo pedófilo nem uma união escondida, mas não posso me calar diante de tanta injustiça que tenho presenciado. Sei que quem defende direitos humanos não são bandidos, são pessoas que acreditam na nossa capacidade humana e não na barbárie

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Artigo - A Igreja precisa falar sobre formação sacerdotal (Padre Carlos)

 

 

Precisamos falar sobre a formação sacerdotal

 


Já faz algum tempo que gostaria de escrever sobre a importância de uma nova metodologia para a formação dos novos padres.  Não sou formador nem estudioso deste assunto, mas como cristão e ter convivido muitos anos neste espaço de formação, não poderia fechar os olhos para esta reflexão sobre essa instituição tridentina e entender a importância do salto que estamos para concretizar.  A formação atual dos diáconos e padres é a mais eficaz para o serviço em uma Igreja ministerial?  E, diante dos desafios do Novo Milênio, como encontrar um modelo melhor de formar os futuros sacerdotes dentro deste embate entre essas duas vertentes do clero católico?


 Este Pontificado já deu provas que tem como objetivo, resgatar os valores do Vaticano II e buscar de fato e de direito mudar a forma da Igreja de relacionar-se com o mundo e consigo mesma é por isso, que é necessário surgir e formar novos pastores com esta mentalidade. Não podemos esquecer que até hoje este grande acontecimento foi e é um evento que precisa de análise, pois está longe de se chegar a um consenso.

         Refletir sobre a formação ministrada nos seminários hoje é tocar o dedo na ferida e admitir que pecamos em determinados pontos, poderia ter feito muita diferença no novo clero se o mesmo estivesse inserido com o seu povo durante a sua caminhada. Como poderemos aceitar uma formação sacerdotal que retira os candidatos ao sacerdócio do meio do povo e forma-os num ambiente clericalizado que não está de acordo com os Evangelhos, nem com as perspectiva do Concílio Vaticano II, nem com uma Igreja "em saída", "sinodal, evangélica e evangelizadora", a Igreja "dos pobres e humildes".

É preciso ter coragem para enfrentar novos desafios! Assim, propor a estes seminaristas, apesar da necessidade de assisti-lo com uma orientação espiritual que façam antes da teologia ou do diaconato, novas experiências como, por exemplo, "apartamentos compartilhados com amigo - em ambientes universitários" que melhor contribuam para uma formação encarnada no Mundo é uma das opções.

Não será preciso ir tão longe. Mas porque não, antes de freqüentarem o curso de teologia, cursarem outro curso à sua escolha? Fazerem uma experiência fora do seminário, ou antes, de entrarem no seminário, no meio dos outros alunos e experimentarem as mesmas dificuldades e desafios deles: alojamento, alimentação, transportes....

Tendo em conta as virtudes que o programa Erasmus tem demonstrado, porque não todos os seminaristas fazerem uma experiência em Roma ou noutra qualquer boa faculdade de teologia? Isto proporcionar-lhes-ia uma experiência única da universalidade da Igreja.

Com relação os seminaristas diocesanos, porque não viverem numa paróquia nos últimos anos do curso em vez de estarem fechados no seminário? Poderiam ir aplicando o que aprendiam no curso e conheciam mais cedo e melhor a realidade fundamental que serão chamados a servir como padres.


        Estes e outros aspetos terão de ser refletidos. Só a reflexão garantirá que os seminaristas deixem de ser uma casta à parte e possam viver a sua vocação encarnados na sociedade e na Igreja.

sábado, 6 de novembro de 2021

ARTIGO - Deltan Dallagnol muda de Partido (Padre Carlos)

 

 

Deltan Dallagnol pede demissão depois de 18 anos de carreira no MPF,

 


Uma das notícias que chamaram minha atenção nestes últimos dias tem sido entender os verdadeiros motivos que levaram Deltan Dallagnol pedir demissão depois de 18 anos de carreira no MPF, este gesto deixa claras as verdadeiras intenções que levaram a antiga força tarefa da Lava Jato a agirem ao arrepio da lei.


