sexta-feira, 31 de março de 2023

ARTIGO - A Igreja que escolheu os pobres: um exemplo de amor e solidariedade. (Padre Carlos)

 

Sal da terra e luz do mundo

 


 

A Igreja que escolheu estar ao lado dos pobres e excluídos é uma Igreja que toma partido, não fica em cima do muro, por isto  exalta amor, justiça e misericórdia em cada uma de suas ações. Ela  recusou a se  conformar com as estruturas de pecado que geraram violência, desigualdade e sofrimento. Em vez disso, essa Igreja ainda  se empenha em transformar a sociedade de acordo com o Reino de Deus, fazendo tudo o que está em seu poder para melhorar a vida daqueles que mais precisam.

 Essa Igreja carrega a mística da comunhão não se fecha em si mesma. Ela sabe que a colaboração é essencial para alcançar a paz e a dignidade humana. Por isso, está sempre aberto ao diálogo com todos os que definem seus valores e objetivos. E quando a injustiça se torna gritante, essa Igreja não se cala. Ela levanta a voz em nome dos oprimidos e anuncia a esperança de libertação.

Porque essa Igreja nunca se esquece dos que sofrem. Ela se solidariza com eles, oferecendo o consolo e a força do Evangelho. E, assim, é fiel à sua missão de ser sal da terra e luz do mundo, testemunhando a presença de Deus na história. É uma Igreja que não apenas prega a palavra de Deus, mas a coloca em prática todos os dias, fazendo a diferença no mundo e inspirando outros a fazerem o mesmo.

Ao seguir o exemplo de Jesus, a Igreja que escolheu os pobres se coloca ao lado dos oprimidos, dos torturados, dos famintos e dos excluídos. Ela é uma igreja que é movida pelo amor e guiada pela justiça, e que acredita que todas as pessoas têm direito à liberdade, liberdade e respeito. Esta é a igreja que abraça a esperança, oferecendo aos seus seguidores a oportunidade de se unirem a ela na missão de transformar o mundo.

A Igreja de Jesus Cristo é a Igreja da esperança, da transformação e da compaixão. É uma Igreja que busca a justiça social, a igualdade e a dignidade humana. E é uma Igreja que nos lembra que, ao seguirmos o exemplo de Jesus, podemos tornar o mundo um lugar melhor para todos.

 


quarta-feira, 29 de março de 2023

ARTIGO - O amor como única certeza eterna: reflexões sobre a vida e a morte. (Padre Carlos)

 

A importância da esperança na vida eterna

 

 


Crer em Deus é fundamental para muitas pessoas, pois isso dá sentido às suas vidas. A crença em uma vida eterna após a morte é uma das certezas que impedem o desespero de tomar conta da alma e a melancolia de se instalar. Essa esperança é a força que impulsiona muitas pessoas a viverem suas vidas da melhor maneira possível, com base em valores como o amor, a generosidade e a compaixão.

 

No entanto, o que aconteceria se, na hora da morte, essa crença se revelasse equivocada? O que aconteceria se a vida eterna não existisse e tudo se resumisse ao nada? Para muitas pessoas, essa é uma possibilidade apavorante. Mas, como disse o teólogo Hans Küng, mesmo se isso acontecesse, teríamos vivido uma vida melhor e com mais sentido do que sem essa esperança.

 

A morte é um evento natural que faz parte da vida. No entanto, ao contrário dos outros animais, os seres humanos têm consciência de sua mortalidade e, portanto, lutam contra a morte. Isso leva a questões filosóficas e religiosas profundas, como o fundamento de tudo, a origem e o destino da vida, e o sentido último da existência.

 

A crença em uma vida eterna após a morte é um tema recorrente em muitas religiões. Alguns acreditam que, após a morte, a alma se separa do corpo e segue para um lugar diferente, enquanto outros acreditam que a alma é reencarnada em outro ser vivo. Independentemente da crença, a ideia de uma vida após a morte pode trazer conforto e esperança para muitas pessoas.

 

As palavras de Leonardo Boff a Darcy Ribeiro, no leito de morte deste último, são inspiradas e carregadas de significado. Ao falar sobre a ressurreição, Boff faz uma analogia entre o casulo e a borboleta, destacando que a morte não é o fim, mas sim um processo de transformação que leva a uma nova vida. Essa nova vida pode ser interpretada como a vida eterna prometida por muitas religiões.

