Uma tragédia anunciada no WhatsApp
Indo direto ao
ponto, como podemos chamar de manifestação política um ato terrorista de
utradireita que já vinham ameaçando a democracia nas portas dos quarteis? ... Ou seja, nunca se tratou de uma
manifestação e sim, de um ato de terrorismo contra o estado de direito. Segundo
fontes não oficiais, a invasão
começou a ser planejada a 5 de janeiro. Nos EUA, Biden é pressionado a expulsar
de solo norte-americano Bolsonaro, diante das articulações que aconteciam nas
redes sociais e era de domínio público.
Já era fim de tarde de domingo em Brasília
quando as forças policiais retiraram os últimos manifestantes que ocupavam o
Congresso, pondo fim à tentativa fracassada de golpe, que começara quatro horas
antes, com a invasão dos edifícios dos poderes legislativo, executivo e
judicial do Brasil.
Contudo, as cenas de caos e destruição não
deveriam ser uma surpresa para as autoridades e órgãos de informações que
deveriam está monitorando estes elementos. Há várias semanas que, um pouco por
todo o Brasil, decorriam protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro, que
contestam a vitória de Lula nas eleições presidenciais. Os pedidos de uma intervenção militar
antidemocrática que tomasse o poder no país culminaram na chegada de dezenas de
ônibus a Brasília com centenas de manifestantes que furaram as barreiras de
segurança da polícia montadas à volta da Praça dos Três Poderes e invadiram o
Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
A ideia teria começado a ganhar forma
através de mensagens em grupos do WhatsApp que sugeriam “tomar as ruas” da
capital do país e recomendavam “trazer equipamentos como capacetes, luvas,
coletes, máscara de gás e óculos de natação contra efeito de gases”. De acordo
com a plataforma Palver, responsável por monitorar cerca de 17 mil grupos que
partilham conteúdo sobre política aqui no Brasil, as mensagens teriam começado
a circular no WhatsApp, a partir do dia
5 de janeiro, cita a agência de combate à desinformação Lupa.
Não é segredo nenhum que parte das forças
de segurança está do lado de Bolsonaro e isto poderia ter sido um componente
nesta ação criminosa. O discurso do ex-presidente ao longo de seu mandato
construído em torno da importância da segurança garantiu-lhe aliados na polícia
e nas forças armadas.
Não podemos fecha os olhos e achar que nada
aconteceu! Se agirmos assim, o país vai virá ruína e se afundar na vala onde a
justiça é feita pelo calibre da bala. Diante de
tanta violência e evidencias de omissão e falta de profissionalismo com a segurança
da res publica, coisa do povo, ou
seja, as diversas coisas da sociedade pública, às quais todos (o povo) têm
igual direito, pedimos nada mais que se faça justiça.