Mas o que levou parte do nosso Ministério Público a aderirem o Lava-Jatismo? Após a redemocratização e a Constituição de 1988, os Constituintes buscaram dar ao Ministério Público (MP) uma "nova legitimidade judicial", dando um poder que poderiam fortalecer a sociedade civil, mas infelizmente a classe dos procuradores caiu num "jogo de espelhos com os juízes" que o afastou dos cidadãos. Por isto, precisamos de uma reforma na Instituição com o objetivo de colocar em prática o sonho da Assembléia Nacional Constituinte. Agora é hora de corrigir a trajetória, com "uma nova cultura de cidadania dos magistrados.

Atualmente, temos um MP formal e afastado dos cidadãos. Eu defendo um MP em contato direto com o povo, numa posição de interface entre o sistema judicial e a sociedade. Estou falando de uma nova cultura de cidadania, de reinventar o perfil identitário dos magistrados do MP. Os erros começam quando estes Magistrados passam a se apoiar no princípio do paralelismo das magistraturas, procurando ser valorizado num jogo de espelhos com os juízes. E afastando-se dos cidadãos, ficando mais fixado no interior do poder judicial, numa posição mais próxima do juiz, que levam ao conluio de um órgão acusador com outro julgador e isto é ilegal, não é ético e ferie os princípios da imparcialidade, alem é claro de comprometer e contaminar todo o processo, tornando nulo.

Temos uma parcela de magistrados que se identifica mais com um perfil judicial e muito menos com um perfil social. Felizmente, existe uma percentagem maior que se identificam num perfil mais abrangente, onde o reconhecimento social é importante.

Quando falo numa reforma do Ministério Público, me refiro a casos como o de Deltan Dallagnol, isso porque, com a saída do Ministério Público Federal, todos os processos que estão abertos contra este procurador serão arquivados. Até esta semana, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato já tinha respondido a 52 processos no Conselho Nacional do MP a reclamações disciplinares, sindicâncias e a processos administrativos disciplinares.


Estas manobras para escapar da justiça deixam de serem teorias para constatação de um fato. O Conselho do MP deixou de ser um foro seguro com seu corporativismo e desta forma, para fugir de tudo que fizeram no verão passado, acreditamos que ele está de olho nas eleições para ter direito a um novo foro especial.

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

ARTIGO - Título de Cidadão Conquistense, minha maior honraria (Padre Carlos)

 

Título de Cidadão Conquistense,  minha maior honraria


 

Existe um ditado que diz que o reconhecimento vem atrás no trabalho. Correto? Não, errado. Errado, porque sabemos que uns faz muito, e outros simplesmente não fazem e mesmo assim levam o mérito. Muitas vezes tenho a impressão de que, quanto mais eu faço, menos sou reconhecido. O verdadeiro reconhecimento vem de pessoas que você menos esperava.


Estou dizendo isto porque nesta quinta-feira, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promoveu a Sessão Solene de Entrega do Título de Cidadão Conquistense – Edição 2021. A solenidade foi para homenagear 45 cidadãos e cidadãs que de alguma forma colaboram ou colaboraram com o desenvolvimento da cidade. A solenidade da noite passada me fez lembrar que apesar de ter militado e feito parte do partido que governou a cidade por vinte anos, foi um vereador da oposição que reconheceu o trabalho que tenho prestado a comunidade.

Gratidão não é simplesmente o fato de agradecer, ela tem a importância do reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe trouxe algum beneficio para o seu bem... A gratidão é uma emoção, que envolve um sentimento de dívida emotiva em direção de outra pessoa. Talvez estes sejam o verdadeiro motivo que levaram os nossos representantes a escolherem estas pessoas.

Nunca me queixei nem cobrei reconhecimento algum. Nestes sessenta e dois anos de vida, aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos e... por estranho que pareça, sou grato a esses professores. Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida.