 

No entanto, a vida eterna não é o único objetivo da existência humana. O amor é outro valor fundamental que pode guiar as pessoas ao longo de suas vidas. O amor é um sentimento que fica para sempre, mesmo após a morte. Na verdade, acredito-se que Deus é amor e que, portanto, permaneceremos com Ele para sempre, mesmo após a morte.

 

Em resumo, a crença em Deus e em uma vida eterna pode dar sentido e propósito às nossas vidas. No entanto, mesmo que essa crença se prove equivocada, ainda teríamos vivido uma vida melhor e com mais sentido do que sem essa esperança. A morte não é o fim, mas sim um processo de transformação que leva a uma nova vida. E, independentemente de nossas crenças, o amor é um valor fundamental que permanece para sempre.

 

domingo, 26 de março de 2023

ARTIGO - A luta pelo lugar da mulher na Igreja Católica: um apelo urgente do Papa Francisco. (Padre Carlos)

 


Mulheres na Igreja: rompendo barreiras e conquistando espaços

 




Desde o início do ministério público de Jesus, houve um grupo de mulheres que O seguiram até ao fim. Mesmo quando os discípulos homens O abandonaram, eles não aceitaram que a morte fosse o fim. Essas mulheres foram as primeiras a testemunhar a ressurreição de Jesus e a proclamação ao mundo. Essas mulheres foram às precursoras do movimento feminista cristão que defendem o lugar da mulher na Igreja e na sociedade.

No entanto, ainda hoje, a mulher enfrenta muitas barreiras na Igreja Católica. O Papa Francisco tem tentado mudar essa situação. Em dez pensamentos para o Dia Internacional das Mulheres, ele enfatiza a necessidade de reconhecer e incentivar a contribuição das mulheres para a Igreja e para a sociedade.

O Papa Francisco tem defendido que as mulheres precisam ter mais voz na Igreja, de serem ouvidas e de ocuparem lugares de liderança. Ele tem encorajado as mulheres a serem mais ativas na Igreja, a serem protagonistas e a assumirem responsabilidades importantes.

No entanto, ainda há muito a ser feito. A Igreja ainda é muito masculina e muitas vezes, pois as mulheres são vistas como inferiores aos homens. Ainda há resistência a permitir que as mulheres ocupem posições de poder na Igreja. Muitas vezes, elas são vistas apenas como auxiliares dos padres e dos bispos.

Para mudar essa situação, é necessário que a Igreja Católica mude sua mentalidade em relação às mulheres. É preciso reconhecer que as mulheres têm as mesmas capacidades que os homens e que elas são igualmente chamadas a servir a Igreja. É preciso que sejam criados espaços de diálogo e de participação para as mulheres na Igreja.

A mudança não será fácil, mas é essencial para o futuro da Igreja Católica. A mulher precisa de ter um papel mais ativo e relevante na Igreja, para que a Igreja seja mais inclusiva para que possa responder de forma mais eficaz aos desafios do mundo de hoje.

Portanto, é necessário que a Igreja Católica abrace o movimento feminista cristão e que abra espaço para as mulheres em todas as esferas da vida eclesiástica. As mulheres são importantes para o futuro da Igreja e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Como disse o Papa Francisco, "a mulher é a harmonia que dá à humanidade a beleza da casa". É hora de reconhecer isso plenamente e de dar às mulheres o lugar que lhes é devido na Igreja.

 


sexta-feira, 24 de março de 2023

ARTIGO - Vitória da Conquista: a complexa situação política na Câmara Municipal. (Padre Carlos)

 


A importância do diálogo na política de Vitória da Conquista

 



 

A política é uma atividade essencial para o bom funcionamento da sociedade, uma vez que é por meio dela que são tomadas as principais decisões que podem facilitar a vida dos cidadãos. No entanto, nem sempre a política é um terreno tranquilo e pacífico, e é comum que haja divergências entre as diferentes correntes ideológicas e partidos políticos.

