Precisamos
falar sobre a formação sacerdotal
Já faz algum tempo que gostaria de escrever
sobre a importância de uma nova metodologia para a formação dos novos
padres. Não sou formador nem estudioso
deste assunto, mas como cristão e ter convivido muitos anos neste espaço de
formação, não poderia fechar os olhos para esta reflexão sobre essa instituição
tridentina e entender a importância do salto que estamos para concretizar. A formação atual dos diáconos e padres é a
mais eficaz para o serviço em uma Igreja ministerial? E, diante dos desafios do Novo Milênio, como
encontrar um modelo melhor de formar os futuros sacerdotes dentro deste embate
entre essas duas vertentes do clero católico?
Refletir
sobre a formação ministrada nos seminários hoje é tocar o dedo na ferida e
admitir que pecamos em determinados pontos, poderia ter feito muita diferença
no novo clero se o mesmo estivesse inserido com o seu povo durante a sua
caminhada. Como poderemos aceitar uma formação sacerdotal que retira os
candidatos ao sacerdócio do meio do povo e forma-os num ambiente clericalizado
que não está de acordo com os Evangelhos, nem com as perspectiva do Concílio Vaticano
II, nem com uma Igreja "em saída", "sinodal, evangélica e
evangelizadora", a Igreja "dos pobres e humildes".
É preciso ter coragem para enfrentar novos
desafios! Assim, propor a estes seminaristas, apesar da necessidade de
assisti-lo com uma orientação espiritual que façam antes da teologia ou do
diaconato, novas experiências como, por exemplo, "apartamentos
compartilhados com amigo - em ambientes universitários" que melhor
contribuam para uma formação encarnada no Mundo é uma das opções.
Não será preciso ir tão longe. Mas porque
não, antes de freqüentarem o curso de teologia, cursarem outro curso à sua
escolha? Fazerem uma experiência fora do seminário, ou antes, de entrarem no
seminário, no meio dos outros alunos e experimentarem as mesmas dificuldades e
desafios deles: alojamento, alimentação, transportes....
Tendo em conta as virtudes que o programa
Erasmus tem demonstrado, porque não todos os seminaristas fazerem uma
experiência em Roma ou noutra qualquer boa faculdade de teologia? Isto proporcionar-lhes-ia
uma experiência única da universalidade da Igreja.
Com relação os seminaristas diocesanos,
porque não viverem numa paróquia nos últimos anos do curso em vez de estarem
fechados no seminário? Poderiam ir aplicando o que aprendiam no curso e conheciam
mais cedo e melhor a realidade fundamental que serão chamados a servir como
padres.
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