A vacina indiana Covaxin domina o
cenário político.
Já faz algum tempo que venho afirmando
que o Presidente Bolsonaro não conseguirá terminar o seu mandato, seja por
falta de apoio político, ou por algum escândalo de corrupção, que venha desestabilizar
o seu governo. Assim, quando surgiram as suspeitas de irregularidades na compra
de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin ao preço total de R$ 1,6
bilhão, pude entender o tamanho do estrago que as denuncias dos irmãos Miranda
teria causado ao núcleo duro do Planalto e a crise política que estava sendo
formada no bolsonarismo como um todo. Foi assim, que entendi que minhas
suspeitas estavam corretas e diante de uma CPI, estas denuncias poderiam ser o
estopim que faltava para explodir este governo.
Como
observador político, posso dizer que o Presidente Bolsonaro respondeu muito mal
às acusações dos irmãos Miranda, Luis Ricardo Miranda, Servidor do Ministério
da Saúde, e Luis Claudio Miranda, deputado federal. O Governo optou pela tática da desqualificação
dos denunciantes e da demonstração de indignação. Ambas não funcionam há muito
tempo, pois as pessoas já viram, nos últimos meses, centenas de acusados e
notórios culpados recorrerem a elas. Ninguém mais sabe diferenciar a indignação
do inocente do fingimento do culpado.
Essas
táticas, hoje, não passam credibilidade e criam desconfianças. O presidente busca
criar uma narrativa quando diz que interesses poderosos, milionários e
corporativos estão sendo contrariados na área de saúde, que há fortes resistências
ao seu governo e que as acusações que os irmãos Mranda faz a ele e ao seu
governo, entre outros, não estão provadas e nenhum fato concreto foi
apresentado.
Vamos aguardar os próximos acontecimentos e
assim ficar sabendo se o pizzaiolo desta
CPI é bom mesmo.
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