Recentemente, foi noticiado que a prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, do União Brasil, enfrentará uma oposição na Câmara Municipal. Segundo a reportagem, os vereadores Augusto Cândido (PSDB), Chico Estrela (AGIR) e o Delegado Marcus Vinícius (Podemos) se juntariam à Bancada da Oposição. Mas qual a bancada? Na verdade a oposição na cidade não tem uma liderança que possa agrupar os vereadores descontente. Este talvez tenha sido o grande problema do maior partido de oposição não conseguir um acento na mesa diretora. Na verdade existe o PT e seus vereadores, o PCdoB com seus vereadores e um centro que começa se formar sem uma definição ideológica. Seria ingenuidade achar que a bancada de oposição é formada pelos vereadores Jacaré (PT), Viviane (PT), Valdemir (PT ), Xandó (PT), Andreson Ribeiro (PCdoB), Luciano Gomes (PCdoB), Babão (PCdoB) e Lúcia Rocha (MDB).

O placar atual na Câmara Municipal de 11 a 10 é uma referência fantasia. Será que a prefeita Ana Sheila Lemos Andrade não vai conta mais com a maioria destes votos? A Bancada Sheilista ficou com Nelson de Vivi (UB), Muniz (Avante), Bibia (MDB), Adinilson (MDB), Edivaldo (PTB), Dinho (PP), Dudé (MDB), Nildo Freitas (PSC), Ivan (PTB) e Hermínio Oliveira Neto (Podemos).

A situação política em Vitória da Conquista é bastante complexa, uma vez que existem diferentes correntes políticas e ideológicas em jogo. A Bancada Sheilista representa a base de apoio da prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, enquanto o PT não consegue liderar a oposição. No entanto, mesmo que a prefeita tenha perdido a maioria na Câmara, a oposição não tem liderança para capitalizar, o que significa que o partido não será capaz de influenciar a tomada de decisões de forma significativa.

É importante lembrar que, Não existe vácuo na política, apesar da oposição em Vitória da Conquista contrariar todas as leis da física.

         O que se espera é que, mesmo que a oposição não tenha o poder de liderança, ela ainda possa exercer uma influência significativa na tomada de decisões. É fundamental que a prefeita Sheila e seus aliados estejam abertos ao diálogo e à negociação com a oposição, a fim de encontrar soluções para os problemas enfrentados pela cidade.

Em resumo, a situação política em Vitória da Conquista é complexa e desafiadora, mas isso não significa que a cidade esteja fadada ao fracasso. Pelo contrário, é possível que a união e o diálogo entre as diferentes correntes políticas possam levar a soluções criativas e inovadoras para os problemas enfrentados pela cidade. O importante é que todos os participantes estejam dispostos a trabalhar em conjunto pelo bem comum.

 


ARTIGO - Saindo da ilha: Como a direita pode ampliar sua visão de mundo e ouvir outras vozes. (Padre Carlos)

 


“É preciso sair da ilha para ver a ilha”



 

A frase de José Saramago “É preciso sair da ilha para ver a ilha” tem um simbolismo profundo e ajuda os cientistas políticos entenderem a direita brasileira e o porquê de tanta intolerância. “A classe política precisa entender que não nos vemos se não saímos de nós” e ela pode ser aplicada a muitas situações, incluindo a base política deste grupo que estavam até pouco tempo no poder. Quando paramos para avaliar o comportamento deste agrupamento politico, percebemos que  a direita brasileira  muitas vezes se fecha em suas próprias bolhas de opinião e não está disposta a ouvir as opiniões dos outros. Eles estão tão presos em suas próprias ideias que não conseguem ver o mundo além de suas próprias perspectivas.

Para crescer e se tornar mais tolerante, a direita brasileira precisa sair de suas zonas de conforto e de suas perspectivas pessoais. Eles precisam estar abertos a ouvir outras opiniões e perspectivas, mesmo que elas sejam diferentes das suas. Isso os ajudaria a crescer e a se tornarem mais humanos, porque o Homem é feito de relações pessoais e não de si próprio.

Embora a direita brasileira esteja mais conectada do que nunca por meio das redes sociais, muitas vezes eles estão presos em suas próprias bolhas de opinião e não estão realmente abertos a ouvir os outros. Eles ouvem a si próprios e acham que está bom. Eles não querem sequer ouvir os outros. Se uma ideia diferente da deles é apresentada, pouco importa quanto mais eles se colocam fora de sua área de conforto e são confrontados com opiniões distintas!

