No ritmo do forró
Como
nordestino, ao ouvir um forró, em especial “um bom pé de serra”, não consigo
ficar parado. É assim desde a minha juventude, quando as músicas composta por Luiz
Gonzaga e o Trio Nordestino já haviam caído no gosto popular e eram as mais
tocadas nas festas de São João em todo o Brasil.
Neste
24 de junho, Dia de São João, é importante reafirmar a importância dessa forma
de expressão musical, coreográfica e poética que nos encanta há mais de um século.
Esta história reúne muitas curiosidade e características que marcam
bastante a cultura nordestina. Derivado do nome “forrobodó”, que significa
confusão, arrasta-pé, ou farra, o forró surgiu no século XIX, na região de
Pernambuco, onde eram realizados bailes populares.
Ao
fim e ao cabo, o forró era a expressão de um protesto político e de uma crítica
social em forma de música, dança e poesia. Foi, ao mesmo tempo, um símbolo de
resistência em todo o Nordeste brasileiro e uma manifestação inequívoca da
diversidade cultural do Brasil.
Produto
de um contexto histórico singular, essa rica manifestação artística da cultura
nordestina é uma das principais raízes da música brasileira. A partir do
eclético repertório dos nossos artistas, que integrava vários estilos musicais,
resultaram três modalidades que perduram até os dias de hoje: o forró pé de serra,
o forró universitário e o forró eletrônico.
Neste
dia de comemorações, é oportuno lembrar que o meu Nordeste é uma das regiões
brasileira com a maior quantidade de manifestações culturais reconhecidas como
patrimônio imaterial
A fogueira do São João deste ano terá um novo
simbolismo, ela seguirá com suas chamas acesa para lembramos dos quientos mil
brasileiros que não estão mais conosco. Ela estará também acesa no coração de
quem passará mais um ano sem a festa que alimenta financeiramente e fisicamente
a vida de milhares de nordestinos.
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