Confesso aos senhores que fiquei muito honrado, maravilhado e emocionado com essa homenagem que recebi em 2009, por indicação do vereador Álvaro Píton.  Não poderia haver maior honraria para mim do que receber esse Título de Cidadão Conquistense.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

ARTIGO - A pós-moderna é líquida (Padre Carlos)

 

O que será das futuras gerações?

 


Como professor de filosofia, não posso deixar de chamar a atenção dos leitores para esta nova ordem: a sociedade pós-moderna é líquida, já diz a sociologia. Era ontem e não é hoje, é hoje e não será amanhã. O modelo da sociedade é pastoso, movediço, sem forma, em constante movimento. Nada a orienta nada a prende nada a solta.

 


São estes novos valores que estão fazendo nossa sociedade adoecer. Ela é fruto das nossas patologias que se formam como uma neurose coletiva. Pior disso tudo é ter consciência que os homens que poderiam e deveriam nos curar, também estão doentes, aqueles que deveriam agir com lucidez, para saímos desta ciranda de dor, estão mais envolvidos que nós. Diante disso, a sociedade termina perdendo a esperança, fruto da falta de visão dos seus lideres e da falta de perspectiva de um país mais justo.

O Pior disso tudo, a desesperança e a incerteza de um futuro, pois não há mais nada em que se possa sustentar como patriótico e parcial. A sociedade está enlouquecida, fruto da insanidade das pessoas que criaram o caus. com suas próprias mãos. Pior, não existe bom senso, pois só vale a vontade dos mais fortes na selva de pedra.

O subjetivismo sobre os valores coletivos, do desperdício e da ostentação como forma de agredir, do ter sobre o ser, do insulto das classes dominantes sobre os pobres, enfim, do eu sobre todos, tornou-se a regra central desta nova ordem verde e amarela, pela qual as pessoas hoje se guiam.

O meu Deus, a minha liberdade, a minha vontade, o meu desejo, o meu prazer, tudo em nível individual, são os deuses vorazes a serem incessantemente servidos.

Assistimos a tudo de braços cruzados
até parece que nem somos nós os prejudicados.
Assim, a ignorância vai oprimindo a sabedoria, a força e a mentira superam o direito, a violência alavanca o terror, o demônio vence a deus. Por todos os lados ouvem-se gritos dos que ordenam e lamentos dos que obedecem por todos os lugares as maldades eclodem satisfazendo os injustos, por todos os momentos os honestos e inocentes se apequenam pela impotência de reagirem. O que me dói mais é ver o pensamento cristão ser violado e a nossa crença ser desrespeitada, a fé do povo simples ser questionada, a amizade e o companheirismo serem ultrajada e o verdadeiro amor ser traído.


Como posso apagar da minha memória todos aqueles que tombaram. Não posso apagar o passado de uma geração, nem esquecer o presente. Para esta gente, o futuro é descartado. A história é desaprendida, a vida é jogada, o amanhã é incerto. O descompromisso é permanente, o trabalho é temporário, o resultado é indiferente. A riqueza é exaltada, a pobreza é condenada. O rico é bajulado, o pobre é espezinhado. O jovem é enaltecido, o velho é desprezado.

Está sem rumo, como um barco à deriva num mar de tempestade. Aí, fico aqui a pensar com meus botões: o que será das futuras gerações?

terça-feira, 2 de novembro de 2021

ARTIGO - Não foram as bruxas que queimaram. (Padre Carlos)

 

Não foram as bruxas que queimaram.

 Foram mulheres.

 

 


Outro dia conheci duas empresárias que promovem em nossa cidade um evento só para as mulheres. Seu objetivo é criar um espaço onde elas possam expressar sua individualidade e vivenciar seus sonhos e fantasias longe do pré-jugamento da nossa sociedade machista e preconceituosa em que vivemos. Estas festas dedicadas às mulheres têm o propósito de construir uma identidade no mundo feminino em decorrência do retrocesso de alguns valores Progressistas. Diante disso, temos que levar em consideração o surgimento de alguns grupos no que diz respeito às pautas morais. Alguns são conservadores puro sangue, nos costumes e terminam marginalizando qualquer tentativa de EMANCIPAÇÃO FEMININA NA PÓS-MODERNIDADE na sociedade e com os seus parceiros.