É um contrassenso social. Na teoria, todos dizem que gostam de pessoas que fazem o que dizem, dizem o que pensam, pensam no que sentem e sentem aquilo que dizem. Na prática, muitos não ouvem ninguém porque só interessa o que eles próprios pensam.

Está na hora da direita acordar deste pesadelo e sair da ilha. Voltarem a ouvir outros. A respeitar as ideias diferentes. A entender que somos bem insignificantes para o mundo continuar a girar, em face de sermos uma pessoa num planeta de oito bilhões.

 

 


quinta-feira, 23 de março de 2023

ARTIGO - A importância de viver o que se acredita: reflexões do Papa Francisco. (Padre Carlos)

 



Acreditas no que anuncias?

 




Um dos assuntos que mais chamou minha atenção está semana foi o pronunciamento do Papa Francisco em uma audiência nesta quarta feira. Nela, o Pontífice fala sobre algo que me fez pensar muito: a importância de viver o que se acredita e de testemunhar o amor de Jesus Cristo para evangelizar. O Papa enfatizou que o mundo precisa de pessoas que falem sobre Deus de uma maneira que as outras pessoas possam entender. Ele disse que as pessoas geralmente preferem ouvir testemunhos pessoais de pessoas que realmente acreditam em Deus, em vez de ouvir apenas teorias e ideias abstratas. Ele disse que não basta apenas transmitir doutrinas ou ideologias, é necessário ser coerente entre aquilo que se acredita, se anuncia e se vive. Será que eu sou assim? Será que eu dou testemunho da minha fé com as minhas atitudes? Ou será que eu sou hipócrita e contraditório?

          O Papa me fez refletir sobre três perguntas fundamentais: “Acreditas no que anuncias? Vives aquilo em que acreditas? Anuncias o que vives?” Confesso que não foi fácil responder. Às vezes, eu me pego falando uma coisa e fazendo outra. Às vezes, eu me esqueço do encontro pessoal com Jesus Cristo e me apego a coisas superficiais ou mundanas. Às vezes, eu tenho medo ou vergonha de anunciar o Evangelho com a minha vida.

          Mas o Papa também me encorajou a confiar na ação do Espírito Santo em mim para ir além dos meus limites. Ele disse que o mundo precisa ouvir sobre as grandes obras de Deus que se espelham na vida santa das pessoas. E pediu a intercessão de São José e da Virgem Maria para nos ajudar nessa missão.

          Eu fiquei muito tocado com as palavras do Papa Francisco. Ele me mostrou que evangelizar não é só falar, mas também agir conforme os ensinamentos de Jesus Cristo. E isso requer coragem, humildade e amor. Eu quero ser um bom cristão e um bom evangelizador. E você?


segunda-feira, 20 de março de 2023

ARTIGO - Haroldo Lima: um lutador pelo Brasil e pelo socialismo.

 


Haroldo guerreiro do povo brasileiro!

 


        Há dois anos, perdíamos um dos mais valorosos combatentes pela causa do povo brasileiro e da revolução socialista: Haroldo Lima. Engenheiro, político e dirigente comunista, Haroldo dedicou sua vida inteira à luta pela democracia, pela soberania nacional e pelo socialismo.

 

        Nascido na Bahia em 1939, Haroldo ingressou no movimento estudantil na década de 1950 e se filiou à Ação Popular (AP), uma organização de esquerda cristã que depois se tornaria marxista-leninista. Em 1972, participou da incorporação da AP ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), onde se tornou um dos principais líderes.

 

        Haroldo enfrentou com coragem e firmeza a ditadura militar que assolou o país entre 1964 e 1985. Foi preso e torturado várias vezes pelos agentes da repressão. Sobreviveu à Chacina da Lapa em 1976, quando três dirigentes do PCdoB foram assassinados em uma emboscada.

 

        Com a redemocratização do país, Haroldo foi eleito deputado federal pela Bahia por cinco mandatos consecutivos. Foi um dos parlamentares mais atuantes na Constituinte de 1988 e na defesa dos direitos dos trabalhadores, dos camponeses, dos negros, das mulheres e dos jovens.

