Utopias minimalistas do
“possível viável”
Quando nos
propomos a analisar e a fazer política, passamos a entender a importância das
eleições como momento vital das Democracias é ela que dá expressão à vontade popular
ativa. Aquela que não fica nenhuma dúvida sobre a representatividade e a legitimidade
dos mandatos e traduz o compromisso cívico do eleito com a comunidade de uma
determinada cidade, estado ou o país.
Sou de uma
geração em que o compromisso partidário com os valores e os princípios, com a
ideologia, determinava a existência de fundadas linhas de ação no parlamento e
no executivo, que determinavam o sentido da prática política, sendo que os fins
não justificavam os meios, mas sim, o do bem comum.
Esse tempo a muito foi sendo
substituído pela força pragmática das circunstâncias, dos interesses
particulares e de certos grupos, de uma prática do vale tudo e da sobrevivência
política. É neste tempo radicalizado onde o brilho e as utopias se apagaram, mas apesar de apagada, a
utopia permanece porque pertence ao ânimo humano. Hoje, a busca se orienta
pelas utopias minimalistas, aquelas que, no dizer de Paulo Freire, realizam o
“possível viável” e fazem a sociedade “menos malvada e tornam menos difícil o
amor”. É esta utopia que nos restou e a que estamos vivendo.
A verdade é
que as dúvidas sobre quem governará este país, só poderão ser esclarecidas após
o voto dos brasileiros. É ele que vai determinar o futuro e o sentido das
opções de governo. Assim, esperamos que seja respeitada pelos adversários a
expressão popular. Os protagonistas apadrinhados podem agora fazer seus shows,
que as media amplificarão, mas é o voto que vai determinar as soluções possíveis.
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