Após
o susto, o bom senso prevaleceu no PT baiano.
Ao ser surpreendido nesta manhã com a notícia
que o governador Rui Costa (PT)
permanece no Executivo até o fim do mandato e o mais importante, até o final
dessa semana o PT apresentará o nome entre seus quadros para cabeça de chapa,
me tranquilizou e me fez acreditar que podemos voltar ao jogo.
Ocorre-me compartilhar com os leitores e militantes
do centro e da esquerda, um sentimento que perpassa toda esta crise, provocada
com a desistência do
senador Jaques Wagner (PT) em relação a cabeça de chapa para o governo do
estado. Gostaria de afirmar, que Faltou neste momento ao partido uma
liderança altiva e serena, capaz de unir toda a base aliada em torno do
propósito único de combater, com inteligência e coragem, o inimigo comum – o
carlismo e as forças conservadoras que querem voltar ao palácio de Ondina. Em
vez disso, sobraram ações e atitudes entreguistas e a exposição de projetos
pessoais, que só contribuíram para confundir e piorar ainda mais as coisas.
Quando os partidos de esquerda da base aliada chamou a atenção das
lideranças petistas que nessa chapa era justamente a candidatura de Jaques
Wagner ao Governo do Estado que representava este seguimento, que a aliança com
a direita liberal passava com a reeleição senador Oto Alencar e o PP
continuaria como vice, o que se viu por parte da direção, foi um silêncio ensurdecedor e uma omissão
impar com relação às falas de suas lideranças. Este comportamento por parte da
direção rompia com um consenso aceito por todos os
partidos que mesmo não participando da chapa majoritária (PSB, PCdoB, Avante e
outros) sentiam-se nela representados. Nestes dias, vimos um partido acovardado e
com medo de colocar suas posições diante do governador, chegando ao ponto de
correntes dentro do partido querendo agradar seus senhores ou chegar primeiro
ao rio para beber a agua limpa, declarar apoio ao senador Otto para governo.
Assim, o que me surpreendeu mais esta manhã foi à nota do PT da Bahia de
afirmar que o partido
estaria reafirmando a decisão de candidatura própria ao Governo do Estado. É importante,
mas lamentamos que esta decisão tenha chegado a uma semana de atraso, se a
direção tivesse tomadas as rédeas e não se calasse durante todo este período de
crise, teria evitado um desgaste enorme ao projeto, além de poupar todo o campo
da esquerda de sair em defesa do projeto. Esta nota termina nas entre linhas
mais agredindo do que esclarecendo se temos capacidade de pensar e de discernir
tudo o que aconteceu estes dia.
Enfim, o bom senso venceu e ele representa
o elemento central da
conduta ética dos seus dirigentes, uma capacidade virtuosa de achar o
meio-termo e distinguir a ação correta, o que é em termos simples, nada mais do
que bom senso.