 

        Haroldo também foi um patriota que defendeu os interesses nacionais diante das ameaças imperialistas. Foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2005 e 2011, no governo Lula. Nessa função, contribuiu para o fortalecimento da Petrobras e para a exploração soberana do pré-sal.

 

        Haroldo foi ainda um internacionalista que apoiou as lutas dos povos oprimidos do mundo inteiro. Foi solidário com Cuba socialista, com a Revolução Bolivariana na Venezuela, com os movimentos antiapartheid na África do Sul e com os palestinos contra a ocupação israelense.

 

        Haroldo foi um comunista convicto que nunca abriu mão de seus princípios ideológicos. Foi fiel ao PCdoB até o fim de sua vida e defendeu a construção do socialismo como única alternativa para superar as contradições do capitalismo.

 

    '    Haroldo nos deixou em 24 de março de 2021, vítima da Covid-19. Sua morte nos encheu de tristeza e saudade. Mas também nos inspirou a seguir seu exemplo de luta e resistência.

 

          Haroldo Lima vive em nossas memórias e em nossos corações. Seu legado é rico e permanente para as atuais e futuras gerações de revolucionários.

 

Viva Haroldo Lima!

 

Viva o PCdoB!

 

Viva o Brasil!

 

Viva o socialismo!

 


domingo, 19 de março de 2023

ARTIGO - A finitude da vida e o legado que deixamos. (Padre Carlos)

 


Fazer o bem sem olhar a quem: um legado para a eternidade

 


 

A perda é uma professora implacável, que nos ensina de forma dura e inescapável que a vida é finita. Ela nos lembra que todos temos uma data de validade marcada na nossa embalagem, e que devemos aproveitar cada minuto como se fosse o último. Um amigo certa vez me disse que ia sair para um pedal no maçal e voltar logo, mas seu coração lhe pregou uma peça e ele nunca mais retornou para o convívio dos amigos e familiares.

Essa triste notícia nos faz refletir sobre a importância de valorizar cada momento da nossa vida, para fazer o bem, criar laços e nos tornar seres humanos mais amorosos e misericordiosos. Devemos perceber que estamos aqui apenas de passagem, que cada minuto é um presente que Deus nos dá, e que devemos aproveitar ao máximo.

No final das contas, o que realmente importa é o legado que deixamos para trás. São as boas lembranças, o amor e a saudade que deixamos em nossos amigos e familiares, que irão transcender a barreira que nos separa daqueles que já partiram. Nós não podemos levar nada conosco quando partirmos, mas podemos deixar muito amor e carinho neste mundo.

Por isso, é tão importante valorizar nossas relações afetivas, como amigos, familiares e até mesmo desconhecidos que precisam de nossa ajuda. Devemos fazer o bem sem olhar a quem, pois é isso que nos faz bem e que nos torna seres humanos melhores. Afinal, a perda nos ensina que a vida é finita, mas que o amor é eterno.


sábado, 18 de março de 2023

ARTIGO - A Igreja precisa de leigos conscientes das suas responsabilidades. (Padre Carlos)

 


O futuro da Igreja exige leigos preparados

 



 

A Igreja Católica vive tempos difíceis, estamos prestes a uma virada de paradigma e ainda vivemos nas comunidades um clima Pré Concílio, entre conservadores e progressistas. Tudo vai depender a parti deste momento da forma como os fiéis reagirão a estas mudanças, a começar pelos seus pastores.

Esta é uma oportunidade para erradicar das comunidades eclesiais todo e qualquer clericalismo que restou de uma era de cristandade. Para isso exigem-se - hoje mais do que nunca! - leigos conscientes das suas responsabilidades. Que não se limitem a ir à igreja adquirir "serviços religiosos" ou assistir a eventos sociais, como funerais, casamentos ou batizados.

Precisam-se homens e mulheres que tragam as convicções e aspirações. Que se envolvam na construção da comunidade. Que tenham uma fé adulta, que testemunhem a sua adesão a Jesus Cristo e aos valores do Evangelho. Que saibam dar razões da sua fé e demonstrá-lo na vida de cada dia.