 


Eu entendo o cuidado destas empreendedoras, quando busca criar um publico seletivo, não é apenas uma forma de se proteger, mas de proteger as outras pessoas que freqüentam estes eventos. Nossa história esta cheia de exemplos de mulheres que foram perseguidas e mortas. Não foram as bruxas que queimaram foram mulheres que sonharam com este espaço. Aquelas que eram vistas como: muito bonitas Muito cultas e inteligentes, porque tinha água no poço, uma bela plantação, que tinham uma marca de nascença, mulheres que eram muito habilidosas, muito altas, muito quietas, muito ruivas, mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza, mulheres que dançavam mulheres que cantavam, ou qualquer outra coisa, que o universo masculino acha feio o que não é espelho

Assim como na renascença qualquer mulher estava em risco de ser queimada, nossas companheiras podem ser marginalizadas e excluídas ainda hoje se ousar ser mulher. Não podemos esquecer que elas eram colocadas em buracos profundos no chão, jogadas de penhascos e queimadas como bruxas.


Precisamos conhecer nossa história e entender que o dia das bruxas ou Halloween, deveria ser celebrado como o dia da Emancipação da Mulher. Só assim, poderemos dar voz às mulheres que foram silenciadas ao longo da história e buscar a partir desta reparação, construir um novo mundo, uma nova linhagem como mulheres.


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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

 

Mergulhe de cabeça no agora

 


Antes de entrar no seminário, passei um ano com os monges de Taizé e durante este período pude aprender como o tempo é contado e vivido de forma diferente deste que conhecemos.  Certa vez o Irmão Michel me disse que as crianças são felizes sem saber. Durante muitos anos fiquei com aquela frase na cabeça e só muita tempo depois passeia a entender o que aquele monge queria me dizer. Talvez seja exatamente essa ignorância que lhes permite alcançar a felicidade. Só são assim porque não sabem o que é felicidade, caso contrário passariam a pensar que aqueles momentos não iriam durar para sempre, e isto impediriam de aproveitar realmente.


É precisamente isso que acontece quando crescemos um pouco. Se por acaso percebemos que estamos felizes, lembramo-nos que aquela fonte de felicidade uma hora vai secar, e uma enorme tristeza abate-se em nós. A solução é transformar essa certeza em combustível para prolongar ao máximo enquanto podemos.

Esse é o grande problema da maioria das pessoas: viver com o desejo de que tudo o que proporciona prazer seja infinito. Lamento, não é. Na verdade, tudo é temporário, o que por um lado é um sinal de esperança, pois significa que o mal e a dor também acabarão passando. Andar constantemente com os olhos no futuro, preocupados com a duração dos acontecimentos, impossibilita-nos de ver o que está à nossa frente. Viver o momento, o agora, o presente. Viva este dia com todas as suas emoções, sentimentos, surpresas e oportunidades que Deus lhe oferece neste momento da sua vida. Viver o hoje com intensidade, porque o amanhã acontecerá naturalmente. A vida não pode ser adiada, no máximo, deixe-a em "standby" Agradeça o momento, sempre!

Se tivéssemos consciência de que as coisas não precisam ser eternas para terem valor, se aceitássemos que tudo na vida é constituído por momentos, por pequenos e finitos “para sempre”, e por pessoas com início e fim, viveríamos mais leves e menos ansiosos. Não sofreríamos tanto por antecipação e a dor do fim poderia transformar-se num “estou contente que tenha acontecido”. Em vez de chorarmos mortes, celebraríamos vidas.


Quando algo muito bom está prestes a acabar parece o fim do mundo, mas é só uma despedida que vai deixar espaço para que um novo começo brote. Porque, mesmo quando uma fonte seca, a imensidão do oceano traz sempre um novo nascedouro de novas maneiras de sermos felizes. Mergulhemos de cabeça no agora.

 

 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...