A Democracia brasileira está com a saúde
comprometida
A democracia
brasileira vai chegar em 2022 numa condição de paciente que está com a
saúde comprometida e apesar das sucessivas eleições, não podemos afirmar que
isto tenha significado vitalidade
democrática.
Esta forma de fazer política nas redes sociais
e os seus modelos de negócio que privilegiam a massificação do ódio, da ignorância,
disseminando a discórdia e a perda de valores como a cortesia ou a empatia que
tanto faz falta na arena pública. Por fim a emergência dos fanatismos políticos,
de direita, que ganham terreno na incapacidade dos moderados apresentarem os
resultados a que se propõem e nos níveis de desigualdade sociais crescentes.
Sabemos que os problemas da democracia não se
resolvem com um estalar de dedos. Mas essa dificuldade objetiva não pode servir
de justificação para a inércia da maioria. Por isto, chamamos a atenção
dos políticos e dos cidadãos da polis para assumir a sua quota parte de
responsabilidade, que não é pequena, na defesa da liberdade e na reinvenção da
democracia. É essa experiência que precisamos adquirir, é essa cultura
democrática ancorada em cada cidadão e organização da sociedade civil que nos
permite funcionar em rede e confiar no outro, saber que enquanto eu cuido da
comunidade há alguém no governo ou no parlamento fazendo exatamente o mesmo,
para que nenhum esforço seja vão.
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