Para tudo isso, será decisivo investir na formação humana e espiritual, não só dos clérigos, mas também desses mesmos leigos. Só leigos preparados poderão adquirir, e construir dentro de si, uma sólida formação teológica e eclesial. Há propostas de formação laical em muitas dioceses e paróquias. Nas que não existem, é urgente criá-las.

Este movimento é crucial. Dele depende a resposta aos desafios que se colocam à Igreja no Brasil.

 


sexta-feira, 17 de março de 2023

ARTIGO - Revelando emoções: um ato de coragem e amor. (Padre Carlos)

 A importância de revelar emoções: conexão e confiança

 

 


 

         Revelar nossas emoções nem sempre é fácil. Às vezes, temos medo de nos expor, de sermos julgados, de nos machucarmos ou de magoarmos alguém. Outras vezes, não sabemos como expressar o que sentimos, ou não encontramos as palavras certas para isso. E há momentos em que simplesmente preferimos guardar nossas emoções para nós mesmos, por acharmos que ninguém vai entender ou se importar.

 

         Mas será que isso é bom para nós? Será que esconder nossas emoções nos faz bem? Será que não estamos perdendo oportunidades de nos conectar com outras pessoas, de compartilhar nossas alegrias e tristezas, de receber e oferecer apoio e compreensão?

 

         Revelar nossas emoções pode ser difícil, mas também pode ser libertador. Quando nos abrimos com alguém em quem confiamos, podemos nos sentir mais leves, mais aliviados, mais autênticos. Podemos descobrir que não estamos sozinhos em nossos sentimentos, que há outras pessoas que passam pelas mesmas situações ou dilemas que nós. Podemos aprender com as experiências e os conselhos dos outros, e também podemos ensinar e ajudar com os nossos.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um ato de coragem e de amor. Quando mostramos o que sentimos por alguém, estamos demonstrando nosso interesse, nossa admiração, nossa gratidão ou nosso afeto. Estamos dando uma chance para o outro nos conhecer melhor e para nós mesmos conhecermos o outro melhor. Estamos criando laços mais fortes e duradouros com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um desafio e uma oportunidade. Um desafio de enfrentar nossos medos e inseguranças; uma oportunidade de crescer e evoluir como seres humanos. Um desafio de sair da nossa zona de conforto; uma oportunidade de explorar novas possibilidades e caminhos. Um desafio de se expor ao risco; uma oportunidade de se surpreender com o resultado.

 

Revelar nossas emoções pode ser difícil sim. Mas também pode ser maravilhoso. Só os poetas, os loucos e os puros de coração tem a capacidade de se revelar e mostrar todo o seu interior. Embora eu não saiba ainda como me definir vou me revelando com a graça de Deus:

 

Você não foi o maior nem o menor dos meus caso, porque você foi o mais intenso dos meus amores. Dos beijos ardentes, que ainda me ardem Você foi o mais doce dos meus pecados E o mais profundo dos meus desejos guardados

Você foi o meu sol e a minha lua. O meu riso solto e a minha tristeza crua. Você foi a minha paixão mais avassaladora. E também a minha maior desilusão, triste senhora.

Você foi o meu sonho mais bonito. E também a minha realidade mais dolorida. Você foi a minha alegria maior. E também a minha agonia mais intensa.

E é por essas e outras Que a minha saudade faz lembrar. De tudo o que passamos juntos. E o quanto ainda desejo te a

ARTIGO - Revelando emoções: um ato de coragem e amor. (Padre Carlos)

 

A importância de revelar emoções: conexão e confiança


 








 

         Revelar nossas emoções nem sempre é fácil. Às vezes, temos medo de nos expor, de sermos julgados, de nos machucarmos ou de magoarmos alguém. Outras vezes, não sabemos como expressar o que sentimos, ou não encontramos as palavras certas para isso. E há momentos em que simplesmente preferimos guardar nossas emoções para nós mesmos, por acharmos que ninguém vai entender ou se importar.

 

         Mas será que isso é bom para nós? Será que esconder nossas emoções nos faz bem? Será que não estamos perdendo oportunidades de nos conectar com outras pessoas, de compartilhar nossas alegrias e tristezas, de receber e oferecer apoio e compreensão?

