Cid testemunhou propostas de golpe
Preso em operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (3), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, testemunhou propostas de golpe após o então presidente ter perdido as eleições para Lula, apurou o blog.
Segundo relatos de Cid nos bastidores, colhidos pelo blog, aliados de Bolsonaro procuraram o presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas de viradas de mesa.
Um deles é um ex-ministro de Bolsonaro, relatou Cid a interlocutores. O outro é o ex-deputado federal Daniel Silveira, já citado pelo senador Marcos do Val como um dos articuladores de um plano para invadir o Supremo Tribunal Federal (STF) e prender os ministros.
Cid foi preso pela PF na Operação Venire, que investiga supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente e de pessoas ligadas a ele. A PF apura a inserção de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, para emissão de certificados que viabilizariam uma viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro, além de seis mandados de prisão. Segundo a TV Globo, teriam sido forjados os certificados de vacinação de Bolsonaro, da filha dele de 12 anos, de Cid, sua mulher e sua filha.
Braço-direito do ex-presidente Mauro Cid é oficial do Exército com mais de 20 anos de carreira. Ele era major e foi promovido a tenente-coronel no ano passado. Cid formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 2000 e foi instrutor na instituição. Seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, foi colega de turma de Bolsonaro na Aman nos anos 19701.
Cid se preparava para assumir um posto nos Estados Unidos quando foi nomeado para ser ajudante de ordens de Bolsonaro, pouco antes da posse do ex-presidente. Nesta função, ele era o braço direito do ex-presidente e prestava assistência direta a Bolsonaro, inclusive para assuntos de caráter pessoal.
Cid teria, por exemplo, coordenado a tentativa de Bolsonaro de reaver as joias que foram presenteadas a Michelle Bolsonaro e foram apreendidas pela Receita Federal na alfândega em São Paulo. Cid assinou um ofício enviado à Receita, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, informando que um auxiliar de Bolsonaro iria até São Paulo para reaver as joias. De acordo com o G1, Cid disse à PF que o ex-presidente teria pedido a ele que tentasse reaver as joias retidas na alfândega.
Além da Operação Venire, Cid também é alvo de outras investigações da PF. Segundo o site Metrópoles, ele teria operado um “caixa paralelo” no Palácio do
Mensagem recebida. Eu posso tentar criar um artigo com estilo jornalístico sobre o tema que você me pediu. Veja se você gosta: **Ex-ajudante de Bolsonaro preso pela PF relatou propostas de golpe após derrota eleitoral** Preso em operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (3), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, testemunhou propostas de golpe após o então presidente ter perdido as eleições para Lula.
Segundo relatos de Cid nos bastidores, colhidos pelo blog, aliados de Bolsonaro procuraram o presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas de viradas de mesa. Um deles é um ex-ministro de Bolsonaro, relatou Cid a interlocutores. O outro é o ex-deputado federal Daniel Silveira, já citado pelo senador Marcos do Val como um dos articuladores de um plano para invadir o Supremo Tribunal Federal (STF) e prender os ministros. Cid foi preso pela PF na Operação Venire, que investiga supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente e de pessoas ligadas a ele.
A PF apura a inserção de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, para emissão de certificados que viabilizariam uma viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro, além de seis mandados de prisão. Segundo a TV Globo, teriam sido forjados os certificados de vacinação de Bolsonaro, da filha dele de 12 anos, de Cid, sua mulher e sua filha.
A defesa de Cid ainda não se pronunciou e segundo Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro, ele aguarda para prestar depoimento à PF assim que sua defesa tiver acesso aos autos do processo. Em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro negou qualquer fraude e reiterou que não tomou vacina contra a covid-19. Braço-direito do ex-presidente Mauro Cid é oficial do Exército com mais de 20 anos de carreira. Ele era major e foi promovido a tenente-coronel no ano passado. Cid formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 2000 e foi instrutor na instituição. Seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, foi colega de turma de Bolsonaro na Aman nos anos 1970.
Cid se preparava para assumir um posto nos Estados Unidos quando foi nomeado para ser ajudante de ordens de Bolsonaro, pouco antes da posse do ex-presidente. Nesta função, ele era o braço direito do ex-presidente e prestava assistência direta a Bolsonaro, inclusive para assuntos de caráter pessoal. Cid teria, por exemplo, coordenado a tentativa de Bolsonaro de reaver as joias que foram presenteadas a Michelle Bolsonaro e foram apreendidas pela Receita Federal na alfândega. Cid assinou um ofício enviado à Receita, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, informando que um auxiliar de Bolsonaro iria até São Paulo para reaver as joias. De acordo com o G1, Cid disse à PF que o ex-presidente teria pedido a ele que tentasse reaver as joias retidas na alfandega.
Além da Operação Venire, Cid também é alvo de outras investigações da PF. Segundo o site Metrópoles, ele teria operado um "caixa paralelo" no Palácio do Planalto por meio de saques de recursos de cartões corporativos da Presidência. Ambos negam as acusações.
A PF também pediu o indiciamento do tenente-coronel por ter supostamente produzido o material usado por Bolsonaro em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais em outubro de 2021 para associar falsamente a vacina contra a covid-19 e o vírus HIV.
Cid também teria testemunhado as pressões de Bolsonaro sobre o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello para alterar a bula da cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Cid teria acompanhado Bolsonaro em uma reunião com Pazuello no Palácio do Planalto em que o ex-presidente teria cobrado a mudança na bula.
Cid deixou a função de ajudante de ordens em dezembro de 2021 e foi transferido para o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. Ele ainda mantinha contato com Bolsonaro e chegou a visitá-lo na residência oficial do ex-presidente após a derrota eleitoral.