 

         Revelar nossas emoções pode ser difícil, mas também pode ser libertador. Quando nos abrimos com alguém em quem confiamos, podemos nos sentir mais leves, mais aliviados, mais autênticos. Podemos descobrir que não estamos sozinhos em nossos sentimentos, que há outras pessoas que passam pelas mesmas situações ou dilemas que nós. Podemos aprender com as experiências e os conselhos dos outros, e também podemos ensinar e ajudar com os nossos.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um ato de coragem e de amor. Quando mostramos o que sentimos por alguém, estamos demonstrando nosso interesse, nossa admiração, nossa gratidão ou nosso afeto. Estamos dando uma chance para o outro nos conhecer melhor e para nós mesmos conhecermos o outro melhor. Estamos criando laços mais fortes e duradouros com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

 

         Revelar nossas emoções pode ser um desafio e uma oportunidade. Um desafio de enfrentar nossos medos e inseguranças; uma oportunidade de crescer e evoluir como seres humanos. Um desafio de sair da nossa zona de conforto; uma oportunidade de explorar novas possibilidades e caminhos. Um desafio de se expor ao risco; uma oportunidade de se surpreender com o resultado.

 

Revelar nossas emoções pode ser difícil sim. Mas também pode ser maravilhoso. Só os poetas, os loucos e os puros de coração tem a capacidade de se revelar e mostrar todo o seu interior. Embora eu não saiba ainda como me definir vou me revelando com a graça de Deus:

 

Você não foi o maior nem o menor dos meus caso, porque você foi o mais intenso dos meus amores. Dos beijos ardentes, que ainda me ardem Você foi o mais doce dos meus pecados E o mais profundo dos meus desejos guardados

Você foi o meu sol e a minha lua. O meu riso solto e a minha tristeza crua. Você foi a minha paixão mais avassaladora. E também a minha maior desilusão, triste senhora.

Você foi o meu sonho mais bonito. E também a minha realidade mais dolorida. Você foi a minha alegria maior. E também a minha agonia mais intensa.

E é por essas e outras Que a minha saudade faz lembrar. De tudo o que passamos juntos. E o quanto ainda desejo te amar.

ARTIGO - A trajetória do Papa Francisco nestes últimos dez anos. (Padre Carlos)

 

Dez anos do pontificado de Francisco



 

A história de Jorge Mario Bergoglio, agora conhecido como Papa Francisco, é inspiradora e nos ensina muito sobre humildade, proximidade com os fiéis e amor aos pobres e excluídos. Ele mudou a face da Igreja Católica com seu estilo simples e sua dedicação pastoral às comunidades pobres da capital argentina.

Neste artigo, vamos conhecer mais sobre a trajetória do Papa Francisco e como ele vem envolvido na Igreja Católica nos últimos dez anos.

Quem é o Papa Francisco?

Nascido em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio é filho de imigrantes italianos. Ele se formou como técnico em química, mas sentiu o chamado de Deus para ser padre e entrou na Companhia de Jesus (jesuítas), se ordenando em 1969. Estudou filosofia e teologia, lecionou em colégios, foi provincial dos jesuítas na Argentina, bispo auxiliar e arcebispo primaz de Buenos Aires. Em 2001, foi criado cardeal pelo Papa João Paulo II.

Como arcebispo e cardeal, ele se destacou pela sua dedicação pastoral às comunidades pobres da capital argentina. Visitava as favelas, os hospitais, as prisões. Acolhia os marginalizados, os imigrantes, os doentes. Sorria e abraçava as crianças, os idosos, os jovens. Não se importava com o luxo nem com o poder. Morava em um apartamento simples, cozinhava sua própria comida, usava transporte público. Era um homem do povo e para o povo.

A eleição do Papa Francisco

No dia 13 de março de 2013, o mundo testemunhou um acontecimento histórico: a eleição do primeiro Papa americano e não europeu em mais de mil anos. Ele se chamava Jorge Mario Bergoglio, mas escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo dos pobres e da paz. Desde então, ele vem encantando milhões de pessoas com sua simplicidade, humildade e proximidade com os fiéis. Ele é um pastor que cuida do seu rebanho com amor e misericórdia, que denuncia as injustiças e as mazelas do mundo, que defende os pobres e os excluídos, que dialoga com outras religiões e culturas, que promove a paz e a fraternidade.

O estilo do Papa Francisco

Quando foi eleito Papa no conclave de 2013, após a renúncia histórica do Papa Bento XVI, ele surpreendeu a todos com seu estilo. Saudou a multidão na Praça São Pedro com um simples “boa noite”. Logo depois, pediu aos fiéis que rezassem por ele antes de dar a bênção apostólica. Em seguida, foi jantar com os outros cardeais sem usar nenhum carro oficial. No dia seguinte, pagou sua própria conta no hotel onde estava hospedado.

Esses gestos apreciaram ao mundo que Francisco era um Papa diferente: um Papa próximo das pessoas simples; um Papa que queria uma Igreja pobre para os pobres; um Papa que queria uma Igreja em saída missionária; um Papa que queria uma Igreja misericordiosa

Nesses dez anos de pontificado Francisco tem mostrado isso com suas palavras e suas obras: escreveu encíclicas sobre o cuidado da casa comum (Laudato Si’), sobre a fraternidade universal (Fratelli Tutti) e sobre o amor na família (Amoris Laetitia); convocou jubileus extraordinários sobre a misericórdia (2015-2016) e sobre São José (2020-2021); realizou viagens apostólicas pelos cinco continentes levando uma mensagem de esperança; promoveu encontros ecumênicos e inter-religiosos pela paz; reformou a Cúria Romana; enfrentou casos de abusos sexuais na Igreja e apoiou movimentos sociais pela justiça.

Como disse Leonardo Boff: este Francisco foi  escolhido para restaurar a Igreja de Jesus Cristo.

 

 

quarta-feira, 15 de março de 2023

ARTIGO - Lula e o PT Nacional devem reconhecer a importância de Requião para o partido. (Padre Carlos)

 


Requião pode contribuir para o novo governo de Lula

 


O Partido dos Trabalhadores (PT) é uma agremiação política que tem como base ideológica o compromisso com a construção de um país mais justo, igualitário e democrático. Para isso, é fundamental que haja uma articulação de forças e lideranças comprometidas com essa missão. Nesse sentido, a filiação de Roberto Requião ao partido foi uma adição importante para a lenda no Paraná.

Requião é um político experiente e respeitado no estado, com uma trajetória de luta em defesa dos interesses populares e da soberania nacional. Sua entrada no PT pode contribuir para a formação de uma base sólida e comprometida com o projeto de transformação social que o partido defende. No entanto, a exclusão de Requião por parte de alguns membros do partido é um sinal preocupante.

A atitude de desvalorização e desrespeito em relação a um quadro político importante como Requião pode gerar uma crise interna no PT do Paraná. Além disso, é uma demonstração de falta de compreensão sobre o que é o partido e qual o seu papel na sociedade brasileira. O PT é um partido plural, que acolhe diferentes correntes políticas e busca representar os interesses da população brasileira como um todo. A exclusão de um membro por políticas de discordância não condiz com esse compromisso.

A presença de Roberto Requião no novo governo de Lula seria uma oportunidade para agregar experiência e competência administrativa à gestão do país. Além disso, seria uma forma de reconhecer a importância desse quadro político para o PT e para o próprio projeto de transformação social que o partido defende.

Lula, como líder do partido e do país, deve chamar Requião para participar do seu governo e defender sua liderança no estado. Isso demonstraria uma postura de diálogo e respeito em relação aos diferentes setores do partido, e contribuiria para a formação de um governo forte e comprometido com as demandas da população brasileira.

Em um momento em que o país enfrenta uma grave crise sanitária, social e econômica, é fundamental que haja uma união de esforços e lideranças comprometidas com a construção de um futuro melhor para todos os brasileiros. O PT e seus membros devem agir de forma republicana, priorizando os interesses do país e dos setores populares, em vez de se degladiarem por cargas e posições políticas.

Em resumo, o PT do Paraná não pode desprezar a importância de Roberto Requião para o partido e para o projeto de transformação social que o PT defende. E Lula deve chamar esse quadro político para integrar seu governo, reconhecendo sua liderança e contribuição para a luta por um Brasil mais justo e igualitário.




ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...